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22 de Julho, 2005 jvasco

Alerta! A seita do bule gigante foi atacada!


Autoridades da Malásia prenderam 58 seguidores de uma seita bizarra que cultuava um bule de chá gigante, dois dias depois de a sede do grupo ter sido incendiada.

Uma pessoa pode pensar que uma «seita do bule gigante» já é suficientemente anedótico, mas aquilo que não é para rir, e sim realmente triste, é a atitude de intolerância das autoridades islâmicas da Malásia.

Eles levaram o bule «a sério» e agiram de forma criminosa.

21 de Julho, 2005 jvasco

Religião: medo de ser livre

«Liberdade – A coragem de ser genuíno» é o nome de um livro onde se alega que as religiões actuais existem principalmente para corresponder ao medo do ser humano de ser livre.

O comentário feito ao livro neste artigo do jornal de notícias fez aumentar a minha curiosidade em lê-lo, se bem que o antepenúltimo parágrafo me faça reagir com algum cepticismo.

Trocar as religiões tradicionais por delírios pseudo-místicos (espero que não seja o caso) não traz grandes vantagens.

19 de Julho, 2005 jvasco

Simulador Divino

E se vocês fossem Deus?
Teriam feito o mundo tal como ele é?
Agora pensem um pouco sobre o que fariam nessa situação e explorem o fantástico Simulador Divino que, de uma maneira simples e divertida, coloca a nu as fraquezas da mitologia cristã.

E, já que estão com a mão na massa, divirtam-se também com este gerador de religiões.

12 de Julho, 2005 jvasco

A Omnipresença e o Inferno

Se Deus é omnipresente, terá de estar também no Inferno.
Mas o Inferno não é a ausência de Deus?

E o mal, não é ele a ausência de Deus?
Deus está em todo o lado, mas não em «doses iguais»?

11 de Julho, 2005 jvasco

O paradoxo da pedra

Um ser Omnipotente pode criar uma pedra que não possa nunca levantar.
Sendo Omnipotente, pode levantar a pedra?

Se sim, não pôde criar pedra com tais características, e não é
Omnipotente.
Se não, não a podendo levantar, não é Omnipotente.

A Omnipotência é uma definição inconsistente e paradoxal.
Mas para quem tem , nada disto importa.

9 de Julho, 2005 jvasco

As grandes religiões são pela Paz

Os crentes não se cansam de o dizer: as grandes religiões promovem a paz e a tolerância.
O Islão, o Cristianismo e o Judaísmo são religiões de «Paz».

Na verdade, o segredo é muito simples: basta articular adequadamente o sistema gutural-labial-dental-palatal e fazer passar o ar por esse sistema.
Ou então pressionar um conjunto de teclas pela ordem certa.

Depois, só é pena é que na prática as coisas não funcionem bem assim: as cruzadas, o conflito israelo-palestiniano, os diversos conflitos da actualidade que fazem com que os geo-estrategas actuais coloquem a religião como uma das principais causas de conflito na actualidade (se não como a principal, como é opinião de Huntington e outros igualmente relevantes), e todos os que ocorreram ao longo da história…

PS-Não resisti a usar o trocadilho da Joana.

4 de Julho, 2005 jvasco

4 de Julho

Em 4 de Julho celebra-se o dia da independência dos EUA.
Da sua declaração de independência, nasceu uma nova nação, uma das primeiras, no mundo, em que a liberdade religiosa estava consagrada na constituição, em que havia uma separação significativa entre o estado e o clero.
Os autores desta declaração, os pais fundadores dos EUA, tiveram uma postura ousada e admirável a respeito da questão religiosa.

Independentemente do facto do governo americano estar a enterrar, a passos largos, a herança de liberdade religiosa conquistada, eu não deixo de felicitar este dia 4 de Julho.

1 de Julho, 2005 jvasco

Jesus era socialista

«Quem tem duas túnicas reparta com quem não tem nenhuma, e mesmo quem tem mantimentos faça o mesmo» Lc 3:11

Já é recorrente e cansativa a acusação que alguns comentadores fazem de que o DA «é de esquerda». Não importa que se escreva que o ateísmo e o DA não têm côr política, que temos autores de diferentes ideologias, que nos encontramos da defesa do laicismo mas não na defesa deste ou daquele ideal – tudo isso é indiferente. Porque há pessoas que acham mais fácil ignorar argumentos e razões dos ateus se os etiquetarem como defendendo determinadas ideias/partidos/interesses, sem precisarem de expôr suas probres cabecinhas a novas ideias e relações. Não importa que seja errado: é fácil.

Eu acho a acusação particularmente irónica, precisamente porque vejo na figura e nas ideias de Jesus a maior defesa do ideal socialista! A doutrina que a Bíblia defende para a organização económica da sociedade é o socialismo! Sim: o Novo Testamento defende o ideal socialista da mesma forma que o «manifesto comunista».

Pessoalmente, eu rejeito o socialismo – acho uma forma pouco adequada e eficiente de distribuir os recursos pela sociedade (não vou explicar porquê, visto não estarmos num blogue de política) – mas eu posso fazê-lo à vontade, porque sou ateu. Se eu fosse cristão (e já fui), não poderia rejeitar o socialismo: por muito ineficiente que o sistema me parecessse, eu não iria pôr em questão a «vontade de Deus».

Assim sendo, cada vez que escrevo mostrando que Deus é produto da nossa imaginação e que Jesus (aquele que afirmou que que «é mais fácil passar um camelo na ponta de uma agulha que um rico entrar no reino dos céus» ou que «ai de vós ricos que destes a vida em vosso consolo pois vos digo que haveis de chorar» e outras que tais…) não é filho de Deus nem tem nada de divino, estou na verdade a defender a hipótese de que o socialismo não é necessariamente (como creio não ser) a solução para a sociedade.

E não me venham com a conversa de que a Igreja é inimiga dos comunistas, que sempre esteve contra os marxistas, e argumentos do tipo, como se isso fizesse apagar a enorme quantidade de passagens bíblicas que exortam ao socialismo. A Igreja já vendeu indulgências, já encorajou cruzadas, já instituiu a inquisição, já condenou a tradução da Bíblia – a Igreja por diversas vezes ao longo da história colocou os seus interesses geo-políticos à frente daquilo que notoriamente seria a mensagem de Cristo. Quem defende que Cristo nunca aprovaria as cruzadas, não pode defender que a doutrina económica que a Igreja defende ou deixa de defender é mais válida do que aquela que notoriamente é defendida no novo testamento.

28 de Junho, 2005 jvasco

Correcção

Devo fazer um comentário sobre o artigo anterior: ser padre e ateu é possível. Padre, ateu e honesto é que não.