22 de Março, 2004 Carlos Esperança
O assassinato do xeque Yassin põe a paz em xeque.
O assassinato do xeque Yassin hoje perpetrado é mais um passo na abominável escalada do terrorismo religioso. Além de crime abjecto é um erro clamoroso que confere o estatuto de mártir a um troglodita que o ambicionava. Atingiu-se um novo patamar na escalada do terrorismo de Estado.
Ao terrorismo não se responde com terrorismo. O acto revela a natureza de Ariel Sharon, idêntica ao do facínora assassinado. Um tetraplégico pouco recomendável, é certo, não pode ser responsabilizado pelas vítimas israelitas que o terrorismo islâmico tem sacrificado. E o Estado não pode comportar-se como o bando de fanáticos que o querem destruir.
É precisa demasiada fé para tamanha crueldade.