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Carlos Esperança

25 de Dezembro, 2019 Carlos Esperança

Natal

A primeira notícia era falsa, mas se tivesse acontecido ser menina a misoginia não persistiria e teria sido menos dolorosa a caminhada da mulher para a igualdade…

…mas hoje não haveria bacalhau e filetes de polvo em muitos lares portugueses.

22 de Dezembro, 2019 Carlos Esperança

Desejo a tod@s um Feliz Solstício de Inverno – 22 de dezembro de 2019 – 04H19

Quando os deuses e deusas foram criados à medida dos anseios e medos humanos, eram bem mais variados nas formas e na substância com que eram idealizados em diferentes latitudes e culturas.

Na Idade de Bronze, os patriarcas de tribos nómadas inventaram o deus único para todas as angústias e medos, sonhos e pesadelos, amores e ódios, criado à sua imagem e semelhança, a exigir imolações bárbaras, para acabar resignado às orações e aos óbolos necessários para alimentar a multidão de funcionários que lhe preservaram a memória e a moldaram ao longo da História e ao sabor dos costumes.

Há dois mil e vinte e seis anos, em data ignorada e local diferente do que lhe atribuíram, foi registado na Palestina o único deus verdadeiro, à semelhança de deuses mais antigos, parido de mãe virgem, no solstício de inverno, judeu circuncidado, hábil em pregações e milagres.

A primeira cisão do judaísmo, nascida do golpe de génio de Paulo de Tarso e tornada consistente pela necessidade de Constantino unificar o Império Romano, criou um deus universal, o mais benigno e terno ícone monoteísta. Tornam-se irrelevantes a genealogia do novo deus, os milagres que obrou e as parábolas que lhe adjudicaram.

Na data que lhe deram para o nascimento, é noite de esquecer as tragédias e lembrar, no milagre do parto, o prodígio da vida, e fazer da alegria do ágape a festa da família, e do primeiro dia do ano, no calendário gregoriano, o Dia da Fraternidade Universal.

Feliz Solstício de Inverno e Bom Ano de 2020, car@s amig@s, e exonerem a santidade da ceia de todos os pecados, votos que estendo a tod@s @s crentes de deuses nascidos a 25 de dezembro ou em quaisquer outros dias, e aos que descreem de todos. Deixo ainda as minhas saudações republicanas, ateístas e democráticas.

P. S. – Façam como eu, não agradeçam, vão para dentro e agasalhem-se. No rescaldo do Temporal Carlos e da Depressão Elsa, vem aí o moderado Fabien, mas as pneumonias espreitam. Em cada solstício de inverno, há outro, de verão, no hemisfério oposto, e variam ao ritmo do movimento de translação da Terra.

19 de Dezembro, 2019 Carlos Esperança

Boas-festas

Desejo a todos os crentes em deuses nascidos a 25 de dezembro saudações natalícias. Aos outros, desejo igualmente uma festa de família feliz, com saudações republicanas, laicas e democráticas.

18 de Dezembro, 2019 Carlos Esperança

A canonização de madre Teresa de Calcutá

Madre Teresa de Calcutá a caminho da canonização

A notícia de que o papa Francisco reconheceu a cura de um homem que sofria de tumores cerebrais provocou imenso júbilo nos devotos do costume.

Soube-se em 18 de Dezembro do Ano da Graça de 2015, que o homem curado por Madre Teresa é um brasileiro que esteve em fase terminal e recuperou, em 2008, na diocese de Santos, no litoral de São Paulo.

Segundo as notícias, «Parentes rezaram e pediram ajuda à Madre Tereza, e o homem recuperou, deixando os médicos sem explicações». Não se percebeu se foi o homem que abandonou os médicos, sem explicações, ou estes que não as souberam dar, mas, para o milagre, foi igual.

Foi mais um milagre na área clínica, vocação dos defuntos católicos que jamais entram no campo da economia, da física quântica ou da nanotecnologia.

Madre Teresa, adversária do preservativo e fervorosa auxiliar do Papa João Paulo II na teologia do látex, pensava que era na dor que os pecadores encontravam a redenção e, por isso, contrariava o uso de analgésicos em doentes terminais.

Após recente defunção (F. 1997), aprovada nas provas para ‘beata’, em 2003, defendeu a canonização em 4 de setembro de 2016, com tese já aceite e dispensada de comparência, 19 anos após a sua morte.

A beatificação tinha sido defendida com um milagre reconhecido em 2002, adjudicado a madre Teresa, cura de uma mulher de 30 anos, de Bangladesh, Monika Besra, que sofria de um tumor abdominal.

Apesar do êxito da defunta na área da oncologia, em dois continentes diferentes, não se esperam outros milagres. Os defuntos depois de obrarem os milagres obrigatórios para a canonização, dão-se ao eterno ócio e fazem como os catedráticos que, após a homologação do concurso, nunca mais apresentam qualquer trabalho.

O Deus de Madre Teresa podia ter evitado ao miraculado os vários tumores cerebrais, mas impediria que madre Teresa, a pedido, lhos removesse em sepulcral telecirurgia.

Foi canonizada em 4 de setembro de 2016 pelo Papa Francisco.

17 de Dezembro, 2019 Carlos Esperança

As crenças, os crentes e a convivência pacífica

Há meia dúzia de anos fui convidado para um colóquio realizado sob os auspícios do «diálogo inter-religioso», circunstância que me fez refletir sobre a oportunidade da presença ateia num simpósio onde as conferências seriam proferidas por um budista, um judeu, um católico (padre), um protestante evangélico e um ateu.

Refletindo sobre o amável convite e, depois de ter pensado se a conferência de um ateu faria sentido, no âmbito de um diálogo inter-religioso, cheguei à conclusão de que, se alguém estaria a mais, seriam os crentes.

Lembrei-me do automobilista que ia em contramão na autoestrada e que, ao ouvir pela rádio que um condutor circulava do lado errado, pensou que eram todos. Acontece que no pensamento, tal como na condução, a verdade não se determina pelas maiorias. Não era por todos pensarem que o Sol girava à volta da Terra que Galileu estava errado ou a Terra interrompia o movimento de rotação.

Seja quem for que detém a verdade, aspeto que agora enjeito, pensei, e penso, que é mais fácil o diálogo entre quem não tem qualquer crença e mudará de opinião, se os factos ou a ciência o justificarem, do que entre os crentes, com verdades absolutas, irrevogáveis e eternas.

Os crentes estão cheios de certezas e os ateus crivados de dúvidas. Como método, parto do princípio de que todos podem ter razão ou de que esta não asiste a ninguém. Por isso entendo que a verdade não é passível de escrutínio. Esta postura serve-me no ateísmo e na política. A liberdade foi excomungada por Pio IX, o Islão julga-a obra de Satanás e os totalitarismos um furúnculo que corrói o poder absoluto.

Sem prejuízo das convicções profundas que me animam não abdico do contraditório. A intolerância nasce das verdades absolutas e da certezas eternas.

No fim desse colóquio, enquanto um dos crentes se furtou ao almoço, levando consigo o ódio, e outros crentes me olhavam com azedume, eu olhei-os com bonomia porque não combato crentes, apenas as crenças.

16 de Dezembro, 2019 Carlos Esperança

José de Anchieta, os milagres e a santidade

José de Anchieta, espanhol de famílias ricas, amigo de Inácio Loyola, depois de várias peripécias, acabou a evangelizar o Brasil, que é a forma com que se designava a conversão à força, naqueles tempos em que se levava em uma das mãos a cruz e na outra a espada.

O padre Anchieta ensinou latim aos índios, língua que não os fez eruditos, mas tornou-os cristãos. O padre José de Anchieta, com outros jesuítas, começou o difícil trabalho de conversão, catequese e educação com índios tapuias, pouco dados à cultura e à devoção, sobretudo devido aos assassinatos e pilhagem das suas aldeias, bem como às tentativas de escravização das tribos indígenas, ao longo da costa, pelos colonos portugueses.

José de Anchieta, em defunção desde 9 de junho de 1957, tornou-se padroeiro do Brasil e, dadas as funções, entendeu João Paulo II, quando agilizou a indústria da santidade, elevá-lo a beato, em 22 de junho de 1980.

Os brasileiros, isto é, o cardeal arcebispo de Aparecida, contente com a distinção, quer agora a canonização do ex-aluno do Real Colégio das Artes de Coimbra, ora património da Humanidade. O padroeiro popular do Brasil não pode ser menos do que o indefetível apoiante de Francisco Franco, Santo Escrivà e numerosos defuntos de duvidosa virtude. Nisso têm razão.

O processo de canonização do beato Anchieta, encalhado à espera de um milagre, acelerou há seis anos, após a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) ter mandado uma carta ao papa Francisco pedindo que o Apóstolo do Brasil seja declarado santo. Então foi, porque «O prefeito da Congregação para a Causa dos Santos, cardeal Angelo Amato, pediu que fosse encaminhada, no mais breve tempo possível, a Positio, texto com a biografia de Anchieta, a relação de prováveis milagres e provas de fama de santidade» – segundo a Tribuna do Norte, dessa altura.

Ora, fama de santidade era o que mais tinha. A santidade veio em 3 de abril de 2014 para compensar o défice de santos do Brasil.

15 de Dezembro, 2019 Carlos Esperança

Religiões e terrorismo

Pode dizer-se que sob a capa das religiões se abrigam interesses económicos e políticos, mas isso não absolve os crimes que praticam. Aliás, a separação das Igrejas do Estado nunca foi vontade das religiões, mas imposta pelos Estados através da repressão política do seu clero.

A laicidade ainda hoje é acolhida com azedume pelas religiões obrigadas a aceitá-la, e é um conceito alheio ao Islão, dificilmente assimilável pelo cristianismo ortodoxo e cada vez mais desprezado pelas Igrejas evangélicas.
A globalização trouxe às crenças, há séculos delimitadas geograficamente, o desafio de se tornarem globais (totalitárias) e o medo de se diluírem ou, mesmo, de desaparecerem.

O proselitismo de que algumas se encontram imbuídas transmite aos crentes a ânsia do apostolado, com a febre do martírio a corroê-los e a violência a empolgá-los.

A falência da civilização árabe, a que não é alheia a islamização, leva ao desespero dos muçulmanos, que veem no Paraíso a única oportunidade coletiva de fruírem ‘rios de mel doce’, prados verdejantes, sombras e virgens em abundância para crentes a quem tudo é interdito pela versão mais implacável dos monoteísmos, ainda que tenham de assassinar todos os crentes da concorrência e, sobretudo, os não crentes.

O fundamentalismo que caracteriza importantes comunidades islamitas não é exclusivo do Islão nem este a primeira religião contaminada. Aliás, a palavra ‘fundamentalismo’, surgiu no início do século XX para designar o protestantismo evangélico que não parou de o fortalecer.

A falta de etapas que moldaram o cristianismo, o Renascimento, a Reforma protestante, o Iluminismo e a Revolução francesa, deixaram o islamismo a perpetuar as sociedades tribais e patriarcais, onde nasceram os monoteísmos, tornando-se um fascismo religioso onde a laicidade é inaceitável e a emancipação da mulher ainda mais intolerável.

Os constrangimentos sociais em sociedades tribais e/ou tribalizadas tornam improvável a mínima evolução pacífica. As retumbantes vitórias do despotismo sobre a democracia, em eleições democráticas, explicam o paradoxo de serem as ditaduras laicas a garantir o pluralismo religioso e alguns direitos cívicos, e os governos eleitos democraticamente a consolidarem o totalitarismo religioso.

Os sucessivos acontecimentos violentos, terrorismo, lapidações e torturas, são a ilustração daquilo em que se converteu o Islão, o sistema totalitário onde a conversão ou a morte são as alternativas. O terrorismo atual contra os cristãos da Nigéria ou o atentado à bomba contra a catedral São Marco, no Cairo, há 3 anos com pelo menos 25 mortes e meia centena de feridos, de cristãos coptas (10% da população do país), são uma metáfora da alegada misericórdia do Profeta cuja inspiração vai erradicando qualquer ‘heresia’ dos países onde não se concebe um Estado que não se funde na religião e não se confunda com ela.

14 de Dezembro, 2019 Carlos Esperança

Allahu Akbar!

“A jihad [guerra santa] é o teu dever sob qualquer governante, seja ele ímpio ou devoto” (hadith, geralmente invocado para justificar ataques aos infiéis e apóstatas).

“Deus é grande” não é só o grito selvagem que precede uma carnificina, é a apoteose da demência mística, o sintoma da intoxicação divina pelo mais boçal dos livros sagrados.

Deus podia ter sido uma ideia interessante, mas converteu-se num pesadelo cujo nome, em árabe, remete para o mais implacável dos homólogos que alimentam o proselitismo dos desvairados da fé. Alá consegue ser o pior dos avatares monoteístas.

O islamismo, plágio tosco do judaísmo e do cristianismo, ditado pelo arcanjo Gabriel ao “beduíno analfabeto e amoral”, como lhe chamou Atatürk, ao longo de vinte anos, entre Meca e Medina, deu origem à mais sombria mutação do deus abraâmico.

O islamismo já foi mais tolerante do que o judaísmo e o cristianismo, o primeiro com a única vantagem de não ser prosélito, mas a decadência da civilização árabe transformou o monoteísmo do condutor de camelos no mais implacável e anacrónico dos três, e fonte da raiva e ressentimento contra o Ocidente.

Hoje, o cristianismo, impregnado pelo Renascimento e o Iluminismo, graças à repressão política do clero, é a religião mais pacífica, apesar do aguerrido proselitismo de algumas Igrejas evangélicas e de raras seitas católicas radicais.

O primarismo ideológico da religião, que se fundamenta em cinco pilares pueris e cuja violência seduz cada vez maior número de pessoas, exige vigilância policial e impõe um combate ideológico determinado, sem medo das fatwas e do clero que expele versículos e hadiths nas mesquitas e transmite os alegados ensinamentos do profeta nas madraças.

A Europa, onde progressivamente recruta bandoleiros de deus, deve obrigar ao respeito pelo ethos civilizacional que a moldou e defender a laicidade sem contemplações com a pedofilia, a poligamia, a opressão da mulher e outras taras especialmente islâmicas.

Podem os crentes rezar as 5 orações diárias, urinar em sentido contrário ao das orações, manter o ódio ao toucinho e aos cães, mas não podem atropelar, esfaquear ou explodir infiéis numa demencial orgia mística que lhes assegure a viagem rumo ao Paraíso.

O respeito pelos Direitos Humanos é a exigência comum a todos os homens e mulheres, sem qualquer discriminação, nesta Europa que afrouxa a defesa dos seus valores.

11 de Dezembro, 2019 Carlos Esperança

A Irmã Lúcia e as aparições sigilosas

Quando a Senhora do Rosário, heterónimo com que a Senhora de Fátima se apresentou na Cova da Iria, à Lúcia, ainda criança (a Lúcia, naturalmente), era imprevisível que se tornassem tão chegadas.

O pedido para que o Papa consagrasse o Mundo ao seu Imaculado Coração (da Virgem, claro) foi uma prova de simpatia para com uma criança do concelho de Ourém porque o poderia fazer diretamente ao representante do filho, no Vaticano.

Desse encontro e dos que se seguiram nasceu uma amizade para a vida da que viria a ser a Irmã Lúcia. Começou por promover o terço, exercício que aliviava os cavadores das posições viciosas da enxada e permitia às mulheres aliviar a coluna das lides do campo e da casa. Passou a ter uma interlocutora privilegiada no Paraíso, donde recebia ordens e sabia novas. Soube do valor do terço para a conversão da Rússia, dos humores de Cristo agravados pelos pecados dos homens e ausências à santa missa, e do epílogo da guerra.

Tal como os documentos do Pentágono e da CIA, desclassificados depois de 25 anos, também os escritos da Irmã Lúcia guardados numa gaveta fechada à chave no Carmelo de Coimbra, gaveta para a qual tinha uma autorização especial, foram agora publicados na extensa biografia da Irmã Maria Lúcia de Jesus.

Ficou assim a saber-se, que à sorrelfa, sem que a madre superiora suspeitasse, a vidente «recebeu, várias vezes, na clausura do convento em Coimbra, a presença de Nossa Senhora». São textos inéditos, num livro de 495 páginas, que Lúcia nunca compartilhou com as outras carmelitas, ora autoras da publicação.

Já não eram visões, como no princípio, eram aparições, como refere o livro, e não é uma questão de semiótica, uma alteração da significância das palavras, é uma transformação dialética de visões para aparições que, “além doutras, ocorreram a 22 de agosto de 1949, a 31 de dezembro de 1979 e em outubro de 1984”, segundo o DN de 8 de dezembro, da era vulgar de 2013, página 29.

A amizade era tal que, sobre a aparição de 1979, escreveu a Irmã Lúcia: “Assim orava com a fronte inclinada, na cela às escuras, com a janela cerrada, quando sinto uma mão suave pousar-me no ombro esquerdo”, para depois adicionar a mensagem que escutara: “Deus ouviu a tua oração e envia-Me [sic] para te dizer que é preciso intensificar a oração e o trabalho pela união da Igreja, dos bispos com o Santo Padre e dos sacerdotes com os bispos (…).

Estas descobertas valiosas, estes tesouros ocultos, só puderam ser desvendados após a morte da vidente, que se esqueceu de respirar em 13 de fevereiro de 2005.

Espero que estas informações agucem o apetite para a leitura pia de “Um caminho sob o Olhar de Maria: Biografia da Irmã Lúcia de Jesus e do Coração Imaculado» (ed. Carmelo, 2013; 20 euros) – prefácio de D. Virgílio Antunes, atual bispo da diocese de Coimbra, onde se pode ler: “Acreditamos que as aparições de Nossa Senhora que a Irmã Lúcia teve no Carmelo de Coimbra, ao longo dos 57 anos que aí viveu, se tenham dado na sua cela, lugar de recolhimento, intimidade e oração da carmelita. Mas tudo se passou sempre com muita discrição e ninguém adivinhava quando andaria por aí Nossa senhora», um prefácio que é uma pérola e mais uma razão para comprar e ler o livro.

Observações:

1 – A discrição de “Nossa Senhora” teria de ser muita, para não derrubar uma cadeira, atirar com um castiçal ou esbarrar num crucifixo, o que levaria o pânico ao Carmelo;

2 – O recado de Deus para intensificar as orações, o trabalho, etc. ganham consistência pela semelhança com as orientações da troika, noutro campo, ao Governo português;

3 – O facto de Deus ter ouvido as orações da Lúcia foi motivo para uma aparição que o confirmou, o que pode levantar dúvidas sobre a audição das orações dos crentes que não privam com a Senhora de Fátima, mas um crente não pode ter dúvidas, tem certezas.