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Carlos Esperança

3 de Março, 2015 Carlos Esperança

A lepra islâmica é contagiosa

Iraque lança ofensiva para tentar tirar Tikrit das mãos do Estado Islâmico
Jihadistas controlam há meses a cidade natal de Saddam Hussein
Operação serve como teste para a eventual retomada de Mossul

Soldados iraquianos nos arredores de Tikrit, na semana passada. / ALI MOHAMMED (EFE)

As forças governamentais iraquianas iniciaram uma ofensiva para recuperar a localidade de Tikrit das mãos do Estado Islâmico (EI), segundo anúncio da TV estatal Al Iraqiya nesta segunda-feira. A operação tem forte peso simbólico, já que se trata da cidade natal do falecido ditador Saddam Hussein. Além disso, seu desenrolar serve como teste para um eventual avanço sobre Mossul, a terceira maior cidade do país, 200 quilômetros ao norte.

3 de Março, 2015 Carlos Esperança

Se a moda pega nas religiões…

Líder de seita convenceu 400 homens a tirarem os testículos

SOL  |

Um homem foi acusado de incentivar centenas de seguidores a castrarem-se, prometendo-lhes que assim ficariam mais próximos de Deus.

Gurmeet Ram Rahim Singh, um cantor e líder espiritual de uma seita na Índia, está a ser investigado depois de alegadamente ter manipulado cerca de 400 homens para tirar os testículos, refere o Independent citando um jornal local.

Hans Raj Chauhan, um seguidor que foi castrado há sete anos, foi um dos homens que quebrou silêncio e acusou Singh.

“Era dito às vítimas que só aqueles que retirassem os testículos poderiam conhecer Deus”, afirmou o advogado de Chauhan, actualmente com 35 anos.

A vítima interpôs uma acção contra o guru, de 47 anos, em 2012 e as autoridades começaram a investigar acusações que datam desde 2000. Acredita-se porém que muitos seguidores estejam com medo de falar.

Em Janeiro, confrontado com estas acusações, Singh afirma estar “perturbado” com as acusações e vai contestá-las em tribunal.

As castrações eram alegadamente feitas num hospital dirigido pela organização de Singh, chamada Dera Sacha Sauda.

Segundo o Business Insider, em 2002 foi interrogado a propósito da morte de uma jornalista, em 2002, e já foi acusado de violação, por parte das suas seguidores, mas nunca foi indiciado.

Com uma fortuna estimada em mais de 50 milhões de dólares, Singh tem mais de 87 mil seguidores no Twitter mas não segue ninguém. Descreve-se como um “santo espiritual/filantropo/cantor versátil”, entre outros ‘títulos’. A sua organização tem ainda fábricas, restaurantes, hotéis e dirige escolas e orfanatos.

2 de Março, 2015 Carlos Esperança

A demência da fé e a boçalidade dos crentes

O Estado Islâmico divulga um vídeo em que destrói estátuas milenares

Na gravação, vários milicianos dão golpes de marreta em esculturas de um museu na cidade iraquiana de Mossul
Parece uma advertência depois do anúncio de um plano dos EUA para retomar o controle da cidade

Um grupo de jihadistas destrói esculturas em um museu em Mosul (Iraque).

Armado com grandes martelos e brocas, um punhado de seguidores do Estado Islâmico (EI) em Mosul destrói com fúria várias estátuas que descrevem como “ídolos” e que arqueólogos de todo o mundo temem que sejam peças assírias e acádias. O vídeo, cujo conteúdo foi confirmado nesta quinta-feira pela UNESCO, é a mais recente provocação desse grupo extremista sunita que aspira a governar todos os muçulmanos do mundo, mesmo que tenha de suprimir a história e exterminar todos os que se opuserem a seu projeto. Na semana passada o EI destruiu a biblioteca central dessa cidade, situada no norte do Iraque.

“É um ataque deliberado contra a história e a cultura milenares do Iraque e uma incitação à violência e ao ódio”, declarou a diretora-geral da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO), Irina Bokova, antes de pedir uma reunião urgente do Conselho de Segurança.

1 de Março, 2015 Carlos Esperança

O Islão e a teologia do cabotinismo

Pegue-se numa cópia grosseira do cristianismo, com laivos de judaísmo, e faça-se um manual terrorista ao gosto de um beduíno boçal de há 14 séculos. Intoxiquem-se nele os povos e constranjam-se, torturem-se os réprobos e aliciem-se os devotos com rios de mel e virgens ansiosas. Produzem-se dementes fanáticos, embrutecidos pela fé.

Algures, no que resta do Iraque, entre os rios Tigre e Eufrates, onde nasceu a escrita e a civilização teve berço, despertaram selvagens em estado místico, primatas adestrados no uso de utensílios e armas sofisticadas, aptos a recriarem o habitat da Idade do Bronze.

Um dia servem-nos decapitações; no outro, assassínios; depois, homens enjaulados a arder lentamente ao som de gritos selvagens: “Deus é grande e Maomé o seu Profeta”.

É fácil identificá-los pelo aspeto simiesco, desprezo das fêmeas, comprimento dos pelos nas trombas e, sobretudo, pelo desprezo da vida e ódio à modernidade.

Bandos ensandecidos, suspeitando da inspiração do demo na arte assíria, destroem, com marretas e martelos pneumáticos, obras únicas, três milénios de arte preservados no Museu de Mossul, com a sanha com que queimaram milhares de manuscritos e de livros raros na Biblioteca Municipal. Viram infiéis nos sumérios e assírios e quebraram tábuas de gesso com escrita cuneiforme, com mais de cinco mil anos; na cabeça esculpida, da época suméria, imaginaram o busto de Maomé com um turbante carregado de bombas e partiram-na; e, no boi alado com três mil anos, divindade assíria, adivinharam escárnio ao arcanjo Gabriel fabricado na rotativa do Charlie Hebdo, e reduziram-no a cacos.

Há, nesta tragédia cultural, na metáfora do mais perverso monoteísmo, um apelo à raiva, à revolta e ao repúdio civilizacional contra a barbárie.

27 de Fevereiro, 2015 Carlos Esperança

Não me parece o melhor caminho

Áustria aprova reforma polémica em lei que regulamenta o islamismo

Lei proíbe investimentos estrangeiros em mesquitas e gera críticas de muçulmanos.

Da BBC

O parlamento da Áustria aprovou nesta quarta (25) mudanças polêmicas em uma lei centenária que regulamenta o islamismo no país.

Um dos objetivos da reforma é coibir o islamismo radical. Por isso, ela veta, por exemplo, o financiamento estrangeiro de mesquitas ou de imãs (líderes religiosos). No entanto, a nova lei também amplia a segurança jurídica aos muçulmanos que vivem no país.

A aprovação das mudanças gerou protestos entre a comunidade muçulmana, que é numerosa no país – 7% da população, segundo dados de 2013.

Criada em 1912, a Lei do Islã tornava o islamismo uma religião oficial da Áustria e, na época, chegou a ser considerada um “modelo” para a Europa na forma de inclusão dos muçulmanos. Isso permitiu que eles ganhassem os mesmos direitos de católicos e judeus, tais como poder aprender sobre sua religião em escolas do Estado, por exemplo.

O Ministro da Integração da Áustria, Sebastian Kurz, defendeu as reformas, mas alguns líderes muçulmanos dizem que elas não os tratam com igualdade diante das outras religiões.

Ainda assim, algumas mudanças foram consideradas positivas pelos seguidores do islamismo. De acordo com a reforma, muçulmanos poderão, por exemplo, faltar ao trabalho em feriados religiosos sem receber punição e têm liberdade de orientação espiritual quando forem servir o Exército.

Por outro lado, quem é contrário à mudança diz que a proibição de investimento estrangeiro é algo “exclusivo” para muçulmanos, já que católicos e judeus não têm de seguir as mesmas regras.

Eles dizem a nova lei reflete uma desconfiança generalizada em relação aos muçulmanos e alguns estão pensando em contestá-la no tribunal.

Controle externo
O ministro Kurz disse à BBC que as reformas foram um “marco” para a Áustria e têm como objetivo acabar com a influência política de certos países muçulmanos que usam os meios financeiros para isso.

“O que queremos é reduzir a influência política e controle externo. Queremos dar ao Islão a oportunidade de se desenvolver livremente dentro de nossa sociedade e de acordo com os nossos valores comuns europeus”, disse.

Kurz também fez questão de reforçar que a reforma não foi uma reação aos recentes ataques perpetrados por extremistas islâmicos na França e na Dinamarca.

No entanto, a nova lei do país despertou reações diversas de muçulmanos pelo mundo, com o chefe de relações religiosas da Turquia, Mehmet Gormez, deixando clara sua insatisfação na última terça-feira.

“A Áustria vai regredir 100 anos em liberdade com essa reforma da lei do Islã”, disse Gormez, segundo a agência de notícias estatal Anadolu.

Quase meio milhão de muçulmanos vivem na Áustria hoje em dia, cerca de 7% da população – muitos deles têm origem turca ou bósnia.

27 de Fevereiro, 2015 Carlos Esperança

A pastoral rodoviária continua em vigor ou foi um fracasso?

Em 2007, o Conselho Pontifício para a Pastoral dos Emigrantes tinha em vista a criação de espaços de oração e encontros pios nas áreas de serviço e lugares de descanso das autoestradas. Bento XVI jubilou-se sem recolher frutos da nova pastoral do camionista, uma forma de proselitismo rodoviário, de que não mais se ouviu falar.

A ideia continua original e adequada à proliferação de autoestradas num período em que a fé esmorece.

Chega um condutor com a bexiga cheia e sai-lhe uma freira com uma pagela do Sagrado Coração de Jesus. Vem aflito, após 400 km de autoestrada, a ruminar uma sanduíche de atum, ansioso por um urinol, e um padre para-o para rezar uma ave-maria e, quando espera aliviar o globo vesical, pergunta-lhe se quer aliviar-se dos pecados e confessar-se.

Vem esfomeado outro, a pensar em presunto e queijo, e aguarda-o uma missa no interior de um camião e, à saída, um versículo da Bíblia debitado por um diácono.

Antes do restaurante passa pela sacristia. Antes de alcançar a latrina leva com conselhos pios e, quando um camionista se prepara para comprar uma revista com fotos de corpos apelativos, dá com uma pagela de Santo Escrivà numa das mãos e a da Virgem Maria na outra, sem mão disponível para urinar.

O garoto que obriga o pai a parar, para comprar o gelado que há duzentos quilómetros reclamava, leva primeiro com um pai-nosso que a catequista de serviço reza com ele.

Em vez de prostitutas que aguardam camionistas, há semanas fora de casa, as estações de serviço vão parecer conventos de portas abertas e freiras à solta para reconduzirem ao redil da Igreja jovens com cio.

Quando, finalmente, permitem o alívio de uma sanita ao fatigado camionista, este já não precisa de se preocupar com o papel higiénico, leva consigo vários santinhos e um desdobrável com imagens do Papa, a cores.

Benditos padres que recorrem aos «camiões para rezar» em vez de deixarem descansar os condutores. Certamente, conseguem substituir o habitual desabafo de um camionista, perante a manobra desastrada de outro condutor, por um piedoso e contido alívio:

«Vai para o padre Escrivá, filho de Deus».

26 de Fevereiro, 2015 Carlos Esperança

O Islão é o que sabemos

A perseguição a cristãos na religião muçulmana não é pregada apenas pelos extremistas armados, mas também por líderes religiosos. Na Arábia Saudita, o principal representante do islamismo afirmou que as igrejas cristãs precisam ser destruídas.

O profeta Maomé, que é a figura humana mais reverenciada no islamismo, nasceu na região onde hoje está a Arábia Saudita, e por lá, a hostilidade aos cristãos é intensa e constante.

O sheik Abdul Aziz bin Abdullah, o grão-mufti do país e maior autoridade religiosa, afirmou recentemente que se faz “necessário destruir todas as igrejas da região” durante uma reunião com líderes políticos do Kwait, segundo informações do portal RT.

Essa declaração do líder muçulmano se referia às igrejas existentes no Kwait, pois na visão do sheik, o país pertence à Península Arábica, e há uma ideia no islamismo de que não pode haver outra religião naquela região senão a muçulmana.