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Carlos Esperança

5 de Agosto, 2015 Carlos Esperança

A Marca da Infâmia

Publicado em recortes por Cláudio B.

Muitos dizem que conhecem a História da Inquisição Católica. Mas, será que conhecem, mesmo? E sobre a Inquisição Protestante, alguém pode falar a respeito? Vamos então até as provas e conhecer toda a verdade, sobre maior genocídio já ocorrido em nossa civilização.

O Título deste meu novo Artigo, refere-se não apenas a “marca” que os condenados pelo Santo Ofício Católico, eram obrigados a usarem, em uma vestimenta humilhante chamada “samberito”, marca esta conhecida como a “Cruz de Santo André”. Alguém se lembra da “marca” aos judeus, a “Estrela de Davi”, imposta pelos nazistas, nos campos de concentração e nos guetos? Pois é, a mesma coisa, mas saibam que infame mesmo, foi a “marca” da bestialidade, da ignorãncia e da maldade humana, deixada por aqueles que se diziam seguidores e defensores das palavras do Cristo, quanto aos seus ensinamentos sobre a liberdade, a justiça e a bondade. A História, como sempre, resgata estes fatos e minha obrigação, como historiador e escritor é a de revelar toda a verdade, sobre a mais sinistra face do terror, já vista contra a Humanidade.

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4 de Agosto, 2015 Carlos Esperança

Mentira e crime

MÁRIO DE OLIVEIRA *

As chamadas aparições de Fátima são a grande mentira e o grande crime da hierarquia da Igreja Católica portuguesa do século XX. À qual veio, estranhamente, juntar-se, já na parte final desse mesmo século, o próprio Papa João Paulo II, sem dúvida o mais fatimista de todos os Papas e também o mais beato e idólatra.

As fotos de João Paulo II, prostrado diante da imagem de Fátima, publicamente idolatrada naquela sua capela que mais parece uma estação de serviço, correram mundo. Elas são bem o símbolo duma Igreja Católica caída na idolatria e convertida em multinacional da religião, herdeira e continuadora das míticas religiões e dos cultos idolátricos do paganismo que proliferaram no Império Romano e que o imperador Constantino e o seus sucessores baniram, para que, em seu lugar, ficasse apenas a religião católica.

Por isso digo: ou a Igreja Católica do século XXI tem coragem para confessar a mentira e o crime que a hierarquia católica portuguesa fabricou em 1917, ou está condenada a desaparecer da vida de todos os seres humanos esclarecidos e dotados de consciência crítica.

A grande mentira de Fátima é esta: a hierarquia da Igreja Católica afirmou e continua a afirmar que a imagem da senhora de Fátima, que não come nem bebe, não ouve nem fala, não chora nem ri, não anda nem se comove, é uma espécie de retrato de Maria de Nazaré, a mãe de Jesus. Não é. É uma reprodução tosca das inúmeras imagens da mítica deusa virgem e mãe dos cultos do paganismo que o cristianismo do século I tanto combateu e ridicularizou.

O grande crime de Fátima é este: das três crianças que o clero envolveu na encenação das “aparições”, duas apanharam a pneumónica e morreram abandonadas pouco tempo depois; e a mais velha teve de ser enclausurada.

* Padre católico

D. N. 12-05-2002

3 de Agosto, 2015 Carlos Esperança

Louvado seja o caruncho

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Há 47 anos, antes de um novo milagre da defunta rainha Santa Isabel, a cadeira cumpriu a obrigação para que o caruncho laboriosamente a tinha preparado. Não foi apenas a santa a fazer um milagre errado, foi o caruncho a fazer história.

3 de Agosto, 2015 Carlos Esperança

HIPOCRISIA

Padres mexicanos com companheiras

No México, país que o Papa João Paulo II deverá visitar em Julho, também começam a ser conhecidos casos de padres faltosos, sendo voz corrente, por exemplo, que existe um número significativo, mas ainda desconhecido, de prelados que têm companheiras. Por outro lado, recentemente, Alberto Athié, padre, assessor do Conselho Episcopal Latino-americano, alertou para o facto de no México “também existirem casos de padres violadores de menores que foram transferidos pelos seus superiores para outras paróquias para evitar o escândalo”.

Segundo Athié, “a igreja dos EUA não é mais nefasta do que as outras. É a primeira que enfrenta o problema. Vamos entrar numa fase muito complicada como comunidade, mas necessária para a nossa purificação. Este assunto também vai afectar o México mais tarde ou mais cedo”.

Mas, no México, sobretudo no interior do país, apesar da obrigatoriedade do celibato dos padres, há uma certa dose de tolerância perante os prelados que mantêm relações com mulheres. Sintomático disso mesmo é o caso de Manuel Marinero, antigo pároco de San Bartolo Coyotepec. Depois de 24 anos como padre, Marinero revelou aos seus paroquianos, em 1997, que se tinha apaixonado pela psicóloga Alma Patricia Ramirez, que conhecera em 1995. Casaram-se, tiveram dois filhos e, ainda hoje, Marinero é tratado como se continuasse a ser o padre desta aldeia de 750 famílias, apesar de o Vaticano ter decidido afastá-lo do exercício do seu ministério. E quando a hierarquia católica local disse a Marinero para sair da casa paroquial que ocupava, os habitantes de San Bartolo fizeram frente à decisão, lembrando que a casa era propriedade da aldeia, localizada nos arredores de Oaxaca.

Assim se confirma que muitos paroquianos do México, sobretudo nas zonas rurais, aceitam sem questionar estas “facadas” no celibato.

D. N. 15-05-2002
2 de Agosto, 2015 Carlos Esperança

Mais uma dor de cabeça para a ICAR

Papiro controverso que evoca «a mulher de Jesus» não é uma falsificação
As análises científicas de um papiro muito controverso, no qual é mencionado «a mulher de Jesus», revelaram que este documento é antigo e as suas origens remontam entre os séculos VI e IX.

Um estudo divulgado na quinta-feira nos Estados Unidos refere que este documento, revelado em 2012 por Karen King, professora de história na Universidade de Harvard Divinity, é quase de certeza um papiro antigo e não uma falsificação feita recentemente.

Este documento, que sugere que Cristo era casado, foi recebido com grande ceticismo no Vaticano e pelos historiadores, que concluíram que provavelmente era uma farsa, citando a sua origem desconhecida, a forma dos carateres das letras e os erros gramaticais.

Trata-se de um fragmento de papiro com 3,8 X 7,6 cm, no qual estão escritas as frases em língua copta: “Jesus disse-lhes: ‘Minha esposa’” e “Ela poderá ser minha discípula”.

2 de Agosto, 2015 Carlos Esperança

Há quem os leve a sério

Religião: João Paulo II oferece batina do terceiro segredo

JACINTA ROMÃO

O Papa ofereceu uma batina ao Santuário de Fátima por ser o símbolo mais representativo da visão dos três pastorinhos em que João Paulo II se reconheceu como sendo o mártir de branco que apareceu na visão do terceiro segredo.

A batina que o Papa vestia no dia que sofreu o atentado na Praça de S. Pedro, em 1981, foi levada à presença da irmã Lúcia, no passado dia 12, no convento das Carmelitas em Coimbra onde reside a vidente de Fátima e esta identificou a veste papal como sendo a que viu há 85 anos.

O padre Kondor, disse ao DN que “Lúcia reconheceu a batina como sendo a do mártir vestido de branco que subia a montanha até à cruz na imagem das aparições relativa ao terceiro segredo.”

Esta “autenticação” foi feita na presença do arcebispo de Colónia, o cardeal Joachim Meisner, que este ano presidiu às cerimónias de 13 de Maio e visitou Lúcia no domingo na companhia do padre Kondor.

“Lúcia disse-nos que os pastorinhos viram esta batina e afirmou-nos que o objecto do segredo de Fátima era realmente o Santo Padre”, afirmou sublinhando que ela “prometeu também que agora e no futuro, e ainda mais quando estiver no Céu, vai rezar muito pelo Papa”. Questionado sobre a saúde de Lúcia, disse que “está bem e muito lúcida”.

Por seu lado, o cardeal Meisner disse no Carmelo de Coimbra, segundo afirmou ao DN o padre Kondor na presença do Bispo de Leiria, D. Serafim Ferreira e Silva, que “o Papa considera que o centro da sua vida se encontra na Mensagem de Fátima”.

Em relação às ofertas de João Paulo II, D. Serafim assegurou: “Vamos providenciar para que haja uma parte específica no museu do Santuário para as recordações pontifícias.

Já temos a rosa de ouro, a coroa nobre com a bala, o anel e agora a batina. São símbolos muito significativos para João Paulo II, nos quais reconhecemos a importância da sua doação ao Santuário”.

D. N. 15-05-2002
1 de Agosto, 2015 Carlos Esperança

Loucura atrai loucos

Contra o Estado Islâmico a Índia tem o “homem-míssil”

por LEONÍDIO PAULO FERREIRAHoje

Nos mapas que circulam na internet sobre as ambições territoriais do Estado Islâmico surgem sempre a Península Ibérica e a Índia. Mas se o antigo Al-Andaluz deixou há séculos de ter população islâmica tirando a que chega por via da imigração, já o território que foi o do Sultanado de Deli e depois o do Império Mogul conta ainda hoje com 180 milhões de muçulmanos, a ponto de a Índia ser o terceiro país com mais seguidores de Alá. E é por isso que um documento do Estado Islâmico com um plano para atacar a Índia mereceu ser notícia esta semana no USA Today. O jornal recorreu a um perito de Harvard para obter uma tradução credível para o inglês e conseguiu que três agentes da secreta americana garantissem a fiabilidade do texto, tendo em conta a linguagem e o tipo de ameaças.

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30 de Julho, 2015 Carlos Esperança

A liturgia e a fé

Quem é um ateu para se imiscuir na liturgia da Igreja católica? Que tem a inteligência a ver com o Cristo servido às rodelas na língua dos devotos ajoelhados ou passado de mão em mão de um presbítero para o beato?

Não fora a vocação totalitária da religião e os ateus dedicar-se-iam a outras tarefas.

A liturgia é o circo da fé com Cristo a saltar do cálice, com duplo mortal e pirueta sobre a patena, para acertar na língua do devoto e percorrer o tubo digestivo até acabar na rede de saneamento após a descarga do autoclismo.

As religiões vivem de rituais como os ilusionistas da prestidigitação. O Papa atual é um tudo nada diferente mas os anteriores foram avatares dos papas medievais que sofreram a mágoa de não poder acender fogueiras e de ver os ímpios indiferentes ao Inferno e aos castigos divinos.

No regresso à Idade Média, no eterno retorno ao fanatismo e à intransigência, o pastor alemão sentia a raiva da impotência e o ódio à modernidade. Sob a tiara, pensava em fazer ajoelhar os homens e pôr de rastos os cidadãos.

Nada era mais desconfortável para B16 do que viver num mundo que não se persigna, ajoelha ou submete à vontade dos padres e às ordens do seu Deus. O Vaticano é uma ditadura encravada na União Europeia e o último Estado teocrático da Europa, herdeira do Iluminismo e da Revolução Francesa, berço da democracia e reduto da liberdade.

No bairro das sotainas germinam 44 hectares de ódio, cultivados pela legião de padres, monsenhores, cónegos, bispos e cardeais. Fabricam santos, bulas e indulgências, mas é o horror à liberdade que os anima, a conspiração contra a democracia e a aversão à modernidade. Francisco, na tímida abertura, é visto com suspeitas.

O Vaticano é o Estado criado por Mussolini mas é, sobretudo, o furúnculo infecto num espaço onde o sufrágio universal não conta com o voto de Deus, ausente dos cadernos eleitorais.

29 de Julho, 2015 Carlos Esperança

NÃO ACREDITO NO QUE REZA O PAPA FRANCISCO

Por

PEDRO TADEU , in DN

No dia 6 de outubro de 1973 deixei de acreditar em Deus. Aos 9 anos de idade perdi o meu pai, morto num fortuito acidente de automóvel. Hoje, dia 28 de julho de 2015, depois de acumular mais 42 anos de experiência em inúmeras tristezas e alegrias, estou sem acreditar em Deus.

Nem a literatura, nem a arte, nem a teologia, nem a filosofia, nem a história, nem a política, nem a ciência, nem as amizades, nem a maturidade, nem, em suma, a vida, conseguiram contrariar a retórica de negação divina associada às perguntas que formulei naquele dia, inocentes, ignorantes, infantis:

“Se Deus existe e é omnisciente, porque lhe é indiferente a guerra, a fome, a doença, a miséria?”

“Se Deus existe e é omnipresente, porque não olha para a injustiça, para a escravidão, para a violência?”

“Se Deus existe e é omnipotente, porque deixa as crianças sofrerem?”

“Se Deus existe e tudo pode, tudo controla e tudo sabe, porque matou o meu pai?”

Se a justificação para a prevalência da crueldade divina, brutalmente revelada à minha candura infantil, estava escondida por um mistério de fé, cínico na sua transcendência inumana, mais valia não procurar a sua revelação.

O egocentrismo do meu sofrimento, o abismo da minha orfandade, revelaram-me um código social: se Deus existia, então ou era mau ou era indiferente às agruras do Homem e da Mulher. Por essa razão mais valia ignorarmos Deus. Mais valia, seguramente, sermos todos e todas órfãos de Pai.

Deveríamos tentar encontrar o divino em nós, na capacidade coletiva de construirmos um presente digno para as nossas vidas e um futuro esperançoso para a perpetuação da Humanidade, guiados pela justiça, pela bondade, pela busca incessante da felicidade. Pelo bem de todos nós, não para o bem de Deus.

O papa Francisco fala arrebatadoramente como homem de justiça na Terra. O papa Francisco, porém, tem todas as suas palavras contaminadas pelos mandamentos de um Deus inviável, lá do Céu.

As apaixonadas intervenções que o papa faz contra a exploração capitalista do mundo, a defesa do acesso ao trabalho, a crítica feroz ao monopolismo ideológico, a denúncia assustada das agressões ambientais ao planeta, são um valor precioso no presente de todos os homens, pois contrariam a avalanche para o inferno na Terra em que estamos a precipitar-nos.

Estou de acordo com o que diz o papa Francisco. Não posso estar de acordo com o que o reza o papa Francisco: a fé em Deus destrói a Humanidade. O passado e o presente comprovaram-no milhares de vezes, ao longo de milhares de anos, e a minha pequena vida afirma-o, claramente, desde 6 de outubro de 1973… Lamento.