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Carlos Esperança

29 de Agosto, 2015 Carlos Esperança

A aldrabice da fé e a fé de um aldrabão

Um dia andava Deus na sua divina ociosidade e pensou em seu pensamento: «O DduA diz mal de Mim e dos empregados que tenho ao meu serviço no planeta Terra». E o senhor Deus, habituado à ociosidade, com pouca imaginação, pensou, pensou, e nada lhe ocorreu para pôr cobro à liberdade de expressão. Apenas sentiu um desejo de vingança para fazer jus às características com que os homens o criaram.

Entrou então no Céu o papa JP2, curvado das genuflexões, com um odor pestilento a incenso, a rezar continuamente, e o Senhor lhe disse: «acaba lá com essas rezas e deixa-me pensar». E, enquanto o senhor Deus continuava no penoso sacrifício de pensar, lembrou-se JP2, recém falecido, de perguntar o que apoquentava Deus.

Foi então que Deus pensou fazer uma viagem de Vespa (uma moto muito popular nos anos sessenta do século passado) e lhe disse: «Arranja-me uma Vespa». Como o Papa era muito piedoso e julgava que Deus era o criador do Céu e da Terra queria ir buscar-lhe algo mais precioso e pediu a um papa mais antigo que ajudasse a demover o Senhor de um pedido tão modesto e o convencesse a pedir algo de mais valioso.

Quando o senhor viu o Papa recém falecido acompanhado do mais antigo, exclamou: «Como estás senil! Pedi-te uma Vespa e trazes-me uma besta!». Nisto, o senhor Deus lembrou-se de que uma besta era o que lhe convinha. Não podendo mandar à Terra um cadáver com muitos anos, por causa do cheiro e do aspeto, lembrou-se de uma besta muito devota, que vivia em Portugal, e deu-lhe a seguinte inspiração:

«Vai ao Diário de uns Ateus, usurpa uma identidade e o endereço dos colaboradores e confunde os visitantes. Não preciso de dizer o que hás de escrever. És suficientemente néscio para não precisares de mim. Os ateus não se deixam enganar mas os crentes confundem-se e continuam a acreditar que Eu existo». E o estulto foi e fez o que o Senhor lhe disse. E ainda julgou ouvir:

«Em verdade, em verdade te digo: bem-aventurados os pobres de espírito».

27 de Agosto, 2015 Carlos Esperança

Demência Islâmica

Para além do ódio sectário que destila uma fé que se confunde com uma forma estrema de fascismo,

o horror à mudança é o seu paradigma.

26 de Agosto, 2015 Carlos Esperança

Opus Dei

JosnaL I online – 01/04/2015 00:00:00
A organização da Igreja Católica tem uma listagem de 33 573 livros proibidos, com diferentes níveis de gravidade, sendo que nos três níveis mais elevados encontram-se 79 obras de escritores portugueses, revela o Diário de Notícias. José Saramago e Eça de Queirós são os mais castigados pela “lista negra”.Além de livros, também há uma lista de filmes. A censura da Opus Dei já tem várias críticas, colocando-se mesmo em causa a legalidade desta proibição.Só José Saramago tem 12 livros censurados. “Caim”, “O Evangelho Segundo Jesus Cristo”, “O Manual de Pintura e Caligrafia” e “O Memorial do Convento” são considerados os mais perigosos.

Em declarações ao mesmo jornal, a presidente da Fundação José Saramago, Pilar del Río, considera “grosseiro e repugnante” este índice, deixando várias críticas: “ É uma organização a que chamamos seita porque somos educados. Por acaso, eles não são”, considera a viúva do escritor.

Pilar reforça ainda que José Saramago nunca escreveu sobre a Opus Dei porque considerava a organização “uma formiga”. Também a escritora Lídia Jorge, que tem dois livros censurados, revelou-se chocada com a existência da lista, afirmando que “a Opus Dei devia ter vergonha”.

Outro autor censurado e mais estudado na cultura portuguesa é Eça de Queirós. Carlos Reis, antigo director da Biblioteca Nacional e especialista na obra queirosiana, defende que “este tipo de procedimento é contrário a princípios fundamentais”, considerando que “qualquer lista de livros ou similar, que contribua para limitar o acesso das pessoas à informação e cultura é, por princípio, inaceitável”. Carlos reis lembra ainda que Eça de Queirós é um escritor lido e estudado.

Legal ou crime. Vários especialistas defendem que, do ponto de vista legal, não há restrições sobre a criação desta lista. No entanto, questiona-se até que ponto é legal um professor, que seja membro da Opus Dei, recusar leccionar determinado autor apenas porque consta na “lista negra” da organização.

O constitucionalista Jorge Bacelar Vasconcelos afirma que “o Estado não pode aplicar sanções nesta situação porque é do domínio canónico. A liberdade religiosa permite às pessoas entrarem e saírem quando quiserem e de cumprirem ou não as regras”.

Sobre o mesmo assunto, Diogo Gonçalves, supranumerário e professor na faculdade de direito de Lisboa, garante que “se as profissões o exigirem, os membros podem ler o que quiserem. Somos libérrimos nesse aspecto”, afirmou ao DN.

20 de Agosto, 2015 Carlos Esperança

Fechou a lavandaria

‘Não existe mais dinheiro sujo no Vaticano’, diz cardeal ligado ao Papa
Dom João Braz de Aviz visitou instituto religioso em São José dos Campos.
Em entrevista ao G1, cardeal falou também sobre crise nas vocações.

Nicole Melhado

Cardeal João Braz de Aviz esteve em São José dos Campos, interior de SP (Foto: Reprodução / TV Vanguarda)
Cardeal João Braz de Aviz esteve em São José dos Campos
(Foto: Reprodução /TV Vanguarda)

Em visita ao Brasil, o cardeal João Braz de Aviz, membro da Cúria Romana, salientou que depois de uma pressão mundial, as transações financeiras feitas pelo banco do Vaticano (IOR – Instituto para as Obras de Religião) se tornaram mais transparentes.

Em maio, a Autoridade de Informação Financeira (AIF) anunciou que recebeu 147 alertas de possíveis transações ilegais em 2014. Para reformular o banco do Vaticano, o Papa Francisco nomeou em julho do ano passado o francês Jean-Baptiste de Franssu

19 de Agosto, 2015 Carlos Esperança

Islão em busca de novos mercados da fé

A religião islâmica é uma das mais antigas do mundo, e tornou-se ainda mais conhecida e falada após o ataque contra a redação de um jornal francês em janeiro deste ano. Pela atitude de muitos fanáticos, a religião é sempre lembrada pela maioria das pessoas por ser totalitária e intolerante com quem pensa diferente. Uma das suas várias polêmicas é por não permitir a adoção de crianças, por considerar que o ato não constitui família original. Isto é, jovens órfãos devem permanecer em orfanatos.

Fundada por Maomé, a quem os islamitas acreditam ter sido o último profeta de Deus na Terra, o Islamismo tem como livro sagrado o Alcorão (ou Corão), similar a Bíblia Sagrada utilizada pelos cristãos ou a Torá dos judeus. A tradição muçulmana aponta que o Alcorão é a Palavra de Deus: uma série de revelações feitas pelo “Criador” ao profeta Maomé.

Diário de uns Ateus tem dúvidas de que o islamismo seja das religiões mais antigas do mundo. É, sim, o mais primário dos monoteísmos.