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Carlos Esperança

2 de Novembro, 2015 Carlos Esperança

A profecia de Frankenstein

Por
Casa do Oleiro
(Texto retirado do livro de Yuval Noah Harari “Sapiens: de animais a Deuses”)

Em 1818, Mary Shelley publicou Frankenstein, a história de um cientista que criara um ser artificial que ficou fora de controlo e espalhou o caos.
Ao longo dos últimos dois séculos esta mesma história foi contada vezes sem conta em inúmeras versões. Tornou-se um pilar central da nossa mitologia cientifica. À primeira vista, a história de Frankenstein surge para nos avisar de que, se tentarmos desempenhar as funções de Deus e criar vida, seremos severamente punidos. No entanto, a história tem um significado mais profundo.

O mito de Frankenstein confronta o Homo Sapiens com uma questão desconcertante: o avanço do desenvolvimento tecnológico irá, em breve, levar à substituição do Homo Sapiens por seres completamente diferentes, que possuem não só anatomias diferentes, mas também mundos cognitivos e emocionais diferentes.

Gostaríamos de acreditar que, no futuro, pessoas como nós viajarão de planeta para planeta em naves espaciais velozes. Não queremos considerar a possibilidade de, no futuro, os seres com emoções e identidades como as nossas deixarem de existir e o nosso lugar ser ocupado por formas de vida alienígena cujas capacidades minimizariam as nossas.

Encontramos, de certa forma, conforto na ideia que o Dr. Frankenstein criou um terrível monstro, que tivemos de destruir para nos salvarmos. Gostamos de contar a história dessa forma porque assim implica que somos os melhores de todos os seres, que nunca houve nem jamais haverá algo melhor que nós. Qualquer tentativa de nos melhorar falhará inevitavelmente porque, mesmo se os corpos puderem ser melhorados, será impossível tocar no espírito humano.

A história ensina-nos que aquilo que parece encontrar-se ao virar da esquina pode muito bem nunca se materializar, devido a barreiras imprevistas, e que outros cenários não imaginados, ocorrem no seu lugar.

Quando o Sputnik e a Apolo 11 espevitaram a imaginação do mundo, toda a gente começou a prever que, pelo final do século, as pessoas viveriam em colónias espaciais em Marte ou em Plutão.

O que devemos levar a sério é a ideia de que a próxima fase da História inclui não só transformações tecnológicas e organizacionais, como também transformações fundamentais na consciência e na identidade humanas. E estas podem ser transformações tão fundamentais que colocarão o próprio termo «humano» em causa.

Se a História dos Sapiens estiver realmente a acabar, nós, membros de uma das derradeiras gerações, devemos dedicar algum tempo a responder a uma última questão: no que queremos transformar-nos?

2 de Novembro, 2015 Carlos Esperança

A violação do computador

Computador financeiro do Vaticano é violado e gera escândalo

Por Fausto Gasparroni e Nina Fabrizio CIDADE DO VATICANO, 30 OUT (ANSA) –
O Vaticano voltou a ser assolado por um clima de suspeitas e fofocas, após ser descoberto que o computador do revisor geral da Santa Sé, Libero Milone, fora violado. Milone, de 67 anos, é um profissional escolhido pelo papa Francisco em junho para supervisionar as contas, balanços e orçamentos de todos os organismos e escritórios do Vaticano.
1 de Novembro, 2015 Carlos Esperança

O animal que se tornou num Deus

Por

Casa do Oleiro

Há 70 000 anos, o Homo Sapiens ainda era um animal insignificante preocupado consigo próprio, num canto de África. Nos milénios que se seguiram transformou-se no senhor do mundo inteiro e num dos flagelos do ecossistema. Hoje está prestes a tornar-se num Deus, preparado para adquirir não só a juventude eterna como também as capacidades divinas da criação e da destruição.

Infelizmente, o domínio Sapiens na Terra produziu, até agora, pouco de que possamos orgulhar-nos. Dominamos o meio envolvente, aumentamos a produção de alimentos, construímos cidades, estabelecemos impérios e criamos extensas redes de comércio.

Mas diminuímos o nível de sofrimento no mundo?

Vezes sem conta, um aumento considerável do poder humano não correspondeu,
necessariamente, ao bem estar do Sapiens individual, provocando também, por norma, um enorme sofrimento aos outros animais.

Ao longo das últimas décadas conseguimos, por fim, fazer um progresso real no que diz respeito à condição humana, com a redução da fome, de pragas e das guerras. No entanto, a situação dos outros animais está a deteriorar-se mais rapidamente do que nunca e os melhoramentos da humanidade são demasiado recentes e frágeis para serem certos.

Além disso, apesar das coisas espantosas que os humanos são capazes de fazer, continuamos sem ter a certeza dos nossos objectivos e parecemos estar mais desligados que nunca. Avançamos das canoas para as caravelas, para barcos a vapor, para vaivéns espaciais – mas ninguém sabe para onde vamos.

Estamos mais poderosos do que alguma vez estivemos, mas não fazemos a
mínima ideia do que fazer com todo esse poder.

Ainda pior: os humanos parecem mais irresponsáveis do que nunca.

Deuses auto-proclamados, com apenas as leis da física para nos fazer companhia, não somos responsabilizados por ninguém. Estamos, assim, a espalhar o caos sobre os nossos companheiros animais e o ecossistema envolvente, em busca de pouco mais do que o nosso próprio conforto e divertimento sem, no entanto, nos darmos por satisfeitos.

Existirá algo mais perigoso do que Deuses insatisfeitos e irresponsáveis, que não sabem o que querem?

Este texto foi retirado do livro de Yuval Noah Harari “Sapiens: de animais a Deuses”.

31 de Outubro, 2015 Carlos Esperança

Para maior glória de Maomé

Militantes do Estado Islâmico

Estado Islâmico executa mais de 200 militantes que se preparavam para desertar
© AP Photo/ albaraka_news, File
Estado Islâmico: pior ameaça mundial (221)
O Observatório Sírio para os Direitos Humanos (OSDH) informaram nesta quinta-feira (29) que o Estado Islâmico executou mais de 200 de seus militantes na Síria há três dias. Eles pretendiam desertar do grupo jihadista e iriam ingressar nas fileira da Frente al-Nusra, ligada a Al-Qaeda.
Leia mais: http://br.sputniknews.com/mundo/20151029/2587131/Estado-Islamico-executa-desertores.html#ixzz3q9h4Fzqa
30 de Outubro, 2015 Carlos Esperança

A catolicismo é misógino como todos os monoteísmos

E Deus desprezou a mulher: jornalista relata os bastidores do sínodo no Vaticano

Lucetta Scaraffia

Lucetta Scaraffia, 67, historiadora e feminista italiana, foi uma das 32 mulheres convidadas a participar do sínodo dos bispos sobre a família, em Roma, entre os dias 4 e 25 de outubro. A editora do suplemento feminino do “L’Osservatore Romano”, jornal do Vaticano, relata para o “Le Monde” de forma mordaz esse trabalho entre os homens da Igreja

Quantas vezes não disse para mim mesma, ao longo dessas três semanas de sínodo, para conter a impaciência rebelde que tomava conta de mim? Afinal, eles me convidaram e até me deixaram falar. Eu, uma “feminista histórica”, não exatamente diplomática, nem paciente, como eles certamente notaram.

Para uma mulher como eu, que viveu o Maio de 68 e o feminismo, que lecionou em uma universidade pública e participou de comitês e de grupos de trabalho de todos os gêneros, essa experiência foi verdadeiramente inédita. Isso porque embora já tenha acontecido, quando eu era jovem e as mulheres ainda eram raras em determinados meios culturais e acadêmicos, de eu ser a única no meio de um grupo de homens, esses homens ao menos conheciam um pouco o assunto, sendo casados ou tendo filhas.

29 de Outubro, 2015 Carlos Esperança

A ICAR e o Código Da Vinci (Viagem à memória)

O Vaticano há muito que deixara de atualizar a lista dos livros proibidos. Condenava, para não perder a vocação censória; desaconselhava, para fingir autoridade; uivava, para impressionar os espíritos mais timoratos.

A Sagrada Congregação para a Doutrina da Fé, submetida ao pulso férreo do cardeal Joseph Ratzinger, pio inquisidor, esforçava-se para que o progresso e a liberdade não perigassem o destino das almas, numa pálida amostra do Santo Ofício, que a precedera.

Deu-lhe então para embirrar com o «Código Da Vinci» do escritor Dan Brown, e inclui o interessante romance policial, que pisca o olho aos eruditos, na lista das obras a «não ler, nem comprar». O apelo foi feito pelo cardeal Tarcísio Bertone, aos microfones do Radio Vaticano, uma emissora do bairro com potência para se ouvir em todo o planeta, mas cujas vozes não chegam ao Céu.

O que incomodou esse santo cardeal, além das manipulações da ICAR que o romance desmascara, foi a possibilidade de Jesus Cristo ter sido pai de uma filha de Maria Madalena, o que pressupõe o pecado da fornicação cometido pelo impoluto e casto fundador da ICAR.

Assim, ainda que a execração do livro e a proibição da compra contribuíssem para a sua difusão, a Cúria não podia deixar de atualizar o Índex dos livros interditos sob pena de conferir ao ato sexual a dignidade que a prática divina lhe outorgava. Desse modo, o «Index librorum prohibitorum» da Igreja Católica ficou enriquecido com um novo título e a sexualidade de novo anatematizada.

28 de Outubro, 2015 Carlos Esperança

Coisas celestes

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28 de Outubro, 2015 Carlos Esperança

A Frase

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27 de Outubro, 2015 Carlos Esperança

Quando as freguesia se confundem com as paróquias

União de Freguesias de Nogueira, Fraião e Lamaçães promove passeio a Fátima

A União de Freguesias de Nogueira, Fraião e Lamaçães promove mais um passeio a Fátima. À semelhança do que aconteceu no ano passado, e dado o elevado número de participantes, o passeio realizar-se-á em duas datas: 25 de maio e 22 de junho. Esta atividade de cariz social tem como destinatários todos os idosos, reformados e pensionistas de Nogueira, Fraião e Lamaçães.

No dia 25 de maio, a saída está prevista acontecer às 7h00, em Nogueira, e no dia 22 de junho, às 7h00 a partir de Lamaçães e Fraião. Os interessados, que poderão escolher qualquer uma das duas datas, independentemente de qual seja a sua área de residência, deverão deslocar-se aos pólos de atendimento da Junta de Freguesia, a fim de se inscreverem.

14 de maio de 15

http://www.bragatv.pt/artigo/3821

Diário de uns Ateus – Sabem lá estes autarcas o que é a laicidade!

26 de Outubro, 2015 Carlos Esperança

Notas soltas sobre religiões

Estado Islâmico – A crueldade é a sua arma mais eficaz na sedução do mundo islâmico e até de jovens europeus. A demolição do milenar Arco do Triunfo de Palmira mostra o horror que a arte, a cultura e a arqueologia lhe merecem.

Turquia – A repressão policial e as restrições à liberdade antecederam as eleições com que Erdogan pretende alterar a Constituição e prosseguir o processo de reislamização de que nunca desistiu. Mais uma tragédia a cercar a Europa.

Vaticano – O sínodo sobre a família expôs as fraturas no seio da Igreja católica, entre o Papa aberto ao mundo e o mundo fechado do clero, quando as igrejas concorrentes se mantêm obstinadas a perpetuar os valores morais da Idade do Bronze.