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Carlos Esperança

19 de Dezembro, 2015 Carlos Esperança

Madre Teresa de Calcutá a caminho da canonização

A a notícia de que o papa Francisco reconheceu a cura de um homem que sofria de tumores cerebrais provocou imenso júbilo nos devotos do costume.

Em 18 de Dezembro do Ano da Graça de 2015, sabe-se que o homem curado por Madre Teresa é um brasileiro que esteve em fase terminal e recuperou, em 2008, na diocese de Santos, no litoral de São Paulo.

Segundo um jornal «Parentes rezaram e pediram ajuda à Madre Tereza, e o homem recuperou, deixando os médicos sem explicações». Não se percebeu se foi o homem que abandonou os médicos, sem explicações, ou estes que não as souberam dar mas, para o milagre, é igual.

É mais um milagre na área da saúde, vocação dos defuntos católicos que jamais entram no campo da economia, da física quântica ou da nanotecnologia.

Madre Teresa, adversária do preservativo e fervorosa auxiliar do Papa João Paulo II na teologia do látex, sabia que é na dor que os pecadores encontram a redenção e, por isso, contrariava o uso de analgésicos em doentes terminais.

Em recente defunção (F. 1997), aprovada nas provas para ‘beata’, em 2003, defenderá a canonização em 4 de setembro de 2016, com tese já aceite e dispensada de comparência, 19 anos após a sua morte.

A beatificação tinha sido defendida com um milagre reconhecido em 2002, adjudicado a madre Teresa, cura de uma mulher de 30 anos, de Bangladesh, Monika Besra, que sofria de um tumor abdominal.

Apesar do êxito da defunta na área da oncologia, em dois continentes diferentes, não se esperam outros milagres. Os defuntos depois de obrarem os milagres obrigatórios para a canonização, dão-se ao eterno ócio e fazem como os catedráticos que, após a homologação do concurso, nunca mais apresentam qualquer trabalho.

O Deus de Madre Teresa podia ter evitado ao miraculado os vários tumores cerebrais mas impediria que madre Teresa, a pedido, lhos removesse em sepulcral telecirurgia.

18 de Dezembro, 2015 Carlos Esperança

A demência também chega à política…

Arnaldo Matos regressou em força ao MRPP e já colocou o partido ao lado do Estado Islâmico. Num editorial do Luta Popular crítico da tomada de posição do Partido Comunista de França, Arnaldo Matos afirma que os atentados de Paris foram “um acto legítimo de guerra” e que foram cometidos por “combatentes dos povos explorados e oprimidos pelo imperialismo, nomeadamente francês”. Regista o homem que esteve três décadas em silêncio e regressou ao MRPP para afastar Garcia Pereira: “Foi praticado por franceses, nascidos em França, vivendo em São Dinis e noutros bairros do Paris suburbano”.

 

15 de Dezembro, 2015 Carlos Esperança

Religiões gémeas desconhecidas dos crentes

Ler a Bíblia… como se fosse o Corão.

Reações?

Dois jovens puseram uma capa do Al Corão na Bíblia e leram passagens a várias pessoas na rua. Resultado: fortes críticas ao Islão. Quando mostraram qual era afinal o livro, a surpresa foi geral.

Imagem de ecrã – Youtube

“Se não me obedeceres e agires com hostilidade contra mim… vais comer a carne dos teus filhos e a carne das tuas filhas”. (Levítico, 26)

“Se um homem se deitar com outro homem… devem morrer”. (Levítico, 20)

15 de Dezembro, 2015 Carlos Esperança

Joana D’Arc brasileira

A indústria dos santos continua.

Igreja Católica devolve direitos sacerdotais a Padre Cícero

O Vaticano devolveu, neste domingo, 13, os direitos sacerdotais de Padre Cícero Romão Batista. Considerado santo pelos nordestinos brasileiros, Padre Cícero tem, agora, o marco zero para sua reconsideração, beatificação e posterior santificação. O bispo diocesano de Crato, dom Fernando Panico, anunciou a reconciliação durante a missa dominical na Catedral de Crato, cidade onde Padre Cícero nasceu.

 

14 de Dezembro, 2015 Carlos Esperança

Mais um país oficialmente islâmico

Dacar – O presidente da Gâmbia, Yahya Jammeh, declarou a nação da África   Ocidental uma república islâmica, argumentando que a decisão foi tomada porque o Islamismo é a religião da maioria dos cidadãos e para romper com o passado colonial do país.

Até o momento, não há indícios de que o anúncio muda as leis da Gâmbia. A declaração de Jammeh tampouco busca aliar o país à organização jihadista conhecida como Estado Islâmico. O presidente fez o anúncio na sexta-feira, em um evento na cidade costeira de Brufut, cerca de 15 quilômetros a oeste da capital do país, Banjul.

“Em linha com a identidade e os valores religiosos do país, eu proclamo a Gâmbia um Estado islâmico”, disse o líder. Os muçulmanos representam cerca de 90% da população do país, de 1,8 milhão de pessoas. “A Gâmbia não pode se dar ao luxo de dar continuidade ao legado colonial”, acrescentou Jammeh. A nação conquistou a independência da Grã-Bretanha em 1965.

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13 de Dezembro, 2015 Carlos Esperança

As ateus e o casamento do clero católico

Nós, ateus, não somos contra as uniões de facto nem contra o matrimónio do clero católico. Eventualmente somos contra o seu excessivo património cuja proveniência seja suspeita. E, em absoluto, somos contra a obrigatoriedade do seu casamento. Esse ato que os padres católicos têm o hábito de benzer, e que em nenhuma circunstância permitiam repensar [agora com um expediente, anulação], deve ser-lhes permitido e nunca imposto.

As uniões de facto entre padres, ou entre estes e freiras, ou de freiras entre si, é um direito que nós, ateus, defendemos, sem imposições. Temos simpatia pelos casamentos mistos, um padre e um padeiro, uma freira e uma professora, um bispo e um torneiro mecânico, uma madre superiora e um alfaiate, por exemplo. Mas, repito, sem que seja obrigatório.

Em coerência, defendemos igualmente uniões entre mullahs e cónegos católicos, rabis e monges ortodoxos, freiras e pastores evangélicos, arcebispos e suicidas islâmicos, entre dignitários de ambos os sexos e de qualquer religião, embora desconhecendo os riscos do cruzamento de um bonzo com uma freira carmelita e muitas outras combinações que não têm sido objeto de ensaios duplo-cegos estatisticamente significativos.

Os papas modernos perderam o hábito da procriação, contrariamente aos seus santos antecessores da Idade Média cujos rebentos algumas vezes ocuparam a cadeira do progenitor. Ultimamente a provecta idade e os preconceitos têm-nos impedido da multiplicação que a bíblia deles preconiza.

Se um Papa romano quiser tomar por companheiro/a um chofer de táxi ou a superiora das Reparadoras do Imaculado Coração de Maria, o geral do Opus Dei ou um gerente do IOR é um direito que não lhe deve ser coartado. Mas sempre, repito, se for da livre e espontânea vontade de ambos.

Já quanto ao preservativo deve ficar ao critério dos casais eclesiásticos. Se acham que ofende ao seu Deus, enjeitem o adereço e rezem para que nada lhes aconteça. O Senhor, na sua infinita misericórdia, há de poupar os ministros do culto à sífilis, à hepatite, à blenorragia e à SIDA que os frequentadores dos bares de alterne arriscam.

Quanto à interrupção da gravidez, deve ser respeitada aos casais clericais a renúncia, ainda que o feto resultante de uma piedosa cópula entre um cónego sexagenário e uma freira balzaquiana mostre sinais ecográficos de malformações congénitas ou uma análise aponte para o nascimento de um mongoloide.

Em suma, os ateus respeitam a vontade do clero católico sem pretender impor-lhe os seus valores, respeitando as suas convicções e autodeterminação sexual.

Em troca, os ateus exigem que a ICAR respeite as suas convicções e valores.

12 de Dezembro, 2015 Carlos Esperança

Associação Ateísta Portuguesa

A carta ao ministro mereceu o apio incondicional de todos os sócios que se manifestaram.

Aqui fica um de um ilustre jornalista, escritor e desenhador do Porto, Onofre Varela.

«Apoio incondicionalmente a decisão da AAP em pedir explicações ao Ministro da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior.

É inconcebível que uma República Laica esqueça que o é, e que os responsáveis pelo esquecimento fiquem imunes, sem, sequer, serem chamados a dar explicação pelo acto anacrónico desempenhado fora das suas funções.

A demissão seria a opção.

E receio que nesta HRL (Hilariante República Laica) presidida por um católico assanhadíssimo crente e temente da senhora de Fátima, tenhamos, na mesma presidência após as eleições, um outro papa-missas temente a Deus e à navegante das estrelas que aterrou inopinadamente sobre uma azinheira em 1917.

De facto somos uma República Laica… mas não muito… porque hilariante!

Onofre Varela