Loading

Carlos Esperança

15 de Outubro, 2016 Carlos Esperança

O Islão é intolerante e intolerável

País islâmico é um dos que mais perseguem cristãos no mundo

por Jarbas Aragão

Não há mais igrejas no Afeganistão, mas cristianismo não acabou
Não há mais igrejas no Afeganistão, mas cristianismo não acabou
Afeganistão é uma das nações mais intolerantes do mundo. Segundo a missão Portas Abertas, ela é a quarta que mais persegue os cristãos.

Desde a invasão liderada pelos Estados Unidos, em 2003, o Afeganistão vive um cenário de guerra. Terra dos radicais do Talibã e da Al Qaeda, todas as manifestações religiosas são proibidas. Em março de 2010 a última igreja ainda de pé em solo afegão foi destruída, mesmo assim a pequena comunidade cristã do país resiste.

14 de Outubro, 2016 Carlos Esperança

No Céu deve ser mais barato

1500 euros por noite para ficar a 30 km de Fátima e do Papa
PAULO CUNHA/LUSA

14 de Outubro, 2016 Carlos Esperança

HUMOR

Cartaz na porta da Igreja Universal do Reino de Deus:

‘SE VOCÊ ESTÁ CANSADO DE PECAR, ENTRE!’

E alguém escreveu por baixo:

‘SE NÃO ESTIVER… LIGUE-ME!

ROSITA – 93xxxx574 – Serviço Completo

13 de Outubro, 2016 Carlos Esperança

13 de outubro – o milagre de Fátima

Quando em 13 de maio de 1917 a Lúcia, o Francisco e a Jacinta viram “…uma senhora mais branca do que o Sol” a saltitar numa azinheira de 1 metro e pouco de altura, já os três eram reincidentes em visões.

No ano anterior tinham visto 3 vezes um anjo, certamente o mesmo, repetido, algo que se aceita na população celeste, mas é de todo inverosímil na fauna do planeta Terra.

Quanto à senhora das ‘visões’, posteriormente convertidas em ‘aparições’, por vontade da hierarquia religiosa e necessidades do negócio, deslocou-se à Cova da Iria nos cinco meses seguintes, sempre no dia 13, o que faz supor que a agenda tinha apenas aquele dia destinado às crianças, a quem afirmou ser a “Nossa Senhora do Rosário”, o heterónimo adequado à tarefa de que as incumbiu.

Lúcia via, ouvia e falava com a ‘aparição’, Jacinta via e ouvia e Francisco apenas via, e não a ouvia. Este é o milagre então obrado, a mentira pia das sotainas que não tiveram pejo de instruir crianças alucinadas pelo catecismo e aterrorizadas com o Inferno.

Só 18 anos depois, em 1935, a Lúcia começou a redigir as memórias que os padres lhe ditaram depois de a diocese ter comprado os terrenos rústicos para os transformar num lucrativo santuário e respetivo complexo hoteleiro.

Onde as cabras pastavam, depois de ter sido anjódromo, e de uma azinheira se tornar o local de aterragem da “Nossa Senhora do Rosário”, foi o local privilegiado da bailação do Sol e é hoje o mais lucrativo destino do turismo pio.

Não me surpreende quem promove o negócio, mas compadeço-me de quem o alimenta, do sofrimento de quem castiga o corpo e acalenta a esperança de improváveis milagres.

O negócio da fé começou por ser ali uma trincheira contra a República, depois contra o comunismo, para se tornar uma lucrativa exploração da superstição e um embuste que o Papa, os bispos e os padres perpetuam, agora contra o ateísmo, depois da implosão da URSS.

Num país atrasado, o fenómeno de Fátima ameaça recrudescer com o medo, esse real, dos desvarios que o mundo vive.

fatima_lucia

12 de Outubro, 2016 Carlos Esperança

Os milagres não param

Celebração marcada para 16 de outubro, na Praça de São Pedro

Cidade do Vaticano, 11 out 2016 (Ecclesia) – O Papa vai presidir este domingo ao rito de canonização de sete fiéis católicos, celebração que acontece a pouco mais de um mês do final do Jubileu da Misericórdia (20 de novembro).

Comentário _ E quer a Igreja católica ser considerada uma instituição séria? O Papa acredita em milagres?

9 de Outubro, 2016 Carlos Esperança

PIO 12

A garantida canonização de Pio 12

Mesmo com o atual Papa, de que a ICAR teve necessidade, como as nódoas de benzina, após dois pontificados a perder freguesia, os milagres perduram na indústria de produtos pios e no exercício ilegal da medicina por mortos de longa defunção.

Os santos continuam a nascer como cogumelos em noite de orvalho e Pio 12 parece ser dos que estão bem colocados no certame e nos milagres.

Pio 12 não foi um celerado que arrancasse olhos aos sérvios, um carrasco que estivesse nos campos de concentração a assassinar judeus, um biltre que usasse as próprias mãos para despachar hereges a caminho do Inferno.

Pio 12 foi apenas um Papa católico, amigo da ordem e da paz, antissemita como os seus pios antecessores e anticomunista como os sucessores. Foi com muita mágoa – dizem os panegiristas de serviço –, que assistiu em silêncio ao extermínio dos judeus e, depois da guerra, para compensar, converteu conventos e seminários em refúgios nazis, enquanto o Vaticano emitia os respetivos passaportes para a América do sul.

Não se pode condenar Pio 12 pelo antissemitismo. É um dever que o Novo Testamento impõe, é o culto de uma tradição que alimentou as fogueiras do Santo Ofício e o preito de gratidão a todos os santos que acossaram judeus, moiros e hereges, e dilataram a fé.

Pio 12 apenas queria celebrar concordatas com os Estados fascistas, proteger as famílias cristãs dos malefícios do divórcio e assegurar às crianças o ensino obrigatório da sua fé. Haverá odor que mais praza a Deus do que o da combustão de hereges ou delícia maior do que a tortura de quem professe uma religião errada?

Pio 12 deve ser canonizado. Muitos bem-aventurados de duvidosa reputação o foram já. O que o prejudica é não ser incluído em grupos numerosos e, na singularidade papal, ter ainda quem recorde que o Vaticano foi um antro de colaboração com o fascismo a que deve o Estado em que se transformou.

Mas não aconteceu o mesmo com JP2, um papa que já fazia milagres em vida, apesar de só os mortos terem alvará no ramo?

Faz hoje 58 anos que faleceu o papa cuja infalibilidade definiu o dogma da Assunção de Maria em 1950. Foi ele que, no uso do dogma da sua infalibilidade, criou o da subida de Maria ao Céu, em corpo e alma, ainda que estas subidas e descidas sejam exclusivas das vias de comunicação celeste e do nunca editado mapa de estradas do reino da fé.

Este Papa, venerável desde 2007 e com uma estátua em Braga, é inábil a obrar milagres, mas não lhe faltam virtudes heroicas, embora algumas se procurem apagar.

Canonize-se o defunto. Com tantos anos de defunção, há muito que não fede.

pceli_mussolini

7 de Outubro, 2016 Carlos Esperança

As monarquias e a religião

A monarquia pode ser um anacronismo e, na minha opinião é, mas não conheço uma só onde a religião esteja ausente.

Nem a Coreia do Norte é exceção. Aquela fé no deus vivo, que encarna em cada nova geração da dinastia Kim, é um misto da teologia estalinista mais jurássica e da religião, onde o sumo sacerdote troca a tiara por um exótico corte de cabelo.

Na Europa há uma monarquia teocrática eletiva, de carácter vitalício, que se mantém até à morte natural do príncipe ou ajudada pela Cúria. O monarca sai de uma assembleia de cardeais que acreditam ser visitados pelo Espírito Santo, uma pomba invisível, que lhes transmite a sabedoria para o voto.

E há uma outra, a de Andorra, um principado em que o casal de príncipes, até agora sempre do mesmo sexo, é formado, pasme-se…, pelo Presidente da República Francesa, frequentemente ateu, e o bispo de Uriel, presumível crente.

Há ainda uma teocracia monástica no Monte Athos, mas não conta como monarquia por não ter a categoria de Estado.