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28 de Abril, 2007 Hacked By ./Localc0de-07

Humanidade, Paraísos e Infernos

A Humanidade torna-se cada vez mais uma miragem utópica, enublada pelos fumos espessos de explosões e inaudível pelos sons de tiros. Humilhada pelos choques de titãs. Hierarquizações implacáveis e nefastas de deuses e políticos divinizados pelos subservientes, unem-se em simbioses escabrosas para espalhar o Inferno pelos inocentes que apenas desejam a Vida. Essas hierarquias dilatadas ao máximo denotam toda uma artificialidade extrema, engendradas por mentes cruéis ou tão simplesmente debilitadas da sua posição de Ser Humano pelas sedes de alucinações de massas, que colocam seres sobrenaturais e imaginários em quaisquer mentes.

A Humanidade não é mais que um conceito longínquo no espaço-tempo, uma visão de homogeneidade de direitos, dignidade e paz na heterogeneidade de pensamentos e criatividades. O que temos é um Mundo composto de retalhos imiscíveis e mutuamente exclusivos, que exponenciam a cada momento a arte macabra de induzir e de usufruir dos poderes divinos do controlo das massas desinformadas e sedentas de Vida para levar a vontade de seres imaginários e sobrenaturalmente monstruosos de sexismo, homofobia, genocídio, infanticídio, intolerância, discriminação, exploração sexual, pestilência de horrores e todos os significados que uma qualquer metáfora cruel de Inferno nos pode aludir.

Alucinações mutuamente exclusivas tendem a superar tudo e todos e a colocarem-se acima dos Homens, daqueles que merecem essa designação. Existe uma necessidade urgente de retirar a hierarquia religiosa e politica das mentes colectivas, remetendo ao Homem aquilo que lhe pertence por direito natural. Seres sobrenaturais e imaginários servem como desculpa ou como mera alucinação de consequências nefastas para pilhar ao Homem a sua dignidade e igualdade, a sua Vida de livre pensamento e criatividade emancipada, a sua fraternidade e amor a si próprio e aos que o rodeiam. Todos esses roubos foram reunidos e catalogados de Paraíso, remetendo o Homem ao Inferno. É imperioso pilhar o Paraíso e deliciarmo-nos com aquilo que nos pertence por direito natural.

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23 de Abril, 2007 Hacked By ./Localc0de-07

Todos somos Ateus

A arrogância religiosa toma contornos ridículos especialmente nas suas objecções perante o Ateísmo. Um primeiro facto que se pode ter em conta é o do Ateísmo de nascença. Todo e qualquer Ser Humano é Ateu, até lhe ser incutido o vírus da fé religiosa, administrado numa idade que não permite ao contagiado a clara racionalização de factos e insinuações, e acção que se torna num consequente aproveitamento das fraquezas intelectuais de uma fase de desenvolvimento em que as mais ridículas defecações se tornam enraizadas no intelecto em construção. Eis então o que provoca a disseminação do vírus, o seu contágio através de violação psicológica aos que se encontram indefesos perante as arrogâncias de verdade infundada e desmentidas pela própria Natureza.

Outro factor de relevância extrema relativa ao assunto em causa, é a atribuição da característica do Ateísmo a todo e qualquer Teísta. Nenhum Ateu é Teísta, mas todos os Teístas são Ateus. Apenas uma arrogância proveniente das mentes fechadas aos factos e contextos extrínsecos ao pensamento do Teísta poderá permitir observar o contrário. Apenas as amarras religiosas podem impedir o correcto pensamento racional que fornece a visão do Ateísmo como presença incontornável em todo o indivíduo. Lubrificando as engrenagens cerebrais deixaremos de ouvir o seu incessante ranger.

Com um mercado tão rico em diversidade de deuses, é certo que não iremos encontrar um Teísta que atribua divindade e existência a todos eles. Também é sabido que é impossível a qualquer Ser Humano conhecer todos os deuses existentes, aqueles que os tempos esqueceram e aqueles que os tempos ainda não trouxeram. Muitos e diversificados deuses correram, correm e correrão nas mentes individuais e nas ideologias de massas.

Não será um Teísta Cristão Ateu relativamente à crença em Thor ou em Zeus? Não será um Teísta Judeu Ateu relativamente à crença em Afrodite ou em Shiva? Não será um Teísta Hindu Ateu relativamente à crença em Anubis ou em Posídon? Acrescentando o facto de nunca ninguém ter provado a existência de qualquer deus, seja ele o deus cristão ou Posídon, podemos extrair a observação realista de que qualquer visão de mitologia perante certos deuses entra na mesma visão de mitologia perante o deus ou deuses que são tidos como existencialmente inabaláveis.

Assim se depreende que o Ateísmo é a característica existente em qualquer mente Humana, embora na maioria das vezes esta presença seja esquecida ou tão-somente atirada para as caves empoeiradas do intelecto Humano.

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21 de Abril, 2007 Hacked By ./Localc0de-07

Nevoeiros do Sobrenaturalismo

Desde sempre, que esse sempre é parte do conhecimento Humano, que existem curandeiros, videntes, adivinhos e outros exploradores da fragilidade e da boa vontade Humana, por vezes inseridos na forma mais desprezível, o parasitismo de pessoas debilitadas por um ou vários factores. Se alguns destes “mágicos” mais não são que marionetas influenciadas por contextos sociais sobrenaturais, a maioria é esse mesmo contexto social, lideres de uma causa inexistente e detentores das consequências benéficas, deixando as maléficas para terceiros.

Algumas destas ilusões situam-se numa “medicina” religiosa sobrenatural. Uma situação composta de facilidades e de extremas simplicidades. Primeiramente existe a necessidade de inventar ou reinventar uma qualquer doença transcendental que se situe fora de contextos físicos e psicológicos. Após a criatividade e aperfeiçoamento dessa ideia ideal de doença sobrenatural, ideia à qual não é necessária perspicácia acentuada nem tão pouco grandes doses de intelecto, surge a necessidade de disseminação psicológica da mesma pelas massas populacionais mais desinformadas e mais debilitadas. Após consolidação da mesma eis que surgem os grandes heróis, como numa qualquer história de banda desenhada, apregoando o conhecimento transcendental da cura.

Tais esquemas intelectualmente desonestos e desumanos conquistam facilmente a fama e a ambição maior, a riqueza, tendo como efeitos secundários situações hediondas que nunca pesaram nem irão pesar na consciência desses “médicos” sobrenaturais. Durante séculos a bruxaria era uma das “doenças” transcendentais e os churrascos Humanos a cura, raízes que ainda se manifestam excessivamente na actualidade. Esses factos demonstram o poder das manipulações de massas desinformadas e debilitadas através de induções psicológicas desconexas mas propositadas. Debilidade e desinformação ainda fazem prevalecer crenças em mulheres vestidas de preto e de chapéu cónico a viajarem em vassouras a jacto, e dão dinheiro a exorcistas e outros exploradores cuja transcendência é a ridicularidade.

Antevisões do futuro também correspondem a uma excelente forma de fama fácil e correspondentes lucros e louros. Qualquer pessoa é capaz de adivinhar o futuro. Apenas uma breve análise de probabilidades e de proselitismo abstracto proporcionam uma clara simplicidade de antevisões, adivinhações e profecias. Quanto maior o nevoeiro e a obscuridade das palavras mais as hipóteses de acontecimento certo ou quase certo. Aplicar pequenas induções psicológicas também ajuda na certeza de clarividência futurista. Se nos ocorrer uma visão do futuro certa, ela terá como contornos algo como “dentro de alguns dias vai chover.”. Pegando no “dentro de alguns dias” podemos estipular um acontecimento certo, sabendo que dois dias ou cem dias podem ambos ser relativizados à afirmação feita. Relativismo sem comparação provoca uma flecha certeira.

Um erro comum dos adivinhos, videntes e outros detentores de “poderes” sobrenaturais, reside na competição pela fama. Uma adivinhação com conceitos não relativos e não abstractos poderá trazer a fama se a flecha acertar, ou trazer uma hilariante comédia se esta falhar.

Outra característica interessante, que necessita ainda de maior desonestidade intelectual, de ginásticas de raciocínio e de misturas com demagogias encaixadas à força de marreta é a dos prosélitos começados por “mas,…” quando a profecia falha. Se esse “mas,…” também falhar eis que surge mais outro “mas,…”. Uma moldagem e remoldagem da adivinhação.

A indução psicológica de aceitar como verdade algo sem qualquer evidência provoca as aceitações de contextos abstractos perante situações objectivas. Qualquer minimalização de raciocínio nos poderá dizer que se lermos num horóscopo que poderemos ter problemas gastrointestinais, não poderemos aceitar a adivinhação como válida se nesse dia tivermos uma flatulência. Um conceito objectivo, mal ou bem, acerta sempre num contexto abstracto. Era interessante ler ou ouvir algo como “hoje, todas as pessoas de signo Virgem irão ter um furo no pneu da frente do lado esquerdo do seu carro.” ou “hoje, todas as pessoas de signo Peixes ao saírem de casa e fecharem a porta notarão que se esqueceram das chaves dentro de casa.” ou “hoje, todas as pessoas de signo Aquário irão calcar um excremento de cão”.

Separemos correctamente a ficção da não-ficção e sejamos intelectualmente honestos. Entrar em campos de misturas pode originar problemáticas sérias, para além de humilhar a intelectualidade Humana. Mesmo que a Astrologia, por exemplo, não apregoe situações nocivas para a Humanidade, não deixa de ser intelectualmente desonesta, para além de se exibir publicamente nos meios de comunicação como algo alicerçado por evidências.

Situações divergentes das analisadas costumam ser rotuladas de sobrenaturais erradamente. Os conceitos de palavras e análises encontram-se seriamente enublados pela desonestidade intelectual do sobrenaturalismo, para além de palavras terem significados diferentes de indivíduo para indivíduo. Situações de consciência alterada tal como a meditação necessitam ser colocados fora das situações de convicções erróneas. Desde que o Homem obteve a consciência de ter consciência, que procura induzir estados diferentes da mesma, seja por factores intrínsecos ou extrínsecos. Esta situação de alteração de consciência reflecte uma Humanização própria de cada um, e diferente de indivíduo para indivíduo. Essa mesma reflexão interna e exploração de estados pessoais de consciências diferentes atribuem a cada um a sua própria individualidade. Que cada indivíduo escolha livremente em que acreditar, sem interferir com as escolhas livres de outros indivíduos, e sem se deixar influenciar por nevoeiros de sobrenaturalismos.

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20 de Abril, 2007 Hacked By ./Localc0de-07

O prepúcio de Cristo e os Anéis de Saturno

Durante quase dois mil anos o cristianismo se debateu com a demência das ideias do prepúcio sagrado de Jesus Cristo. Imensas mentes desgastaram e fizeram desgastar tempo e intelecto com uma loucura apenas equiparável a outras demências religiosas dentro dos mesmos campos. Fiéis seguidores rastejavam para pagar indulgências, e obtinham a esquizofrenia total da adoração do prepúcio. Peregrinações eram feitas (com os bolsos a tilintar os sons de moedas que poderiam antes matar a fome) para prestar louvores à relíquia cristã.

Uma mulher com distúrbios mentais brutais conseguiu o prodígio de se ver santificada após uma vida de loucuras extremas, das quais se destacaram as actividades sexuais com o falecido Jesus Cristo, e o ainda mais ridículo casamento com o defunto comprovado pela oferta do profeta. O seu prepúcio. A Santa Catarina de Siena batia recordes de ridicularidade, e a Igreja Católica desejou que a sua demência continuasse a ser emanada nos seus patamares mais elevados. A cabeça da santa pode ser vista, assim como um dedo e outros pedaços de corpo espalhados por várias igrejas. Nada melhor que um passeio familiar até à igreja e contemplar um crânio. O necro-catolicismo vai ainda mais longe, e promove procissões com a cabeça da pobre coitada, eternamente ligada à demência religiosa.

Mais situações poderiam vir a ser cómicas caso não fossem interpretadas pelos religiosos como reais. Várias poderiam ser enumeradas, mas atribuirei particular relevância aos desvarios lunáticos do teólogo Leo Allatius, que dedicou uma extensa obra a este assunto de importância tão exacerbada denominada de “De Praeputio Domini Nostri Jesu Christi Diatriba”, “Discussão Sobre o Prepúcio de Nosso Senhor Jesus Cristo”. Segundo o teólogo o prepúcio teria ascendido aos céus na mesma altura em que Jesus teria ascendido, também ele em rumo aos céus. Até aqui nota-se lunatismo, mas nada de saliente em relação ao que já foi exposto. O interessante do pensamento deste teólogo consiste no facto de o prepúcio do profeta ter ascendido aos céus, viajado até Saturno, transformando-se nos anéis de Saturno, que haviam sido recentemente descobertos.

Como normal nos meandros católicos de defecação ininterrupta, esta demência e outras foram aclamadas euforicamente pelos cristãos, sedentos de respostas para o tão importante prepúcio. Obviamente que não era de esperar que o teólogo considerasse os anéis de Saturno uma mistura de gelo, poeiras e material rochoso com centenas de milhares de quilómetros de diâmetro, não ultrapassando 1,5 km de espessura. Mas a atribuição de repostas onde elas não podem ser encontradas por falta de meios é um apanágio de qualquer religião.

Para melhor situar o lunatismo católico nada melhor que uma breve comparação de pontos antagónicos. A demência católica comparada com a genialidade de Giordano Bruno. Genialidade e catolicismo sempre foram factores mutuamente exclusivos. Bruno defendia o heliocentrismo, defendia a ideia de um universo infinito povoado por milhares de sistemas solares. Desenvolveu um livre pensamento incomum para os tempos de ouro do catolicismo e consequentemente de trevas para a Humanidade. Obviamente que a resposta católica foi de condenação da genialidade, atirando com o pensador para a prisão e torturando-o das normais formas escabrosas inquisitoriais. Não contentes acabaram por queimar vivo o génio, em 1600, altura em que Leo Allatius, o demente clerical que ainda não tinha a ideia de lançar um livro sobre um prepúcio tinha apenas catorze anos. Bastantes anos mais tarde veio a teorização dos anéis de Saturno compostos do prepúcio de um profeta e consequente esquizofrenia religiosa.

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19 de Abril, 2007 Hacked By ./Localc0de-07

O Catolicismo e o Bordel do Papa João XII

O catolicismo sempre albergou nos seus meandros pérfidos mentes excessivamente escabrosas, pervertidas e sanguinárias, pelo que a análise desses fenómenos naturais encontra nesse género de personagens exemplos como o de João XII. Este Papa detinha laços familiares extremamente estreitos com ilustres abutres clericais, sendo neto de Marozia, mulher de grande história luxuriosa com o Papa Sérgio III. Esta mulher era também mãe de João XI, fruto de outra relação, a com Alberico I de Spoleto. Um negócio familiar lucrativo e luxurioso pairava sob Roma, tendo como divisa principal a Pornocracia, e como sede o bordel de nome Vaticano.

João XII foi o 131º Papa, eleito aos 18 anos de idade no ano de 955. Dedicou-se de corpo e alma a levar a Pornocracia ao apogeu, investindo a maior parte do seu tempo às violações e ao proxenetismo. As suas funções de pontífice eram claramente explícitas, violações e mais violações de mulheres, tendo sempre mostrado uma completa ausência de selectividade de critérios. Desenvolvia, com todas as suas energias, crimes sexuais contra solteiras, casadas e viúvas.

Luitprand, bispo católico de Cremona aludiu certa vez a estes comportamentos sexuais do representante de deus na Terra, afirmando que nenhuma mulher honesta ousava aparecer em público, pois o Papa João XII não tinha qualquer respeito, fosse raparigas solteiras, mulheres casadas ou viúvas, elas estavam certas que seriam desonradas por ele.

O que é demais é exagero, e este monopólio de proxenetismo intransigente foi constado num sínodo na Basílica de São Pedro, com a presença ilustre de 50 encapuçados italianos e alemães antimonopólio de proxenetismo. Incriminaram o lascivo pontífice de sacrilégio, simonia, perjúrio, assassinato, adultério, incesto e talvez mais uma ou outra coisa que já não irão denegrir mais a ideia base do Papa João XII.

O problema não seriam as acusações em si, pois eram sobejamente praticadas pelo clericalismo católico tendo como base a concepção de ideais fomentadas pelo representante de deus, seriam antes os exageros e as excessivas exposições públicas de tais actos. Um pecado de excessos, onde os súbditos encapuçados apenas conseguiam apanhar uma ou outra migalha deixada cair pelo chefe dos encapuçados. Os clericais simplesmente não se conseguiam inserir num ecossistema desprovido de pães inteiros.

Tais acusações não agradaram ao ilustre Papa, pelo que alguns correctivos foram aplicados aos revolucionários. O cardeal-diácono João viu a sua mão direita ser arrancada, o bispo Otgar de Speyer foi brutalmente chicoteado e a um alto paladino foi-lhe arrancado o nariz e as orelhas. Talvez estes pedaços estejam num qualquer poço de bocados Humanos no Arquivo Secreto do Vaticano.

A saga do demente continuou, e pode-se resumir o seu pontificado de 8 anos à violação de mulheres. Claro que este resumo é relativo, visto existirem sempre excepções esporádicas, um ou outro arrancamento de carne de um revolucionário, um ou outro assassinato de indivíduos que reivindicassem problemas com as tão afectuosas migalhas que João XII deixava cair.

Como muitos outros Papas, João XII foi assassinado, embora não por veneno como era tradição na Santa Sé. Ao violar uma mulher, (a história deste Papa torna-se deveras monótona, não por culpa do escrivã mas sim pela da personagem principal) eis que surge o marido da mesma. O homem não gostou minimamente de ver a sua esposa a ser violada, e consequentemente espancou o Papa furiosamente. João XII ficou paralisado durante 8 dias, ao fim dos quais veio a falecer. Pelos meandros Católicos também existem histórias com finais felizes.

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17 de Abril, 2007 Hacked By ./Localc0de-07

Clerical é o maior progenitor português

É sobejamente normal os encapuçados traçarem as acções das suas vivências invertendo aquilo que professam. A hipocrisia religiosa atinge excessivas vezes as proporções inimagináveis da mais fértil criatividade Humana. O celibato é apregoado na Igreja Católica como uma verdade incontornável das vivências das sotainas, tendo como bases uma suposta virgindade de Jesus Cristo. Quanto a essas bases, desconhecem-se, mas poderá presumir-se que algures nos arquivos secretos do Vaticano estejam milhares de cd´s contendo um qualquer reality show de baixo orçamento baseado nas gravações de 24 horas por dia da vida do messias. Também se poderá encontrar, quem sabe, as gravações do mesmo reality show envolvendo a sua mãe virgem e comprovando essa mesma virgindade acompanhada de uma gravidez que tem como paternidade o pombo-correio de nome Espírito Santo.

No século IV teve lugar um tal de Concílio de Elvira, que começou a impor na Igreja Católica, pela mesma, o celibato entre as sotainas, mediante as leis abstractas que tão bem caracterizam as irracionalidades religiosas, “continência sob pena de degradação”. Alguém mais desinformado destas lides religiosas poderia estranhar um clerical passar uma vida inteira sem urinar, e quem sabe algumas mentes mais abertas às fantasias religiosas poderiam considerar uma plausível miraculosa acção divina de esvaziamento de bexigas sem pingas no tampo da sanita.

Entre 1545 e 1563 realizou-se o concílio de Trento, que voltou a definir o celibato como uma lei inerente ao exercício da profissão clerical. Muito se poderia extrair e divagar sobre este conceito antinatural que atormenta as libidos de tantas sotainas, e que posteriormente se poderá declarar como desarranjo mental grave, que associado à religiosidade poderá obter contornos bastante explosivos, como violações e pedofilia. Mas tal não é necessário dissecar, pois o escrito se foca essencialmente no incumprimento de tais regras.

Deduzindo que ninguém terá obrigado debaixo de armas o padre Francisco Costa a enveredar pela lucrativa e socialmente vantajosa carreira clerical, extraímos uma das mais puras e excelsas hipocrisias católicas. O clerical referido anteriormente foi o maior progenitor português. Para quem queria seguir os caminhos da religião católica, é interessante descobrir como os trilhos da religiosidade são percorridos inversamente pelos seus mentores. Enquanto inocentes eram queimados vivos e sujeitos às piores torturas imaginadas exclusivamente pelas mesmas sotainas, o encapuçado Francisco Costa deleitava-se com os prazeres terrenos. Quem sabe não iria assistir aos espectáculos católicos flamejantes enquanto descansava de tão extenuantes actividades.

O prior da cidade medieval de Trancoso, conseguiu conceber 275 filhos em 54 incubadoras no século XV. Entre as incubadoras encontravam-se a sua própria mãe, que também não escapou às libertinagens do demente sexual. Para além da sua própria progenitora, na qual gerou 2 filhos, o encapuçado manteve relações sexuais com 29 afilhadas, 9 comadres, 7 amas, 2 escravas, 5 irmãs e uma tia.

O cenário é interessante para conjecturas imensas e numerosas. Perante este cenário, a palavra poligamia torna-se transcendental, assim como as palavras violação e incesto. Não querendo levantar falsas acusações, conjecturava uma situação de paternidade complexa, com a necessidade de memorização de 329 nomes, 329 datas de aniversário e outras explorações da complexidade cerebral em termos improváveis.

Adjectivar estes actos torna-se desnecessário, tão evidentes eles se adjectivam a si mesmos. A justiça medieval foi efectuada em contornos de real repressão à libertinagem do clerical. A justiça impôs-se em grande perseverança e dignificando Portugal e a Igreja Católica em completa condenação da libertinagem da sotaina!

Mas muitas vezes a esmola é grande e o pobre desconfia, tal qual se antecipa uma premonição de que uma condenação de tais actos em tal contexto espácio-temporal seria extremamente improvável. Pois então se confirma a desconfiança, sabendo que tais condenações existiram… No papel…

Do Arquivo Nacional da Torre do Tombo extraímos essa condenação. “Padre Francisco da Costa, prior de Trancoso, de idade de sessenta e dois anos, será degredado de suas ordens e arrastado pelas ruas públicas nos rabos dos cavalos, esquartejado, o seu corpo exposto aos quartos, cabeça e mãos em diferentes distritos, pelo crime que foi arguido e que ele mesmo não contrariou, sendo acusado de ter dormido: com vinte e nove afilhadas e tendo delas noventa e sete filhas e trinta e sete filhos; de cinco irmãs teve dezoito filhas; de nove comadres trinta e oito filhos e dezoito filhas; de sete amas teve vinte e nove filhos e cinco filhas; de duas escravas teve vinte e um filhos e sete filhas; dormiu com uma tia, chamada Ana da Cunha, de quem teve três filhas, da própria mãe teve dois filhos. Total: duzentos e setenta e cinco, sendo cento e quarenta e oito do sexo feminino e cento e vinte e sete do sexo masculino, tendo concebido em cinquenta e quatro mulheres”.

Tal condenação foi perdoada no mesmo ano pelo rei D. João II que ordenou a absolvição do demente. Tal perdão foi associado a uma ainda mais escabrosa conduta, o aplauso e gratificações perante tais actos, com a simples frase: “O padre Francisco Costa contribui para o povoamento da Beira Alta”. Escusado discursar e dissertar sobre imoralidades de tal situação, tais as evidências hediondas que emanam das pérfidas demências religiosas.

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17 de Abril, 2007 Hacked By ./Localc0de-07

Prisma visto de outro prisma

As consequências e seus actos associados são as fontes relacionadas de bem e mal, vistas como o todo de um conjunto de percepções e realidades, assim como um todo a ser criticado positiva ou negativamente. Nas situações de malefícidade à Humanidade, as acções poderão ser criticadas indiscutivelmente, se bem que o prisma de percepção seja tido como único, sendo esquecido o prisma das convicções para as quais as acções tomam sustentabilidade.

As convicções Humanas, tal quais as suas acções, derivam de relativismos que carecem de interpretações coerentes e intelectualmente honestas. Relativizar perante uma conclusão anteriormente definida retorna o erro lógico da inviabilização de tal linha de pensamento, sugerindo uma clara interpretação vista de um prisma erróneo, que deturpa a realidade tal qual ela se nos afigura. Encontrando a face do prisma correcta para criticar as acções, é necessário ir mais longe, encontrando posteriormente a outra face do prisma que nos leva às convicções semeadas das quais florescem determinadas acções.

Toda a situação de avaliar correctamente as faces dos prismas necessita de honestidade intelectual, raciocínio que começa com a recolha de evidências e não pela meta das conclusões. Conclusões antecipadas de um pensamento reduzem-se a tentar rodar prismas até que se situem na almejada meta final da conclusão. Tal conclusão nunca será válida, provavelmente até relativamente lógica, mas nunca verosímil como um todo. Tomar como ponto de partida as convicções assegura-se como a mais necessária forma de avaliar algo, as correspondentes acções.

Ao ser avaliada determinada acção, e esta recair sobre convicções idênticas, a ser maléfica, deverá ser criticada e enclausurada tal qual aprisionadas serão as pessoas que cometem acções nefastas perante a sociedade Humana. Sancionar acções danosas é obviamente correcto, assim como será correcto sancionar convicções erróneas e potencialmente transformadas em acções criminosas. Remeter convicções erróneas e nefastas à inexistência antevê uma impossibilidade lógica de acções erróneas.

Excessivas vezes assistimos a acções erradas a serem admoestadas de ainda mais erradas acções. A exponenciação de erros torna-se difícil de travar, pelo que o surto de explosões negativas se torna incontrolável, gerando causas e consequências que se ramificam indefinidamente, deixando bem longe as alusões e percepções de quais convicções nefastas estiveram na origem da formação da bola de neve. Certamente será acessível a qualquer pessoa interessada pelas situações de benefício Humano e das suas sociedades, determinar as acções como erros, e julgá-las. Tal não será tão acessível no prisma das convicções, visto estas se encontrarem atrás do prisma das acções, e muitas vezes excessivamente recuadas nas situações de causa consequência. Para tal dissecação da causa inicial, a causa de convicções das quais brotam acções danosas, será necessário um aprofundamento racional elevado, assim como uma correcta averiguação dos nevoeiros dos relativismos, acrescidos das por vezes complexas associações de causa efeito.

As acções Humanas devem ser tidas como manifestações de determinadas convicções, pelo que é imperioso ver o prisma de outro prisma.

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17 de Abril, 2007 Hacked By ./Localc0de-07

Dragões de Komodo e a virgem Maria

Viva. Esta é a minha primeira entrada no Diário Ateísta. Espero poder contribuir qualitativamente e quantitativamente para este espaço com os meus textos.

Dragões de Komodo e a virgem Maria


A partenogénese é um fenómeno biológico extremamente interessante. Fêmeas conseguem procriar sem qualquer necessidade de um macho. Este fenómeno ocorre naturalmente em invertebrados e em certas plantas, sendo muito mais raro a sua ocorrência em seres vertebrados. Dentro dessas raras ocorrências, encontramos alguns casos em salamandras, peixes, perus e lagartos.

Uma das mais fenomenais ocorrências de partenogénese associou-se aos Dragões de Komodo. Em 2006, duas fêmeas evidenciaram o fenómeno. Flora, uma fêmea que vive no jardim zoológico de Chester, no norte da Inglaterra, colocou 11 ovos sem nunca ter tido contacto com um macho da sua espécie. 5 desses ovos transformaram-se em 5 pequenos dragões.

Também em Inglaterra, mas desta vez em Londres, uma fêmea de nome Sungai deu à luz 4 pequenos dragões, depois de estar separada de machos há mais de 2 anos. No caso da virgem Flora a partenogénese assumiu-se como evidente, mas o mesmo não se passou com Sungai. Testes efectuados procuraram evidências de uma armazenagem de esperma que possibilitasse a fecundação após mais de 2 anos sem actividades sexuais, num fenómeno conhecido como super fecundação. Tal situação não foi confirmada, pelo que Sungai, embora não sendo virgem, conseguiu tal como Flora, ser mãe e pai ao mesmo tempo. A partenogénese em Dragões de Komodo demonstra uma enorme eficácia evolutiva face a pressões de ecossistemas.

Devido às duas únicas hipóteses de emparelhamento cromossomático, uma partenogénese em Dragões de Komodo apenas poderá produzir machos, pela presença do emparelhamento de cromossomas Z, ou caso se defina emparelhamentos de cromossomas W, não existe desenvolvimento. Essa procriação de machos é a suficiente para a preservação da espécie, visto a possibilidade de reprodução sexuada entre a mãe e os filhos. Este incrível fenómeno demonstra inequivocamente as defesas naturais de uma espécie em perigo relativo de extinção.

Estes animais só foram conhecidos pelos Europeus em 1910, por intermédio de Peter Ouwens. Os Varanus komodoensis são os maiores lagartos vivos conhecidos, que conseguem atingir os 3 metros e meio e pesar até 125 Kilos. Alimentam-se de cabras, veados, búfalos, cavalos, porcos e macacos entre outros. A sua cauda consegue derrubar os mais pesados e ágeis animais, para além de possuir garras letais, e bactérias na sua mandíbula que matam animais por infecções, como por exemplo os enormes búfalos. Estes factores fazem do maior lagarto do Mundo um predador extremamente letal, factores esses exponenciados pelas suas estratégias e pela paciência. Nas ilhas Komodo estes lagartos gigantes são uma enorme atracção turística, passeando livremente pelas praias e convivendo pacificamente com os habitantes locais.

A capacidade ancestral da partenogénese em Dragões de Komodo conferem-lhes uma forte arma de subsistência da espécie, possibilitando que uma fêmea seja deixada sozinha numa ilha e que consiga procriar. Os dois casos vieram trazer uma hipótese plausível de a partenogénese ser mais frequente do que anteriormente se considerava.

A nível Humano a partenogénese é apenas conseguida artificialmente. Uma mulher pode artificialmente gerar um filho com a participação dos seus próprios genes. O óvulo teria de ser enucleado, e após isso seria colocado em seguida o seu próprio DNA. Todas as restantes procriações Humanas envolvem impreterivelmente a acção de um macho como forma de continuidade da espécie.

Um dos mais estranhos fenómenos de reprodução Humana sem envolvimento de um macho é o do dogma da virgem Maria, a mãe de Jesus Cristo. O cristianismo quer que se acredite numa reprodução Humana sem intervenção masculina, numa altura em que obviamente não existiam técnicas de reproduções artificiais. A análise do caso insólito não envereda por grandes estudos científicos, pois assenta numa afirmação sem o mínimo vestígio de evidência. O próprio livro considerado como a palavra do deus judaico-cristão nada fala sobre uma partenogénese ou reprodução assexuada durante o Antigo Testamento. A tentativa de virgação de uma hipótese altamente improvável falha desde o começo. Lucas e Mateus tentaram introduzir um acontecimento cuja probabilidade deverá rondar uma probabilidade semelhante à de uma pessoa ganhar 100 vezes consecutivas a lotaria.

Maria teria concebido um filho sendo virgem, palavra essa cuja tradução em grego é pathernos, palavra grega também usada na constituição da palavra partenogénese. Ora as palavras de Lucas e Mateus baseadas numa suposta virgindade remetem para o Antigo Testamento, nos escritos de Isaías. Tais escritos foram erradamente traduzidos, pois Isaías define Maria como uma jovem mulher e não como virgem. Lucas e Mateus traduziram a palavra alma, que significa jovem mulher, para pathernos, que significa virgem.

Todos os dogmas cristãos de repressão sexual e de grande parte das humilhações feminina caem por terra, apenas e só por uma palavra mal traduzida. A virgem Maria não era virgem, tanto pela falta de evidências em favor dessa suposta virgindade, como pelas quantidades enormes de evidências que comprovam a reprodução sexuada de Maria.

Afigura-se um caso extremamente problemático, a associação de uma única palavra com uma religião que leva biliões de pessoas a acreditarem em algo que é falso, que é comprovado como falso por todas as evidências que temos, e que nem sequer assenta num pretenso livro que revela a palavra de um pretenso deus.

As invenções religiosas são uma nódoa no intelecto Humano, e um insulto à Natureza. A Natureza consegue que fêmeas virgens procriem, e a religião não, a não ser na mente dos menos informados e mais conformados com verdades falsas. A imaculada concepção existe. A virgem Flora é a prova dessa possibilidade, com a sua concepção imaculada de 5 pequenos messias de poucos centímetros que se desenvolvem para lagartos com 3 metros e mais de 100 Kilos de peso. A Natureza é que define leis, não a religião.

Artigo também publicado em Ateismos.net e LiVerdades