29 de Agosto, 2004 André Esteves
Björk, uma ateia até à medula.
No suplemento «Y» de música do Público da passada sexta-feira encontra-se uma entrevista com a artista islandesa Björk Gudmundsdottir, sobre o seu ultimo trabalho publicado, o album Medúlla. Na entrevista encontramos a seguinte passagem:
«O próprio princípio da convicção religiosa é para mim nefasto. Reenvia necessariamente à obrigação, à obediência. Prefiro acreditar na autodeterminação, no sentido em que todo o culto tende a privar o indivíduo das suas faculdades intuitivas mais elementares. A ideia de que um livro escrito há dois mil anos possa servir, ainda hoje, de modo de emprego existencial parece-me estranha, até despropositada. É mais gratificante descobrir as coisas por nós próprios.»
Confesso que passei a gostar ainda mais desta grande senhora.
Que a sua criatividade nos ilumine durante muitos e muitos anos.
Vale a pena ler a entrevista, chama-se: «Morrer por uma canção»
Dá-nos uma pequena imagem de uma artista que não perdeu o humano em si.
Outra entrevista de Björk, no seu site, tem ainda mais reflexões interessantes:
«Acenando com uma bandeira pirata» [Inglês]