Ratzinger sabia… e nada disse à polícia
O New York Times traz hoje um novo artigo sobre a protecção e indulgência de Ratzinger para com sacerdotes responsáveis por crimes de abuso sexual de menores.
Em 1980, um certo padre Hullerman foi acusado, na diocese de Essen, de forçar um menor a ter relações sexuais com ele. Deve dizer-se, em abono da verdade, que a diocese o suspendeu das suas funções. Mas houve uma diocese que o aceitou: a de Munique, onde o arcebispo era o próprio Ratzinger. E que fez Ratinzger? Não colaborou com as autoridades judiciais (como recomenda agora) nem considerou o perigo que o padre representaria para as crianças da sua diocese. Pelo contrário, aceitou que o padre se mudasse para a sua diocese (ou seja, reabilitou-o), e até permitiu que ensinasse «Religião e Moral» numa escola pública. Em 1986, o padre foi condenado por um tribunal civil por um crime de abuso sexual de menor.
A semana passada, Ratzinger escreveu um texto a afirmar-se «escandalizado» com os abusos sexuais clericais na Irlanda, e convidando ao «arrependimento». Não explicou se ele próprio está arrependido.
Como já se vai dizendo, é a altura de perguntar «o que é necessário para um Papa se demitir»?