Mas esta gente não aprende?
Segundo a «Agência Ecclesia», a Conferência Episcopal Portuguesa considerou que «a aprovação da legalização do casamento entre pessoas do mesmo sexo pelo Governo e pelo Parlamento foi uma precipitação e a ausência de um referendo sobre esta matéria abre uma “ferida democrática”».
De facto, esta gente não aprende!
O que diriam estes energúmenos paramentados de palhaços se o Governo ou a Assembleia da República de Portugal decidissem legislar sobre o celibato do clero, sobre a dimensão das hóstias ou sobre os programas dos seminários onde ainda hoje alguns jovens são deformados e autenticamente amestrados de forma a ingressarem no autêntico circo a que chamam Igreja Católica?
Que os padres, os bispos e outros quejandos opinem sobre aquilo que se passa na vida política do país em que vivem, isso obviamente não oferece reparo.
São cidadãos como todos os outros, claro está. Andam por aí vestidinhos de saias e rendinhas a vender a vida eterna por 30 dinheiros, mas, enfim, também são cidadãos de pleno direito.
E ao contrário do que eles próprios defendem, não podem, enquanto cidadãos, ser discriminados nos seus direitos, liberdades e garantias fundamentais.
Deviam talvez falar mais na pedofilia que grassa no seio da organização tenebrosa a que pertencem, mas isso é também outra conversa.
Mas a Conferência Episcopal Portuguesa tem tanto que se meter na vida dos Órgãos de Soberania de um país democrático e laico por imposição constitucional, como eu tenho de interferir na organização daquele teatro ridículo e miserável a que dão o nome de missa.
Ainda por cima aquela cáfila de trogloditas, completamente alucinados e atarantados pelo voto de castidade, unidos pelos seus sentimentos de intolerância, discriminação e homofobia têm o autêntico desplante de falar de “democracia”, um conceito que lhes é tão estranho como o humanismo ou os direitos humanos, ou até mesmo as mais básicas noções de ética e de decência.
Mas em que século é que estes palhaços pensam que ainda vivem?