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O circo de Policarpo

Na edição de 26/12/2007 do Correio da Manhã surgem as normais anormalidades natalícias, os desaforos e ódios vesgos a tudo e todos por parte dos fanáticos católicos, aproveitando a maré de capitalismos cristãos exacerbados, recorrente embora a tempos se identifiquem lufadas de ar fresco. Proselitismo de pré-primária da teologia do niilismo absoluto e chovem os ataques dementes ao que está mais à mão, ao ateísmo, ou mais provavelmente a todos os não-cristãos a tomar em conta determinadas afirmações.

Policarpo assume o discurso fanático e criminoso na página 7 do jornal, no qual se podem encontrar certos paralelos dentro dos discursos dos talibãs, dizendo que “o afastamento de deus ou o seu esquecimento é o maior drama da Humanidade”. Mais vergonhoso para uma Democracia é possivelmente impossível, o sectarismo assume a demência da mentalidade católica dos medievalistas inquisitórios e a plenitude do fascismo emanado pelo Vaticano.

Para este clérigo demente a Declaração dos Direitos Humanos será certamente um documento ao qual nutre o mais profundo dos ódios, declarando como o maior drama da Humanidade tudo o que hoje ergueu explicações para a realidade, para a liberdade de pensamento e expressão, para o desenvolvimento científico e tecnológico que fizeram com que parte do Mundo saísse da idade das trevas da Inquisição. A epidemia da SIDA, ajudada a propagar pela criminosa condenação do preservativo segundo as doutrinas católicas, os milhares de clérigos que abusaram sexualmente de crianças indefesas, as epidemias várias e guerras religiosas oriundas do fanatismo islâmico e cristão nada são comparadas com o drama da liberdade de pensamento e expressão.

Pior ainda, identifica que “todas as expressões de ateísmo tiraram todo o sentido ao natal”, certamente coloca o Hinduísmo, o Judaísmo, o Islamismo, o Budismo, o Jainismo e todas as outras religiões como expressões de ateísmo por não celebrarem a festa que ele apregoa, o que é uma barbaridade colossal, uma demência vácua de minimalismo de racionalidade, uma verborreia infame e vergonhosa que insulta e descrimina todos aqueles que não acreditam no deus que Policarpo apregoa e que não celebram o capitalismo cristão natalício.

As apoteoses de demência fanática católica começam a extravasar todos os limites do bom senso, e atentam aos mais básicos Direitos Humanos.

P.S.: Artigo enviado para o Correio do Leitor do Correio da Manhã, porque o que é demais é exagero.

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