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O cristianismo é uma mitologia?

Quando comparo a religião cristã às religiões do passado, algumas pessoas sentem que a comparação é patética. «É absurdo comparar o cristianismo a mitologias», é uma objecção com que me vou deparando com frequência.

Se eu responder com uma pergunta, estou certo que não me será respondida. A pergunta resume-se a uma palavra: «Porquê?».

A verdade é que os crentes das religiões antigas (os gregos com o seu Zeus, Poseidon, Afrodite e por aí; os romanos com Júpiter, Neptuno, Vénus; os egípcios com Isis, Hórus, Seth, Amon-Rá; os escandinavos com Odin, Thor, etc…) não eram atrasados mentais. Não eram inferiores. Não eram limitados.

Não.

Eles simplesmente acreditavam.
Acreditavam nos seus pais. Acreditavam nos seus sacerdotes. Acreditavam nos textos antigos que tinham ao seu dispor, relatando as aparições e proezas dos seus Deuses. Acreditavam por vezes naqueles que diziam ter testemunhado milagres, ou falado com os Deuses.
E alguns sentiam. Sentiam vividamente a presença destes Deuses.

Era isto que os levava a acreditar em Amon-Rá, ou em Zeus, ou Júpiter, ou Odin, ou tantos outros.
Foi isto que levou tantos povos da terra a acreditar em tantos Deuses diferentes.

Se tais crenças são assim tão absurdas, teremos de concluír que estas são razões insuficientes para se estar certo que Deus existe. Insuficientes para se estar certo que é exactamente aquele que os nossos pais adoram, aquele a quem os sacerdotes que nos rodeiam prestam culto.

Mas o cristianismo não apresenta nenhuma razão adicional.
Vejo-o assim indistinguível de qualquer outra religião. Se estas crenças são absurdas, terei de ser claro: o cristianismo (ou islamismo, ou judaísmo, ou hinduísmo, ou tantas outras) não é menos.

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