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Da incompreensão da ciência

Percentagem de pessoas que aceitam a evolução representada em função da posição política (conservador, moderado, liberal) e das convicções religiosas (fundamentalistas versus não fundamentalistas). Clique na imagem para aumentar.

Este gráfico pode ser encontrado na revista Science desta semana em que são analisados os dados de um inquérito a 3673 americanos que expressam uma verdade quasi à la Palice: quanto menor o grau de instrução, independentemente da posição política ou das convicções religiosas, maior a probabilidade de se rejeitar a evolução. Outro aspecto interessante desta análise é o facto de o conservadorismo político nos Estados Unidos – associado ao partido republicano, isto é aos religious right ou teocratas, se traduzir numa maior probabilidade de uma posição anti-ciência.

Isto é, como indica PZ Meyers no indispensável Pharyngula, é um dado preocupante que muitos americanos não aceitem a evolução – e a ciência em geral – apenas porque essa é a posição anti-ciência do seu partido de eleição. Aliás, posição anti-ciência que poderá ser apreciada em breve já que a Câmara dos Representantes – agora com maioria democrataaprovou uma nova resolução apoiando a investigação em células estaminais quemuito provavelmente irá ser mais uma vez vetada por G.W. Bush.

Como seria apenas expectável, William Dembski, um dos pais da IDiotia ou neo-criacionismo, insurge-se contra a análise de PZ Meyers em relação à correlação conservadorismo político e ignorância científica – sem sequer abordar a correlação entre o grau de instrução e a mesma – numa prosa completamente imbecil desmontada magistralmente por Larry Moran, o autor do livro pelo qual estudei bioquímica.

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