A ICAR não participa em «campanhas de tipo político»?
O bispo do Algarve da ICAR anunciou no sábado a constituição de uma comissão que coordenará os movimentos anti-escolha na região, com vista ao referendo sobre a despenalização da IVG. Segundo o bispo Manuel Quintas, esta comissão, que «resulta da união da diocese do Algarve a um grupo de leigos», tem a sua origem numa ideia do próprio bispo e irá «sensibilizar paróquias» e coordenar «a nível da diocese».
Entretanto, na Guarda, o bispo local da mesma ICAR anunciou que fará catequeses específicas sobre o aborto em todos os domingos anteriores à campanha, e que a nota pastoral da CEP será comentada em todas as homilias da região, enquanto em Coimbra o bispo Albino Cleto garantiu «todo o seu apoio» aos movimentos que defendam uma cultura adversa à liberdade da mulher.
Na Madeira, o conselho diocesano da mesma igreja com sede em Roma organizará «acções concretas (…) para dar a conhecer o verdadeiro sentido do voto: “Não” ao aborto; “Sim” à Vida», naquilo que se assume ser uma «campanha de esclarecimento».
No dia 19 de Outubro, a conferência episcopal portuguesa desta mesma igreja afirmara: «Nós, os Bispos, não entramos em campanhas de tipo político»…