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Mais católicos menos praticantes

O insuspeito “Jornal de Notícias” (JN) dava hoje à estampa um artigo segundo o qual existem, actualmente, mais católicos, mas esses são menos praticantes. Confesso que fiquei confuso, sem saber, ao certo, o que é isso de “ser católico” sem ser “praticante”.  Para mim, que não percebo patavina, “ser católico” não é limitar-se a estar inscrito na ICAR, pois se assim fosse, sem a menor sombra de dúvida que cada vez há mais católicos: à medida que nascem vão sendo inscritos e o seu número aumenta, naturalmente . Até eu estou lá inscrito. Mas ser católico, no meu entender, é, além de estar inscrito na ICAR, cumprir os seus cinco mandamentos. Isto para além, claro, de cumprir toda a sua (da ICAR) doutrina avulsa, que não se fica pelos mandamentos, já para não falar na doutrina bíblica. Por exemplo, gerar filhos fora do casamento é um pecado. E o que nós vemos é que cada vez há mais famílias monoparentais, o que é uma situação pouco católica. Claro que a ICAR, como tem vindo a ser seu timbre, vai-se “mimetizando”, e vai aceitando, no seu seio, casais divorciados, homossexuais e outros em situações pouco católicas.

Ora, para mim, “católico” é, além do mais, cumprir “religiosamente” os preceitos religiosos. Quem não o fizer, não é católico; limita-se a estar inscrito na ICAR. Pelo que a “estatística” ou, se preferirmos, a conclusão do JN é falaciosa. Porque eu também sou trompetista, mas não toco trompete.

Falta, finalmente, dizer que esta “notícia” está em flagrante contradição com esta.

 

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