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A fé e a superstição

Naquele tempo, se houvesse consulta de planeamento familiar ou o Espírito Santo usasse preservativo, o rumo do mundo teria sido outro.

O nariz de Cleópatra não teve mais influência na história da humanidade do que o aparecimento tardio dos contraceptivos. Enquanto um carpinteiro de Nazaré adormecia na oficina, cansado do trabalho, a mulher, ansiosa, aguardava-o. Vencida pelo cansaço, dormitava quando o pombo chegou, em voo picado, e se serviu.

Não se sabe o ano, muito menos o mês ou o dia em que o nascimento de um menino aconteceu. Convinha ao negócio e à superstição que haviam de nascer que o solstício de Inverno fosse a referência.

Que interessa ao Papa que Jesus nascesse no Verão ou no Inverno? Basta o óbolo que alimenta a concupiscência do Vaticano e uma multidão de parasitas espalhados pelo mundo. Não há Primavera que espere as religiões. Há apenas o medo e a ignorância a alimentar o Inverno do nosso descontentamento.

Permanecem as ameaças com que os padres mantêm subjugados os simples e oprimidos os supersticiosos.

Perfil de Autor

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- Ex-Presidente da Direcção da Associação Ateísta Portuguesa

- Sócio fundador da Associação República e laicidade;

- Sócio da Associação 25 de Abril

- Vice-Presidente da Direcção da Delegação Centro da A25A;

- Sócio dos Bombeiros Voluntários de Almeida

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- Diário Ateísta http://www.ateismo.net/

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- Sorumbático http://sorumbatico.blogspot.com/

- Avenida da Liberdade http://avenidadaliberdade.org/home#

- Colaborador do Jornal do Fundão;

- Colunista do mensário de Almeida «Praça Alta»

- Colunista do semanário «O Despertar» - Coimbra:

- Autor do livro «Pedras Soltas» e de diversos textos em jornais, revistas, brochuras e catálogos;

- Sócio N.º 1177 da Associação Portuguesa de Escritores

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