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Elton John: Religiões deveriam ser proibidas

Numa entrevista conjunta com Jake Shears dos Scissor Sisters à edição dominical do Guardian, The Observer, Elton John afirma que as religiões deveriam ser proibidas devido à sua falta de compaixão em geral e em particular devido ao ódio em relação aos homossexuais que acirram.

De facto, embora considerando que existem coisas boas na religião, Elton John, um humanitário que criou em 1992 uma fundação de combate à SIDA, tida como a maior do mundo no género, afirma que na prática as religiões organizadas apenas transformam as pessoas em lemmings (ratos) cheios de ódio.

Por outro lado, considerando que a religião está na origem dos conflitos da actualidade – que segundo Elton John podem escalar para uma III Guerra Mundial -, o cantor interroga-se porque razão os líderes religiosos mundiais não se reunem, discutem o problema e apelam à paz. Porque razão a paz parece não estar na agenda dos líderes religiosos enquanto o ódio aos homossexuais merece tanto destaque, isto é, porque razão estão apenas unidos pelo ódio e não por um desejo de paz…

Elton John queixou-se ainda do facto de muita gente se ter de certa forma demitido da cidadania, e aquelas que não o fizeram protestam apenas na Internet, em blogs e afins, em vez de irem para as ruas protestar, destacando a eficácia das manifestações de Fevereiro de 2003 contra a invasão do Iraque, que mobilizaram milhões de pessoas ao redor do Globo.

Em relação à sua homossexualidade, o cantor, que se casou em Dezembro passado com o companheiro de 11 anos, David Furnish, comentou o facto de aparentemente ser considerado a «face aceitável da homossexualidade», circunstância que aproveita para tentar lutar em prol da causa gay, destacando o facto de dentro de duas semanas se deslocar à Polónia, em que a homofobia, instigada pelos mui católicos gémeos Kaczynski, eleitos com base na «retórica do ódio», atingiu dimensões inaceitáveis num país da UE.

Para Elton John a situação na Polónia e outros países dominados pelo catolicismo, inseparável do ódio cristão à homossexualidade, não se trata de uma questão homossexual mas sim de uma questão de direitos humanos.

«Eu vou lutar por eles, quer o faça em silêncio fora das luzes da ribalta quer o faça vocalmente e seja preso. Não posso simplesmente cruzar os braços. Além disso, não é essa a minha natureza. Tenho quase 60 anos. Não posso cruzar os braços e ignorar o que se passa e não o farei».

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