Porque é que Portugal não é um país laico?
Porque é que Portugal não é um país laico?
Porque a nossa memória colectiva foi moldada pela ICAR…
Não estão conscientes na memória, os mortos do genocídio dos cristãos novos em Portugal.
Por toda a Europa, ainda se sente no inconsciente colectivo, um século de guerras religiosas.
Por cá… Ficou o fado…
Um sentido de perda e saudade distantes, um reflexo automático em aceitar o terrível…
De algo, que amnesicamente não encontramos na nossa alma: parte de um país.
Família, amigos, conhecidos… Todos desaparecidos pela vontade do(s) senhor(es).
De uma população de 1 milhão de pessoas, sabemos que pelo menos 24 mil foram mortas em autos de fé.
Outras 250 mil fugiram. Aproximadamente 25% de um país foi estripado, para garantir o controlo da igreja, de um país que detinha o acesso aos novos mundos. Sem quaisquer resultados práticos. A estupidez piemonteza1 da Cúria, só assegurou que os conhecimentos, o capital e a iniciativa fossem transportados para outras partes mais tolerantes.
Sem futuro, o país ficou reduzido a um imenso campo de reeducação cristã.
Eliminada a memória, ficou o vazio na alma, o desejo de o apagar com promessas e rezas. E, hoje, também o futebol, gastos loucos no hipermercado e férias no estrangeiro… As fontes históricas foram dizimadas, o passado ocultado. Os programas escolares (deliberadamente?) reflectem esta ignorância do passado.
O folheto que vêem em cima, é um fruto maligno desse passado deliberadamente esquecido.
Anteontem, em Fátima, foi distribuída propaganda para uma população, ou conivente, ou sem memória.
De certa maneira, a ICAR e as suas elites querem fazer à Europa o que fizeram a Portugal.
Imiscuíram-se no que não devem: na consciência dos eleitores, no desígnio colectivo, que pelas suas acções se torna no seu desígnio pessoal. Contrário ao espírito da democracia, contrário à liberdade de pensamento individual.
A inclusão da referência ao passado «judaico-cristão» da Europa é fogo de vista.
Roma, a prostituta da Babilónia, já se regozija com as almas que detém na nova Europa Alargada.
Há algo muito pior, a cozinhar em lume brando, por detrás das cenas…
1 – Tradicionalmente, os elementos da cúria são originais do piemonte italiano. Cunhas e famílias em acção, numa escala de centenas de anos.
Comentário:Os números que apresentei anteriormente estavam errados (250.000), como estimativas de autoridade. Infelizmente é muito difícil saber com certeza os números correctos do genocídio. O valor aproximado que agora apresento é baseado nas estimativas obtidas, só, pelos autos-de-fé. No entanto, nem todos os autos de fé eram registrados em processo (normalmente nos 3 tribunais da inquisição), enquanto que os autos-de-fé eram desencadeados por todas paróquias do país e além-mar. O próprio registro é imcompleto, manipulado ou simplesmente aniquilado.. As cópias que o vaticano deveria ter nos seus arquivos históricos, amontam a 4 mil, em comparação aos aproximadamente 24 mil processos que estão na torre do Tombo…