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Trujillo condena menor violada que abortou

O Cardeal colombiano Alfonso López Trujillo chamou «rede de malfeitores» à equipa médica que fez um aborto a uma garota de 11 anos, a qual engravidara do padrasto que a violava desde os 7 anos de idade. As violações propriamente ditas não são mencionadas por Trujillo, que se abstém portanto de as condenar. Anteontem, Trujillo ameaçara com a excomunhão todo o pessoal médico envolvido. Ontem, afirmou que «não excomungou ninguém» (parece ser um processo automático, um «reflexo condicionado» divino…) mas simultaneamente alargou a excomunhão a «políticos, legisladores e parentes [da criança]».

O médico responsável pelo aborto declarou ter a consciência tranquila, porque actuou dentro do quadro legal, e replicou que «malfeitor foi quem a violou». A senadora colombiana Gina Parody comentou que «o Vaticano tem o direito de excomungar quem quiser; mas espero que também excomunguem os padres que violam rapazes ou raparigas».

Este caso tem sido enormemente mediatizado na Colômbia, porque se trata da primeira interrupção voluntária da gravidez feita legalmente, após a alteração da lei em Maio passado. Deve notar-se que Trujillo preside ao Conselho Pontifício da Família e é frequentemente apontado como um possível sucessor do actual Papa.

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