4 meses… e há quem glorifique sofrimentos de fim de semana…
No Canal História, na televisão por cabo, está a rodar um conjunto de documentários sobre os campos de concentração nazis.
Vale a pena ver, para preservar a memória.
A fixar as palavras de Marcelino Bilbao, sobrevivente basco dos campos (Franco tinha um acordo de eliminação étnica e política com Hitler):
«Se alguém diz que Jesus Cristo sofreu o máximo que um homem poderia sofrer, é porque nunca viveu pelo menos 4 meses no campo de Mauthausen…»
O revisionismo avança e é curioso ver as crenças religiosas dos revisionistas (O quê? Julgavam que eram ateus? Nunca ouviram falar na Igreja do verdadeiro Israel? ou nas igrejas tradicionalistas católicas?)
O exemplo do cordeiro de deus empalidece em comparação. Mas também… Quem cria escalas absolutas de sofrimento justifica qualquer sofrimento que testemunhe ou inflija, como inferior. A partir daí, como castigo qualquer sofrimento é admissível e o horror, diminuto em relação ao acto de que se acusam os castigados… Quem matou o filho de deus? E quem seguia a justiça de deus?
Quando é que as pessoas começarão a pensar nas consequências do que acreditam?
Um homem morreu numa cruz para, segundo os seus seguidores, salvar a humanidade que nele crê…
Repetem-no à exaustão, sem qualquer lógica ou humanidade.
Uma ideia somente, sem pés nem cabeça…
Mas a mim assemelha-se a uma verdadeira blasfémia morrerem, sei-lá quantos milhões, para nos esquecermos deles e do que o homem é capaz por ideias, sem pés nem cabeça…
Recomendo:
Rua da Judiaria