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Morreu John Kenneth Galbraith

I have managed most of my life to exclude religious speculation from my mode of thought.
John Kenneth Galbraith (1908-2006), «What I’ve Learned,» Esquire, Janeiro de 2002.

Humanista do ano em 1985, o seu primeiro bestseller foi «The Affluent Society», 1958, um aviso às (falta de) políticas sociais nos Estados Unidos, seguido de uma extensa lista em que se incluem títulos como «The New Industrial State», 1967, e «Economics and the Public Purpose» (1973).

A extensa bibliografia de Galbraith revela a sua preocupação com a exclusão social e com o papel que considera o Estado poder desempenhar no seu combate, problema que tentou debelar ao longo da sua carreira política.

Durante a II Guerra Galbraith foi responsável pelo controle dos preços nos Estados Unidos, tarefa pela qual foi galardoado com a Medalha da Liberdade em 1946. Uma figura importante no Partido Democrata colaborou na reconstrução da Alemanha e do Japão no pós-guerra, foi embaixador na Índia sob John F. Kennedy, de quem foi conselheiro e para quem escreveu discursos. Na Índia desempenhou um papel fulcral no desenvolvimento do país, nomeadamente ajudando a estabelecer uma das primeiras faculdades de ciências da computação no Instituto Indiano de Tecnologia em Kanpur, Uttar Pradesh.

Um dos fundadores da associação Americans for Democratic Action, uma associação fundada por aqueles que foram chamados «os ateístas de Niebuhr», foi um dos ideólogos da «Guerra à pobreza» de Lyndon Johnson, de quem se afastou devido à guerra do Vietname, da qual Galbraith foi um dos primeiros críticos. Foi recuperado para a vida política por Bill Clinton, de quem foi conselheiro. Recebeu a sua segunda Medalha da Liberdade em 2000.

Galbraith morreu sábado com 97 anos.

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