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Eu concordo com o arcebispo

Lawrence Saldanha, arcebispo católico de Lahore, lidera a campanha pela abolição do delito de blasfémia no Paquistão. O arcebispo, que preside também à Conferência Episcopal católica do Paquistão, defende a revogação dos preceitos B e C do artigo 295º do Código Penal paquistanês, que criminalizam a crítica do Corão e de Maomé, respectivamente.

Em 2005, registaram-se 54 condenações por delito de blasfémia no Paquistão, uma acusação que, de tão vulgarizada mas simultaneamente tão eficaz, é frequentemente usada para ajustes de contas pessoais que podem nada ter que ver com religião.

O arcebispo católico afirma que a existência legal do delito de blasfémia é uma causa directa de violência inter-religiosa e um pretexto para a perseguição de minorias religiosas. Eu concordo com ele, e lamento que o português José Policarpo não aprenda com exemplos destes que apenas a liberdade de expressão garante a liberdade religiosa de todos, no Paquistão ou em Portugal, quer os católicos sejam minoritários ou quer sejam maioritários.

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