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Grupo islâmico assume culpas na guerra dos cartoons

Enquanto a guerra dos cartoons continua a incendiar os países islâmicos, Ahmad Akkari, o libanês residente na Dinamarca que reclama representar 27 grupos islâmicos deste país, assumiu parte da responsabilidade nesta polémica.

Em declarações à Associated Press, Akkari assumiu um terço da culpa pela guerra dos cartoons, responsabilidade que quer igualmente repartida pelo governo dinamarquês, que não lhe deu a atenção a que achava ter direito, e pelo jornal Jyllands-Posten, que publicou os cartoons.

O grupo, que é acusado pelo governo de dar uma imagem errada da Dinamarca e que um inquérito recente indica ser culpabilizado pelos dinamarqueses pelos desenvolvimentos do incidente, irrelevante não fora a intervenção de Akkari, afirma que se foi «queixar» da «dupla» ofensa aos líderes da Organização da Conferência Islâmica porque o governo dinamarquês não lhe deu ouvidos nos protestos iniciais (quiçá por considerar que a questão deveria ser apreciada nos tribunais e não pelo governo…).

Assim, munido de um port-folio com os cartoons (inócuos) a que adicionou mais 3 (estes sim ofensivos) e alusões a uma proposta de censura ao Corão de um grupo de extrema-direita dinamarquês (cuja popularidade subiu com esta guerra), Akkari viu-se «forçado», com a preciosa ajuda dos líderes dos países muculmanos reunidos em Meca em Dezembro passado, a transformar um incidente local irrelevante no problema à escala mundial cujas consequências temos podido avaliar em todos os meios de comunicação, nacionais e internacionais!

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