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Senado restringe manifestações de ódio

Pela primeira vez nos últimos anos um Senado americano, neste caso o da Indiana, aprovou quasi unanimemente (47 votos a favor, 1 contra) uma lei que pretende restringir as manifestações de ódio e intolerância de grupos dos muitos fanáticos cristãos que abundam no país. Infelizmente a legislação aprovada no Senado limita-se a proibir estas manifestações em funerais e não em todo o espaço público.

A lei foi proposta inicialmente pelo senador republicano Brent Steele e pretendia restringir os protestos em funerais militares. De facto, os membros da Igreja Baptista de Westboro, Kansas, fanáticos devotados ao mui cristão objectivo de combater homossexuais, têm perturbado as cerimónias fúnebres de soldados mortos no Iraque (mas não só), com cartazes em que afirmam que os soldados morreram por causa da tolerância (?) americana em relação aos homossexuais.

O grupo já afirmou que se a lei passar na Câmara de Representantes a vai combater, certamente considerando, tal como a Igreja Católica em relação à recente resolução do Parlamento Europeu – que condena as posições de líderes religiosos sobre a homossexualidade, considerada «linguagem inflamatória, odiosa e ameaçadora» – que tal lei é uma afronta à liberdade, isto é intolerância, religiosa.

Nos Estados Unidos, como na Europa, os grupos religiosos ainda não foram permeados pelo conceito de tolerância e, lá como cá, queixam-se da ingerência do Estado na «legítima» (para cristãos) discriminação de pecadores.

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