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Pensamento analítico tende a erodir crença em Deus

Devido à forma como o cérebro evoluiu por selecção natural, os seres humanos tendem a atribuir intenções, e propósito ao que os rodeia. É por isso que muitos ficam «furiosos» com a cadeira na qual iam tropeçando, porque o cérebro está primeiramente adaptado para lidar com situações sociais, e isso reflecte-se na forma como interage com a natureza.

No entanto, para compreender a natureza o espírito crítico e o pensamento analítico são ferramentas essenciais, e quem as desenvolve tende a menorizar a tendência para atribuir intenções, personalidade e estados mentais ao que não tem.

Será então que o pensamento analítico tende a diminuir a crença no sobrenatural em geral, e em Deus em particular? De acordo com um estudo recente, a resposta é afirmativa: a 93 estudantes universitários foi pedido que classificassem a sua crença em Deus e noutros agentes sobrenaturais (tais como anjos). Algumas semanas mais tarde os estudantes foram chamados para desempenhar uma série de tarefas pretendiam suscitar a capacidade de pensamento analítico. O grupo de controlo desempenhou outras tarefas que não tinham este objectivo. Os estudantes que não faziam parte do grupo de controlo relataram consistentemente um grau de crença inferior ao inicialmente relatado, independentemente de qual tivesse sido. Isto também foi verdade para os 142 adultos testados online.

O desenvolvimento do pensamento analítico, concluiu a equipa responsável pelo estudo, é uma (mas não a única) causa para a descrença no sobrenatural e em Deus.

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