Não à Sharia
Na passada quinta-feira, cerca de quatrocentas pessoas manifestaram-se em Toronto para exigirem que o governo canadiano não permita que questões familiares sejam julgadas por tribunais arbitrais que decidam de acordo com leis religiosas.
Vinte minutos após o início da manifestação, o Procurador Geral canadiano, Michael Bryant, fez o seguinte comunicado: «ouvimos claramente os que procuram maior protecção para as mulheres. Constantemente, temos de seguir em frente para erradicar a discriminação, proteger os vulneráveis e promover a equidade… Somos guiados pelos valores e direitos constantes na nossa Carta de Direitos e Liberdades. Asseguraremos que a lei da nação não seja comprometida no Ontário, que a arbitração que use um conjunto de regras ou leis discriminadoras das mulheres, em questões de família, não será vinculativa».
Esperemos que, em nome da Democracia, este seja um sinal que o governo canadiano recue na intenção de permitir que os muçulmanos recorram à Sharia para regular questões como o divórcio e a regulação do poder paternal.
O segundo protesto internacional contra a instituição de tribunais da Sharia no Canadá também se realizou em Ottawa, Victoria, na Alemanha, nos Países Baixos e na Suécia.