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Crucificação exorcista

A freira romena que morreu na sequência de um exorcismo mal sucedido, conduzido pelo padre Daniel com ajuda de quatro freiras, sofria de esquizofrenia, condição que os piedosos membros do clero acharam ser indicação concludente da sua possessão pelo mafarrico.

O padre Daniel, acusado de ser o responsável pelo crime, declara que não tem nada de que se arrepender: «Deus realizou um milagre com ela e finalmente a Irina foi libertada do mal». Claro que o pequeno pormenor de a infeliz freira de 23 anos ter sido também «libertada» da vida é irrelevante para o devoto padre, certamente mais preocupado com a salvação da alma que a preservação de uma vida tão maculada pelo demo.

O padre acrescentou ainda que «Não percebo porque razão os jornalistas estão a dar destaque a isto. O exorcismo é uma prática comum no coração da Igreja Ortodoxa Romena e os meus métodos não são de todo desconhecidos dos outros padres».

Considerando os métodos utilizados é de perguntar quantos mais infortunados com doenças do foro psicológico terão sucumbido nas mãos destes exorcistas!

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