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Liberdade derrotada em Timor

Se há dois dias me congratulei aqui por uma vitória contra o fundamentalismo religioso, hoje tenho de lamentar que ele tenha saído vitorioso.

Em Timor, o governo quis que as aulas de religião e moral fossem facultativas. A Igreja não quis aceitar. Tentou o golpe de estado, tentou pressionar o presidente, fez julgamentos populares em casa do Bispo, espancou timorenses e portugueses. E por fim… venceu.

Sim. A Igreja venceu.

Foi criada uma comissão permanente, da qual fazem parte os dois bispos envolvidos, por via da qual a Igreja controlará o Estado. Está garantido que o aborto será considerado crime (mesmo nos casos de violação), assim como uma série de reinvidicações da igreja.

Entretanto, enquanto duraram as manifestações, registaram-se dois polícias feridos, devido ao arremesso de pedras por parte dos manifestantes. Sim, os católicos.

PS- Soube deste episódio pelo «Causa Nossa» onde o Vital Moreira caracteriza as consequências desta situação da seguinte forma: «O poder legislativo pertence agora aos bispos. E o poder político carece da benção dos representantes do Vaticano».
Outra ameaça preocupante na luta contra o fundamentalismo religioso foi-me dada a conhecer neste artigo do Rui Tavares no Barnabé.

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