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Desenvolvimentos em Timor

O Comando-geral da Polícia Nacional de Timor-Leste, pela pena do seu superintendente-chefe, Paulo Martins, solicitou por escrito aos responsáveis da Igreja Católica timorense que ponham fim à manifestação que se desenrola há quinze dias a 150 metros do palácio do Governo. Evidenciando o carácter ilegal da mesma e a violência infligida pelos manifestantes a quem tivesse comportamento «diferente», a PNTL pôs como prazo para a desmobilização da manifestação o final do dia de ontem, terça-feira.

«Face à violência que perturbou a ordem pública, o Comando- Geral da PNTL ordena que esta manifestação acabe terça-feira, dia 03 de Maio» pode ler-se na carta enviada à residência oficial do bispo de Díli, onde está instalado o «tribunal popular» que «julgou» os dois portugueses que foram agredidos pelos católicos manifestantes.

Uma vez que a Igreja de Timor não desiste do seu propósito de derrubar o governo democraticamente eleito a resposta do padre Apolinário Guterres, Vigário-geral da Diocese de Díli, foi simplesmente o reinstar da supremacia da Igreja em relação à lei afirmando que a manifestação ilegal «acaba quando tiver que acabar, e não com ultimatos da polícia».

Uma vez que a manifestação decorre no coração da cidade onde estão instalados diversos organismos internacionais, nomeadamente os escritórios do Banco Internacional, para além do Banco Central timorense, fechados desde segunda-feira, e o clima de tensão vivido no local tem conhecido uma escalada devido à existência de um «sentimento de provocação» por parte dos manifestantes, já que «alguns padres querem que algo corra mal, para atirarem a culpa para cima da PNTL e do Governo», a polícia timorense propôs hoje à igreja a mudança do local da manifestação após uma reunião promovida pelas Nações Unidas.

O padre Filomeno Jacob, secretário do bispo de Díli, não se quis comprometer com qualquer resposta a esta proposta para recuar 200 metros da localização actual, sem antes consultar a hierarquia da igreja.

Esperam-se novos desenvolvimentos da situação em Timor, que de momento não parece estar a desenrolar-se muito favoravelmente para a delegação timorense da Igreja liderada por Bento XVI, o Papa anteriormente conhecido como o inquisidor-mor Joseph Ratzinger.

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