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  • 5 de Setembro, 2010
  • Por Carlos Esperança
  • Catolicismo

Dúvida metódica

Por

José Moreira

Tenho seguido, religiosamente, os comentários relacionados com a questão do envio de terços aos mineiros chilenos. E a verdade é que, até este momento, ninguém conseguiu responder para que, CONCRETAMENTE, servem os terços, numa situação aflitiva como a dos mineiros. Pediram tabaco, foi-lhes negado; pediram vinho, deram-lhes ácido fólico (deve ser parecido. Vou experimentar, no próximo cabrito assado. ..). Não pediram terços nem bíblias, mas eles aí vão.

No entanto, e este é que me parece ser o ponto principal, ainda ninguém se referiu ao facto – este sim, de suma importância – de os terços terem sido benzidos pelo B16. Ora, meus caros: estão a discutir o sexo dos anjos, e omitem o primordial? A benzedura terçal (rima e é verdade)?

Aliás, se não fosse importante, os jornais nem falariam nisso, sabido como é que os rapazes da imprensa só publicam coisas importantes.

Pois bem: eu, como ateu iletrado que sou, não consigo distinguir entre um terço bento (16?) e um terço dito normal. Para mim, é tudo a mesma choldra. Mas sou obrigado a admitir que alguma diferença haverá. Tal como há, certamente, entre a água benta e a outra – a da torneira, por exemplo.Porque se não houvesse diferença, o B16 não iria perder o seu rico tempo a benzer trinta e três terços, qualquer coisa como 33/3. Não senhor. A menos que os tenha benzido por atacado, como se faz nos baptizados, e nas missas de 7º dia, em que se reza uma missa para todos, mas se cobra individualmente. E bem!

Mas estou a afastar-me do meu objectivo, que é o de pedir, encarecidamente, aos católicos de plantão ao DA, que me elucidem acerca destes magnos problemas:

– Como é que se distingue um terço bento (16?) de um terço “tout-court”?
– Qual a diferença, em termos de resultados práticos, entre um e outro, ou seja, qual deles tem mais poder?
– Na hipótese, meramente académica e manifestamente absurda, de ambos terem poder igual, para que serviu a benzedura?
– Se os terços tivessem sido bentos por um mero sacerdote, teriam menos valor? Ou menos poder?
– Os mineiros são todos católicos?
– Os mineiros conseguem verificar se os terços são terços bentos ou não? Ou será que alguém os dilucidará?

Perfil de Autor

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- Ex-Presidente da Direcção da Associação Ateísta Portuguesa

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- Colunista do mensário de Almeida «Praça Alta»

- Colunista do semanário «O Despertar» - Coimbra:

- Autor do livro «Pedras Soltas» e de diversos textos em jornais, revistas, brochuras e catálogos;

- Sócio N.º 1177 da Associação Portuguesa de Escritores

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