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Será que ainda vamos a tempo de fazer uma coisa destas em Portugal?

 

Um brincalhão qualquer do “Foreign Office”, o ministério dos Negócios Estrangeiros britânico, resolveu fazer circular um documento com aparência oficial em que se sugeria ao Papa Bento XVI que aproveitasse a sua visita ao Reino Unido em Setembro próximo para lançar a sua própria marca de preservativos «Benedict», para inaugurar uma clínica de abortos e para abençoar um casamento homossexual.

Descoberta a brincadeira, lá foi o brincalhão transferido sabe-se lá para onde, e lá teve o “Foreign Office” de andar a desmentir tudo e a pedir desculpas formais ao Papa e à Santa Sé.

Mas parece que a coisa é bem capaz de não ficar por aqui.

O cardeal Renato Martino, antigo presidente do Conselho Pontifício do Vaticano para a Paz e a Justiça declarou que se o Governo britânico convidou o Papa, deveria tratá-lo com respeito, porque fazer troça das crenças de milhões de católicos, não só no Reino Unido mas em todo o mundo, é de facto muito ofensivo.

E acrescentou que este incidente, de tal modo é ofensivo, poderá mesmo vir a causar o cancelamento da visita do Papa ao Reino Unido.

É pena que os responsáveis pelo Vaticano se ofendam tanto com uma brincadeira de um obscuro funcionário do ministério dos negócios estrangeiros britânico e não se incomodem sequer com a sua persistência em discriminar os seres humanos em razão da sua orientação sexual ou com os efeitos das mortíferas consequências da sua política sobre o preservativo, principalmente na África sub-Sariana.

Isto para não falar do tenebroso escândalo da pedofilia e do sofrimento causado a milhares e milhares de crianças por esse mundo fora, com a miserável complacência das mais altas estruturas da Igreja Católica, incluindo a do Cardeal Joseph Ratzinger.

Mas se uma brincadeira deste género é bem capaz de fazer cancelar a visita do Papa ao Reino Unido, será que em Portugal ainda vamos a tempo?…

                          

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