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Despertar

Imagem gerada por IA de Artguru

A determinada altura da vida atingimos um determinado patamar de consciência que nos confere um nível de perceção exclusivamente racionalista.[1]

A determinada altura da vida deixamos de temer criaturas “infernais” e aspirar a “paraísos” supranaturais.

A determinada altura da vida, somos inevitavelmente arrastados pela corrente de observação objetiva da realidade.

A determinada altura da vida a consciência atinge praticamente o seu auge e assimilamos que só AGORA podemos ser realmente felizes.

A determinada altura da vida deixamos de ter pressa de viver e queremos apenas desfrutar.

A determinada altura da vida queremos simplesmente conhecer e esquecer tudo o que inutilmente nos impuseram.

A determinada altura da vida queremos simplesmente deliciar com esta maravilhosa paisagem com que diariamente nos deslumbramos.

A determinada altura da vida queremos simplesmente estar em paz, connosco e com todos os que nos rodeiam.

A determinada altura da vida queremos simplesmente saborear o mais simples dos milagres…

A VIDA!

Aspiramos então a ser apenas nós…

Livres e satisfeitos!

Aspiramos então a sentir e que nos deixem sentir completamente.

Aspiramos então a pensar e que nos deixem pensar da forma mais racional possível.

Aspiramos então a amar e sobretudo que nos deixem amar quem e o que realmente amamos.

É então que assimilamos que nunca é tarde para Sonhar…

É então que assimilamos que nunca é tarde para Amar…

É então que culminamos que nunca é tarde para Viver…

E nunca é tarde para DESPERTAR!


[1] Numa fase mais precoce, traduzida pela descoberta e deceção que conduz ao desacreditar do “pai natal” e de todas as figuras do universo imaginário.

Numa fase mais matura, alicerçada no crivo do contraditório e na consciência da realidade, traduzida na contínua desconstrução e desmistificação de todos os dogmas previamente incutidos.

É, pois, normalmente neste apogeu de plena capacidade física e intelectual, que é atingido o desacreditar lógico e racional em todas as entidades ditas “divinas; o ponto de perceção do ideal divino como mero conceito individual e abstrato, factualmente inexistente fora do contexto mental humano”.

A óbvia assimilação e conclusão do ato mental, característico da espécie humana, que varia de acordo com contexto sociocultural onde se produz.

AGORA ATEU (I), 2017-03-06

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Evolui e optei pelo ateísmo!
Evolui e optei por não ter nem pertencer a nenhum partido ou crença religiosa.
Evolui e optei por não ser nem pertencer a nada nem a ninguém.
Evolui e optei por viver plenamente sem muletas, barreiras ou fronteiras.
Evolui e optei por viver e “promover os valores da liberdade, do humanismo, da tolerância, da solidariedade e da paz” (APP).
Evolui e optei por respeitar a vida e confiar na ciência por forma a criar modelos mais racionais de sociedade que permitam à humanidade um futuro sustentável e sobretudo mais equilibrado.
O ateísmo não se impõe… impõe-se inevitavelmente pela impossibilidade de ludibriar a sua imutável e implacável realidade.
Mais do que uma opção, o ateísmo é uma forma de estar e lidar com a realidade e cultivar a racionalidade.
O ateísmo não implica inteligência, mas a inteligência pode levar qualquer mente minimamente ciente ao ateísmo… e sinceramente, não acredito que uma mente realmente inteligente acredite no sobrenatural.