ÍNDIA PROÍBE DIVÓRCIO INSTANTÂNEO
Transcrevo de Zé-António Pimenta de França o seguinte texto:
MUÇULMANOS CLAMAM ‘ISLAMOFOBIA’
« O “talaq triplo” (divórcio instantâneo) é um ordenamento jurídico do Alcorão que permite que um homem se divorcie instantaneamente da esposa (seja ela a primeira, segunda, terceira ou a quarta), dizendo-lhe apenas (seja por voz, por texto, por e-mail) “divorcio-me” (‘talaq’ em árabe) três vezes. O homem não tem que ter motivo nenhum, basta que lhe apeteça. E não há apelo possível para a mulher! Obviamente, como é de esperar no mundo islâmico, não existe reciprocidade. A mulher não tem o direito a divórcio nenhum por sua vontade, nem com ‘talaq” triplo, nem quádruplo, nem quíntuplo, nem décuplo, nem coisa nenhuma. Só o homem é que se pode divorciar…
Diz a Associated Press, citada pela Bloomberg: “O governo da Índia aprovou nesta quarta-feira uma portaria para implementar uma decisão da Tribunal Supremo que proíbe a prática muçulmana que permite que os homens se divorciem instantaneamente, por violar os direitos constitucionais das mulheres.
A maioria dos 170 milhões de muçulmanos na Índia são sunitas, governados pela Lei Islâmica para questões e disputas familiares. As leis incluem permitir a prática, conhecida como “talaq triplo”, pela qual os homens podem se divorciar simplesmente dizendo a palavra três vezes – e não necessariamente consecutivamente, mas a qualquer momento, e por qualquer meio, incluindo telefone, mensagem de texto ou post nas redes sociais.
O governo terá mais seis meses para obter aprovação do Parlamento para que a portaria se torne lei. Mas no entretanto aqueles que a violarem podem ser processados sob a portaria agora aprovada pelo governo de Nova Deli.”
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A Índia fez o que toda sociedade não-muçulmana deveria fazer: defender sua própria integridade social e cultural. Ou seria a submissão o único caminho para evitar que sejamos chamados “islamofóbicos”?
NESTA FOTO vemos uma manifestação de muçulmanas indianas reclamando contra a legislação indiana que as quer precisamente proteger. Algo assim como os condenados à morte numa manifestação a favor dos carrascos que os vão matar…
Exigem a retirada da lei que proíbe o Talaq Triplo. Os cartazes dizem, nomeadamente que “A lei do Triplo Talaq é contra os direitos das mulheres e a igualdade de género” e “”A Sharia é o nosso orgulho”.
Os clérigos muçulmanos dizem-lhes que o Islão é a religião que dá mais direitos à mulheres e elas acreditam. Ou fingem que acreditam e fazem o que lhes mandam, não têm outro remédio, de outra forma sofrerão brutais represálias…
Como o ‘triplo talaq’ está no Alcorão, as organizações islâmicas acusam o governo central de interferir na lei muçulmana, a Sharia (Alcorão e Hadith).
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É claro que os indianos também têm muito a fazer na sua sociedade para garantir a igualdade entre mulheres e homens e até mesmo para garantir a igualdade no seu conceito mais amplo, já que a antiga divisão da em castas continua vigente, apesar de ilegal e inconstitucional. Mas isso é outro combate, outra luta.
Zé-António Pimenta de França
Perfil de Autor
- Ex-Presidente da Direcção da Associação Ateísta Portuguesa
- Sócio fundador da Associação República e laicidade;
- Sócio da Associação 25 de Abril
- Vice-Presidente da Direcção da Delegação Centro da A25A;
- Sócio dos Bombeiros Voluntários de Almeida
- Blogger:
- Diário Ateísta http://www.ateismo.net/
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- Avenida da Liberdade http://avenidadaliberdade.org/home#
- Colaborador do Jornal do Fundão;
- Colunista do mensário de Almeida «Praça Alta»
- Colunista do semanário «O Despertar» - Coimbra:
- Autor do livro «Pedras Soltas» e de diversos textos em jornais, revistas, brochuras e catálogos;
- Sócio N.º 1177 da Associação Portuguesa de Escritores
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