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Mês: Maio 2018

31 de Maio, 2018 Carlos Esperança

Do mural do Faceboock de Alfredo Barroso*

FREIRA ESPANHOLA “EMBARAZADA” DIZ QUE FOI O ESPÍRITO SANTO

Uma freira (‘monja’) espanhola de 29 anos de idade, do ‘Convento de las Rosalinas’, em Valhadolid, causou grande reboliço ao descobrir-se que está grávida (‘embarazada’) de três meses. Mas a surpresa ainda foi maior quando ela, negando ter tido uma aventura amorosa com algum padre ou algum visitante do convento, garantiu que a criança cresceu de forma mágica no seu ventre e sem qualquer relação sexual prévia.
«Não quero pecar por imodéstia, nem ofender o Santo Padre, mas isto só pode ter sido obra do Espírito Santo, não há outra explicação possível, visto que não conheço nem alguma vez conheci homem em toda a minha vida. O Espírito Santo deve ter-me visitado em sonhos e fecundou-me. Não estou a dizer que sou uma nova virgem Maria, isso só o Vaticano é que poderá confirmar» – disse ela a quem a quis ouvir.
Em Roma há muito cepticismo perante tais afirmações e já está em marcha o processo de investigação dos movimentos desta «monja rosalina». Segundo parece já têm em vista um suspeito, nada mais nada menos do que o padeiro que todas as manhãs vai entregar o pão ao convento. Será que o malandro do padeiro se chama Espírito Santo? 😂😍😋

Foto de Alfredo Barroso.
* Alfredo Barroso, escritor, jornalista, político e ex-governante.
29 de Maio, 2018 Luís Grave Rodrigues

Cristianismo

Se o cristianismo fosse uma religião de paz, os seus membros mais extremistas seriam extremamente pacíficos…

29 de Maio, 2018 Carlos Esperança

Gazeta Ateísta — Fábrica de santos

Fábricas de santos

Por

Onofre Varela

Vimos no último artigo que a Igreja Católica mantém um departamento para fabricar santos, com laboração muito produtiva. Mas nesta treta das canonizações nem só o Vaticano labora. A Igreja Ortodoxa Russa, também. E esta foi mais longe. Ao saber que a Igreja Católica tem na calha, há imenso tempo, a ideia de canonizar o arquitecto Antoni Gaudi, autor da magnífica obra que é a igreja da Sagrada Família, em Barcelona (e que morreu atropelado por um carro eléctrico no dia 10 de Junho de 1926), a Rússia canonizará um czar: Nicolau II será São Nicolau, o portador da Paz. Mas não só ele. Toda a família (mulher e cinco filhos) está proposta para a canonização ortodoxa, não por produzirem milagres, nem por terem levado uma vida exemplar na distribuição do bem, mas sim por terem sido fuzilados pelos revoltosos bolcheviques – fraccionários do Partido Social Democrata Russo – na cave de um prédio na madrugada do dia 17 de Julho de 1917.

Recorde-se este facto histórico: O czar Nicolau II foi quem permitiu a existência faustosa do tenebroso Rasputine, alegadamente por lhe ter salvo um filho, e também foi o responsável pelo tristemente célebre Domingo Sangrento, de 9 de Janeiro de 1905, quando as tropas abriram fogo contra a marcha pacífica de 140.000 trabalhadores. Enquanto foi czar, Nicolau II fechou os olhos, os ouvidos, e encolheu os ombros, perante a profunda miséria em que vivia o povo russo, ao mesmo tempo que se convencia de ser adorado pelo mesmo povo que oprimia. Daí as execuções.

Com santos desta estirpe não tarda que se canonize, via Roma ou Moscovo, Estaline, Franco, Hitler, Mussolini, talvez Pinochet pela sua profunda catolicidade… e, quiçá, Salazar!… Sobra um problema. A nomenclatura dos santinhos já conta com um São Nicolau. O São Nicolau de Mira, dito Taumaturgo, também apelidado de São Nicolau de Bari, Itália, onde estão sepultados os seus ossos. É o santo padroeiro da Rússia, da Grécia e da Noruega, e na Arménia acumula a função de patrono dos guardas nocturnos. Nicolau era um bispo tão caridoso que ficou conhecido pela sua afinidade com as crianças. Por isso mesmo todo o mundo o conhece por Pai Natal. Para evitar confusões, o czar russo, ao ser canonizado, terá de conservar o seu número de série… São Nicolau II.

O tom brincalhão com que refiro a produção de santos, é o único modo que me parece adequado para

aludir essa prática medieval no século XXI. É impossível tomar-se a sério essa preocupação eclesiástica, e

não me venham dizer que estou a desrespeitar as ideias beatas… o que acontece, é que a actividade de

produzir santos desrespeita a minha inteligência, e é intelectualmente desonesta. Se a “qualidade de santo”

fosse conferida de modo semelhante àquele com que se atribui o título de herói a um soldado na guerra e a

um bombeiro que salvou vidas, ou da maneira como se afere a excelência de um futebolista fora de série,

um cantor, cineasta ou actor… com provas dadas e reconhecidas pelas autoridades especialistas em cada

uma das áreas, percebia-se o porquê da homenagem. Mas escolher os santinhos de acordo com os milagres

produzidos por Deus, intermediados por aquela figura morta e ressequida, e aferidos pela paranóia

eclesiástica… é demasiada brincadeira para constituir assunto sério. O processo das canonizações acaba

por nos afirmar que lá, no inexistente céu, também têm lugar as tão humanas cunhas, e os santos acabam

por fazer o papel de parasitas intermediários perante a divindade!… Isto não é ridículo?…

Onofre Varela

(O autor não obedece ao último Acordo Ortográfico)

28 de Maio, 2018 Carlos Esperança

O referendo da Irlanda e a IVG

A chegada de Trump à presidência dos EUA não foi apenas uma catástrofe para a paz, o ambiente e a ordem internacional, é um estímulo ao retrocesso civilizacional, com riscos acrescidos por um indivíduo impreparado, narcisista e imprevisível.

Não há campo onde a influência deletéria do país mais poderoso da Humanidade não se faça sentir. A escalada da extrema-direita, a explosão de nacionalismos agressivos e o recuo dos direitos humanos são a face visível de ressentimentos ocultos que explodem agora numa apoteose reacionária que augura os piores receios.

Enquanto a fome, a guerra e a miséria produzem milhões de mortos e de deslocados, por todo o mundo, as ditaduras ameaçam os países que julgavam perpétuas as democracias, e assiste-se, nos costumes, à progressão das forças mais obscurantistas.

Dos EUA aos países sul-americanos, da Ásia à Europa, há uma escalada misógina, que se abeira da patologia islâmica ou do fundamentalismo de Malta. Na Eslováquia e na Polónia reforçam-se grupos que se opõem aos direitos sexuais e reprodutivos da mulher, num ataque à sua autodeterminação sexual e ao retorno à criminalização da IVG.

É por isso que o referendo da Irlanda, com a massiva participação e expressiva maioria, favorável à liberalização do aborto, foi uma vitória histórica no país onde a IVG, mesmo nos casos de malformações fetais, incesto ou violação, é punida com penas de prisão próximas das dos homicídios.

A vitória da modernidade, onde ‘mulheres caídas’, leia-se ‘prostitutas e mães solteiras’, eram votadas a um aviltante ostracismo, é o triunfo de uma nova mentalidade nascida na ruína de uma Igreja ferida por sucessivos escândalos, e o triunfo dos direitos da mulher.

A mobilização sem precedentes do eleitorado e a amplitude do SIM à despenalização do aborto foi a resposta irlandesa à ofensiva ultraconservadora que grassa contra os direitos reprodutivos da mulher.

O resultado deste referendo, sendo um alívio para as mulheres irlandesas, é a vitória da igualdade de género, num percurso longo e doloroso que devia envergonhar os homens.

Quando uma religião exulta com a castidade e exalta a virgindade, execra a sexualidade e transforma a fonte da vida na fossa do pecado.

26 de Maio, 2018 Carlos Esperança

A fé esclarecida e o ateísmo ignorante

«Não existem apenas fundamentalistas religiosos. Também existem fundamentalistas ateus e sem religião. Também existem ateus sem religião que combatem o fundamentalismo de um ateísmo ignorante». Frei Bento Domingues, Público (LIDO – DN, 09-01-2005)

(Encontrei esta referência no meu computador)

Ateus sem religião deve ser o oposto de crentes com religião. Os crentes sem religião são supersticiosos não filiados.

Os ateus não têm livros sagrados nem são incitados a combater os fiéis. Ao contrário dos crentes, não têm o Paraíso à espera. Não os aguardam setenta virgens nem rios de mel em recompensa de atos terroristas; não ascendem aos Céus por participarem em cruzadas; não comprazem Deus a carrear lenha para queimar hereges.

É verdade que os ateus se livram do Purgatório, sítio mal frequentado, com aposentos despojados de quaisquer eletrodomésticos, sem divertimentos nem conforto, donde se sai à custa de missas de quem tem cabedais e devoção para as mandar rezar.

Também o Inferno é reservado aos crentes que discordam da teologia do látex, comem carne de porco à sexta-feira, faltam à santa missa e amam sem intuitos exclusivamente reprodutivos.

O ateísmo pode ser ignorante, ao contrário da fé. Fr. Bento não conhece os ateus e tem-nos em má conta. Mas pensar que a fé é esclarecida e que a devoção não é ignara, é miopia ou necessidade de preservar o futuro da ICAR, os seus ativos financeiros e o fausto do clero romano.

25 de Maio, 2018 Carlos Esperança

A eutanásia e o direito à vida

A vida é um direito que a direita confessional quer transformar em obrigação. Ninguém é obrigado a aceitar, para si, uma ‘morte doce’, mas o que está em causa, na tentativa de contrariar um direito individual, é a proibição daquilo a que ninguém será obrigado.

Deus não devia ser para aqui chamado. Serviu, em tempos, para justificar a cremação de quem queria viver, suspeito de adorar um deus da concorrência, de ser possuído por um demónio, criado pelos algozes, ou de heresia, apostasia ou blasfémia.

A Igreja cujo catecismo admite a pena de morte é a mesma que quer impor a obrigação de viver a quem já não suporta a vida, crente ou ateu, sem ter qualquer probabilidade de sobreviver a uma lenta e dolorosa agonia, inútil e devastadora.

Há nesta discussão, de um direito individual, quem designe a eutanásia por assassínio ou a associe a um qualquer expediente eugénico que nenhuma lei pode deixar de prever e criminalizar. É uma maldade de muitos, que não se confundem com os que discordam por convicção. Há, de um lado e do outro, pessoas de boa fé.

A campanha terrorista, instilando o medo, agora que o temor do Inferno abrandou, tem envenenado a discussão serena da legislação sobre a eutanásia. Os agitadores principais dessa campanha são os que combateram a despenalização da IVG, a que atribuíam uma explosão de abortos, e que conduziu à redução drástica da sua ocorrência.

A morte não é a antítese da vida, é o contrário do nascimento. Compreender isto facilita a reflexão sobre os limites da dor e do desespero e da resposta legal adequada.

O PCP usa um argumento débil para justificar a inoportunidade da apresentação e o seu voto contra, por não haver ninguém condenado por tal crime, esquecido de que era essa a desculpa dos católicos para combaterem a despenalização do aborto. A contabilidade política é legítima, mas devia ficar para quem defende uma ideologia que deixa morrer desamparados os desvalidos, e invoca Deus para obrigar a prolongar o sofrimento para a remissão dos pecados.

A precaução que se exige ao legislador é incompatível com o adiamento da solução para quem a agonia se prolonga sem esperança, sem remissão e sem vontade, e implora o fim do sofrimento.

23 de Maio, 2018 Carlos Esperança

Emigração para a Arábia Saudita

Legislação para estrangeiros imigrantes:

  1. Não haverá programas de Línguas Estrangeiras nas escolas.
  2. Todos os anúncios do governo e as eleições serão em Língua Nacional.
  3. Todas as questões administrativas terão lugar na nossa Língua.
  4. Os estrangeiros não serão uma carga para os contribuintes. Não terão Segurança Social nem Indemnização para Refeições, não terão Assistência Médica e nenhuma outra Vantagem Pública será concedida. Qualquer abuso será punido com expulsão.
  5. Os estrangeiros poderão investir neste país, mas a importância mínima terá que ser igual a 40.000 vezes o Salário Mínimo.
  6. Se os estrangeiros comprarem bens imobiliários, as suas possibilidades são limitadas. Certos terrenos em particular bens imóveis com acesso a água corrente, serão reservados para os nascidos cá.
  7. Os estrangeiros não podem protestar no nosso País. Nenhum tipo de manifestação, nenhuma utilização de uma Bandeira Estrangeira, nenhuma Organização Política, nenhuma Calúnia dirigida ao nosso País, ao Governo e à sua Política. Toda a violação conduzirá à expulsão.
  8. Se alguém entra neste País ilegalmente será perseguido sem piedade. Será mantido preso até à expulsão e todos os bens confiscados.

Os artigos acima detalhados, são…

… Regras de imigração vigentes na Arábia Saudita e nos Emiratos Árabes Unidos.

D1A – Não encontro uma fonte na NET, mas a origem desta informação merece-me crdibilidade.