É verdade que, por vezes, os cientistas são religiosos, ou pelo menos supersticiosos. Sir Isaac Newton, por exemplo, foi um espiritualista e alquimista bastante ridículo. Fred Hoyle, um ex-agnóstico que se apaixonou pela ideia do “desígnio”, foi um astrónomo de Cambridge que inventou o termo Big Bang. Steven Hawking não é um crente, e quando foi convidado para ir a Roma conhecer o papa João Paulo II pediu que lhe mostrassem os registos do julgamento de Galilei. E fala sem embaraço da hipótese de a Física “conhecer a mente de Deus”, o que parece agora tão inofensivo como uma metáfora, como por exemplo quando os Beach Boys cantam, ou eu digo, “só Deus sabe…”.