«Dois antigos dirigentes do banco do Vaticano condenados a prisão
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O Ministério Público tinha pedido um ano de prisão para o antigo diretor-geral Paolo Cipriani e dez meses para o vice-diretor Massimo Tulli
LUSA
Dois antigos dirigentes do banco do Vaticano (IOR) foram esta quinta-feira condenados a quatro meses e 10 dias de prisão por violarem as normas contra a lavagem de dinheiro em transações financeiras feitas em 2010.
O Ministério Público tinha pedido um ano de prisão para o antigo diretor-geral Paolo Cipriani e dez meses para o vice-diretor Massimo Tulli.»
«Ancara, 22 fev (EFE).- O Ministério turco de Defesa suspendeu nesta quarta-feira a proibição em torno do uso do véu islâmico por mulheres das Forças Armadas, informou a imprensa local.
Um decreto enviado pelo Ministério às forças de terra, ar e mar determina que as mulheres militares têm permissão de usar o véu se assim desejarem.»
Primeiro, permite-se. Depois impõe-se e, finalmente, excluem-se as mulheres das Forças Armadas.
A sharia não é um código penal, é um compêndio terrorista e misógino.
(Texto enviado por Túlio Machado)
Este texto anônimo foi encontrado escrito a ponta de facão no balcão de um bolicho[1], hoje tapera[2], no Passo do Elesbão, Quinto Distrito de Cacequi, na Província de São Pedro do Rio Grande do Sul.
Os causo[3] das escritura
Pois não sei se já lhes contei os causo das Escritura Sagrada. Se não lhes contei, lhes conto agora. A história essa é meio comprida, mas vale a pena contá por causa dos revertério. De Adão e Eva acho que não é perciso contá os causo, porque todo mundo sabe que os dois foram corrido do Paraíso por tomá banho pelado numa sanga[4]. Naqueles tempo, esse mundaréu todo era um pasto só sem dono, onde não tinha nem dele nem meu.
O primeiro índio a botá cerca de arame farpado foi um tal de Abel. Mas nem chegou a estendê o primêro fio porque levou um pontaço[5] nos peito do irmão dele, um tal de Caim, que tava meio desconforme com a divisão. O Caim, entonces, ameaçado de processo feio, se bandeou pro Uruguay. Deixou o filho dele, um tal de Noé, tomando conta da estância. A estância essa ficava nas barranca de uma corredêra e o Noé, uns ano despois, pegou uma enchente muito feia pela frente. Côsa muito séria…
Caiu água uma barbaridade! Caiu tanta água que tinha até índio pescando jundiá em cima de cerro. O Noé entonces botou as criação em cima de uma balsa e se largou nas correnteza, o índio velho. A enchente era tão braba que quando o Noé se deu conta a balsa tava atolada num banhado chamado Delúvio. Foi aí que um tal de Moisés varou aquela água toda com vinte junta de boi e tirou a balsa do atolêro.
Bueno, aí com aquele desporpósito, as família ficaram amiga. A filha mais velha do Noé se casou-se com o filho mais novo do Moisés e os dois foram morá numa estância muito linda, chamada estância da Babilônica.
Bueno, tavam as família ali, tomando mate no galpão, quando se chegou um correntino [6]chamado Golias, com mais uns trinta castelhano do lado dele. Abriram a cordeona[7] e quiseram obrigá as prenda a dançá uma milonga. Foi quando os velho, que eram de muito respeito, se queimaram e deu -se o entrevêro. Peleia braba, seu. O correntino Golias, na voz de vamos, já se foi e degolou de um talho só o Noé e o velho Moisés. E já tava largando planchaço[8] em cima do mulherio quando um piazito carretêro, de seus dez ano e pico, chamado Davi, largou um bodocaço no meio da testa do infeliz que não teve nem graça. Foi me acudam e tou morto. Aí a indiada toda se animou e degolaram os castelhano. Dois que tinham desrespeitado as prenda foram degolado com o lado cego do facão. Foi uma sangüêra danada. Tanto que até hoje aquele capão é chamado de Mar Vermelho.
Mas entonces foi nomeado delegado um tal de major Salomão. Homem de cabelo nas venta, o major Salomão. Nem les conto! Um dia o índio tava sesteando quando duas velha se baterem em cima dum guri de seus seis ano que tava vendendo pastel. O major Salomão, muito chegado ao piazito, passou a mão no facão e de um talho só cortou as velha em dois. Esse é o muito falado causo do Perjuízo de Salomão que contam por aí.
Mas, por essas estimativas, o major Salomão, o que tinha de brabo tinha de mulherengo. Eta índio bueno, seu. Onde boleava a perna, já deixava filho feito. E como vivia boleando a perna, teve filho que Deus nos livre. E tudo com a cara dele, que era pra não havê discordânça. Só que quando Deus Nosso Senhor quer, até égua véia nega estribo.
Logo a filha das predileção do major Salomão, a tal de Maria Madalena, fugiu da estância e foi sê china de bolicho[9]. Uma vergonhêra pra família! Mas ela puxou a mãe, que era uma paraguaia meio gaudéria que nunca tomô jeito na vida. O pobre do major Salomão se matou-se de sentimento, com uma pistola Eclesiaste de dois cano.
Mas, vejam como é a vida. Pois essa mesma Maria Madalena se casou-se três ano despois com um tal de coronel Ponciano Pilatos. Foi ele que tirou ela da vida. Eu conheço uns três causo do mesmo feitio e nem um deles deu certo. Como dizia muito bem o finado meu pai, mulher quando toma mate em muita bomba[10], nunca mais se acostuma com uma só.
Mas nesses contraproducente, até que houve uma contrapartida. O coronel Ponciano Pilatos e a Maria Madalena tiveram doze filho, os tal de apóstos, que são muito conhecido pelas caridade que fizeram. Foi até na casa deles que Jesus Cristo churrasqueou com a cunhada de Maria Madalena, que despois foi santa muito afamada. A tal de Santa Ceia.
Pois era uns tempo muito mal definido. Andava uma seca braba pelos campo. São José e a Virge Maria tinham perdido todo o gado e só tavam com uma mula branca no potrêro, chamada Samaritana. Um rico animal, criado em casa, que só faltava falá. Pois tiveram que se desfazê do pobre.
E como as desgraça quando vem, já vem de braço dado, foi bem aí que estouraram as revolução. Os maragato[11], chefiado por uma tal de coronel Jordão acamparam na entrada da Vila. Só não entraram porque tava lá um destacamento comandado pelo tenente Lázo, aquele mesmo que por duas vez foi dado por morto. Mas aí um cabo dos provisório[12], um tal de cabo Judas, se passou-se pro maragato e já se veio uns tal de Romano, que tavam numas várzea e ocuparam a Vila.
Nosso Senhor foi preso pra ser degolado por um preto muito forte e muito feio chamado Calvário. Pois vejam como é a vida. Esse mesmo preto Calvário, degolador muito tal afamado, era filho da velha Palestina, que tinha sido cozinhêra da Virge Maria. Degolador é como cobra, desde pequeno já nasce ingrato. Mas entonces botaram Nosso Senhor na cadeia, junto com dois abigeatário um tal de João Batista e o primo dele, Heródio dos Reis. Os dois tinham peleado por causo de uma baiana chamada Salomé e no entrevero balearam dois padre, monsenhor Caifás e o cônego Atanásio.
Mas aí veio uma força da Brigada, comandada pelo coronel Jesus Além que era meio parente do homem por parte de mãe e com ele veio mais três corpo de provisório e se pegaram com os maragato. Foi a peleia mais feia que se tem conhecimento. Foi quarenta dia e quarenta noite de bala e bala. Morreu três santo na luta: São Lucas, São João e São Marco. São Mateus ficou três mês morre não morre, mas teve umas atenuante a favor e salvou-se, o índio…
Nosso Senhor pegou três balaço, um em cada mão e um que varou os pé de lado a lado. Ainda levou mais um pontaço do mais velho dos Romano, o César Romano na altura das costela. Ferimento muito feio que Nosso Senhor curou tomando vinagre na sexta-feira da paixão…
Mas aí, Nosso Senhor se desiludiu-se dos home, subiu na Cruz, disse adeus pros amigo e se mandou-se de volta pro Céu. Mas deixou os dez mandamento, que são cinco e que se pode muito bem acolherá em dois:
1º – Não se mata home pelas costa,
2º – Nem se cobiça mulher dos ôtro pela frente.
Notas:
As notas de rodapé para melhor compreensão do texto são do Dicionário Vocabulário Sul-Riograndense. Editora Globo de Porto Alegre, RS
[1] Bolicho: Pequena taberna.
[2] Tapera: Casa de campo abandonada quase sempre em ruínas.
[3] Causo: O mesmo que caso, história, qualquer narrativa contada a beira do fogo nos galpões das estâncias.
[4] Sanga: Arroio despraiado que facilmente seca. Regato. Arroio pequeno.
[5] Pontaço: Golpe dado com qualquer instrumento perfuro cortante.
[6] Correntino: Argentinos da Província de Corrientes na fronteira como Rio Grande do Sul, donde nem bom vento…
[7] Cordeona: Gaita de foles; o mesmo que acordeona. Sanfona, acordeão.
[8] Planchaço: Golpe dado com a folha do facão.
[9] China no bolicho: Mulher morena de aspecto semelhante ao das chinas. Mulher de vida fácil.
[10] Toma mate em muita bomba: Tomar chimarrão com muitos e por isso já não acostuma com uma só bomba. Bomba é o canudo de prata que introduzido na cuia permite matear, sorver a água quente em infusão na erva mate.
[11] Maragato: Nome ou apelido dos revolucionários de 1893 e membros do partido que dominou a situação política.
[12] Provisório; Soldado auxiliar da milícia estadual organizados em tempos de revolução.
Professora ameaçada por pais muçulmanos por usar “trajes ofensivos”
«Docente foi obrigada a trabalhar a partir de casa após ter recebido ameaças de morte. Tudo por causa da sua indumentária que, aos olhos dos pais de crianças muçulmanas, era “ofensiva”.
Trish O’Donnell, uma professora da escola primária de Clarksfield, em Oldham, na Inglaterra, viu-se forçada a trabalhar a partir de casa depois de ter recebido ameaças de morte.
Essas ameaças, refere o Daily Mail, foram feitas por pais ultra-conservadores de alunos muçulmanos que condenaram a indumentária que usa nas aulas, alegando que as suas roupas são “ofensivas”.
A mesma fonte diz até que este conjunto de encarregados de educação se têm juntado para planear um ato de ‘islamização’ da escola, fazendo várias ameaças a parte do staff da instituição para que os seus ideais ultra-conservadores sejam respeitados e seguidos na escola.
É de referir que esta escola primária acolhe crianças maioritariamente crianças oriundas do médio oriente, sendo a maioria dos alunos paquistanesa e que, por enquanto, ainda nem sabem falar inglês.
Recaem ainda suspeitas de alienação do próprio diretor da escola, Nasim Ashraf, que, em 2013, chegou a dar lições sobre o islamismo juntamente com a mulher, tendo depois obrigado parte do staff a circular nas instalações da escola com um véu que lhes cobrisse a cara.»
(Enviado por Paulo Franco)
Os cientistas tendem, por natureza, a ser cautelosos em relação a tudo o que diz respeito à religião, mesmo quando expressam ceticismo (através da ironia).
O insigne fisiólogo Anton J. Carlson, quando questionado sobre a declaração ex cathedra (isto é, infalível) do papa Pio XII acerca da ascensão do corpo da Virgem Maria ao céu terá respondido que não podia ter a certeza, porque não estivera lá, mas não tinha qualquer dúvida quanto ao facto de ela ter desmaiado ao atingir os 9000 metros de altitude.
Texto retirado do livro de Edward O. wilson “O sentido da vida”.
” Um milagre não é dar vida ao corpo extinto
Ou luz ao cego, ou eloquência ao mudo…
Nem mudar água pura em vinho tinto…
Milagre é acreditarem nisso tudo.”
( Mário Quintana)
(Texto enviado por Casa do Oleiro)
A humanidade surgiu como um acidente da evolução, como o produto de uma mutação aleatória da seleção natural.
A nossa espécie foi apenas o resultado final de muitas curvas e contracurvas numa única linhagem de primatas do velho mundo.
Existem hoje em dia várias centenas de outras espécies nativas, descendentes de outras linhagens destes primatas, cada qual o resultado das suas próprias curvas e contracurvas. Podíamos facilmente ter sido apenas mais um australopitecíneo com um cérebro do tamanho do de um macaco, recolhendo fruta e tentando apanhar peixe, e acabando depois, mais tarde ou mais cedo, por extinguir-nos, tal como aconteceu com outros australopitecíneos.
Ao longo de 400 milhões de anos em que animais de grande porte ocuparam terra firme, o Homo sapiens foi o único a desenvolver uma inteligência suficientemente elevada para criar uma civilização.
Os pré-humanos possuíam determinadas vantagens, que influenciaram a direção em que seguiu a sua evolução subsequente. Entre estas incluíam-se, ao inicio, uma vida passada em parte nas árvores e a utilização livre dos membros dianteiros que esse tipo de vida permitia. Situação arcaica depois alterada para uma vida passada maioritariamente no solo.
Antepassados com cérebros grandes e um imenso continente com clima ameno e vastas pradarias intercaladas de florestas secas, a estas pré-condições juntaram-se os incêndios frequentes, que promoveram o crescimento de plantas herbáceas e arbustivas. Mais importante ainda, os incêndios tornaram possível uma mudança dietética para a carne cozinhada (que potenciou, ao longo de milhares de gerações, a diminuição do aparelho intestinal-digestivo e o subsequente aumento do tamanho cerebral).
Esta invulgar associação de circunstâncias no decurso da corrida evolutiva, em combinação com a sorte (ausência de alterações climáticas devastadoras e quaisquer pandemias graves), tudo jogou a favor dos primeiros humanos.
Comportando-se como deuses, os seus descendentes disseminaram-se por vastas porções da Terra. Tornámo-nos senhores do planeta e tagarelamos frequentemente
acerca da sua destruição – Guerra nuclear, alterações climáticas ou segunda vinda apocalíptica pressagiada pelas Sagradas escrituras.
O que nos impede de tornar o planeta num paraíso é o facto de o Homo sapiens ser uma espécie em que a sua disfuncionalidade é inata. Somos prejudicados pela maldição do Paleolítico: adaptações genéticas que funcionaram muito bem durante os milhões de anos da nossa existência como caçadores-recolectores, mas que se revela cada vez mais um obstáculo numa sociedade globalmente urbana e tecnocientífica.
Texto de Edward O. Wilson.
“Mais do que em qualquer outra época, a humanidade está numa encruzilhada. Um caminho leva ao desespero absoluto, o outro à extinção. Vamos rezar para que tenhamos a sabedoria de saber escolher a primeira.” Woody Allen.
O Diário de uns ateus é o blogue de uma comunidade de ateus e ateias portugueses fundadores da Associação Ateísta Portuguesa. O primeiro domínio foi o ateismo.net, que deu origem ao Diário Ateísta, um dos primeiros blogues portugueses. Hoje, este é um espaço de divulgação de opinião e comentário pessoal daqueles que aqui colaboram. Todos os textos publicados neste espaço são da exclusiva responsabilidade dos autores e não representam necessariamente as posições da Associação Ateísta Portuguesa.