Um imã publicou foto de freiras a divertirem-se na praia após a proibição do burquíni.
Leia mais sobre esse assunto em httpoglobo.globo.commundomuculmano-cria-polemica-ao-publicar-foto-de-freiras-em-praia-da-italia-19957349#ixzz4Hse5tEIq
Diário de uns ateus – É esta a vulnerabilidade da lei (justa) que proíbe a provocação do burquíni.
Um grupo de muçulmanos extremistas começou a incitar todos os muçulmanos do Mundo inteiro para nunca mais consumirem tomates, dado terem sido classificados como “alimentos cristãos” porque, quando cortado em duas metades, o seu interior tem a forma de uma cruz.
Observação – Neste caso os cristãos só podem ser acusados de falta dos ditos.
À primeira vista, a proibição do burkini parece a limitação administrativa da liberdade da mulher quanto à escolha do vestuário, tanto mais surpreendente por se tratar de uma sociedade que aceita pacificamente o topless, o nudismo e a diversidade cultural.
Quando 12 municípios franceses tomam uma medida repressiva, aparentemente contra a pudicícia, não é um apelo ao naturismo, é uma medida contra o desafio à democracia e à discriminação de género que o Wahhabismo florescente estimula.
O burkini está para a hidrosfera como a burka para a litosfera, na esfera islâmica radical.
O burkini não é uma nova linha estilística de fatos de banho femininos, é a aplicação de uma medida de confronto com a sociedade francesa, laica e secularizada. Não é um ato de rebeldia feminina, é uma provocação para obrigar à repressão, para manter a mulher submissa em relação ao homem e a Alá, e a obediência cega ao clero sunita que vocifera nas madraças e mesquitas contra os infiéis. Não marca o início de uma linha islâmica de fatos de banho, é a continuação de uma agenda política de confronto civilizacional.
Paradoxalmente, os ideólogos (os, não as) do burkini já ganharam a primeira batalha, a da proibição que os vitimiza, o da publicidade que empolga outros radicais para a causa islâmica, a do ódio ao outro, que estimula a reciprocidade.
O burkini não é o adereço têxtil para ‘banhos de mar’, é um instrumento de ação política para ‘banhos de sangue’.
Refletindo sobre perigos religiosos, convém referir que o Wahhabismo é um movimento muçulmano ortodoxo e ultraconservador, referido como ‘seita’ do islamismo sunita.
Ligado à formação da Arábia Saudita, está na vanguarda do fundamentalismo islâmico e é a raiz ideológica do Estado Islâmico, que pratica uma interpretação literal do Corão.
Aliás, a Arábia Saudita, é o berço e o patrocinador do terrorismo islâmico a nível global, e o exportador do Wahhabismo. As suas enormes reservas de petróleo e baixo custo de exploração sustentam uma família real corrupta e corruptora e a uma teocracia cruel que financia, com biliões de petrodólares, partidos políticos nos EUA e na Europa, enquanto submete as mulheres a condições impiedosas, mesmo para padrões islâmicos.
Um dia saber-se-á por que motivo os quatro execráveis Cruzados (Bush, Blair, Aznar e Barroso), face ao crime financiado, organizado e cometido por sauditas contra as Torres Gémeas de Nova Iorque, decidiram, perante o clamor público, retaliar contra o Iraque.
Ontem, no jornal Libération, o editor egípcio Aalam Wassef previne contra a influência do Wahhabismo, também conhecido por salafismo, hoje indiferenciável (embora tenha origem e passado diferente), cujo burkini é um dos símbolos femininos, quer as mulheres que o usam tenham consciência disso ou não.
Wassef, num artigo bem documentado e ponderado, defende a interdição do burkini por autarcas da Córsega e de Cannes, afirmando que fizeram o que deviam. Denuncia, aliás, o ‘Coletivo Contra a Islamofobia em França’ (CCIF), que acusou os referidos autarcas de islamofobia, de ter o direito, por opção ou ignorância, de se associar ao Wahhabismo, e ao Estado francês o direito e dever de defender o conjunto dos seus cidadãos.
O Wahhabismo é uma seita que apela ao martírio, ao terrorismo cego e ao proselitismo demente, baseada no Corão e na Suna. Quer impor a sharia e submeter ou matar todos os que rejeitam a sua interpretação. Sendo o mais jovem e rico ramo do Islão, nascido na Arábia Saudita e com metástases no Qatar e no Kuwait, tem o poder e projeção para semear o terror a nível global.
Não podemos andar distraídos. O burkini esconde o Wahhabismo.
Em França, os autarcas estão a proibir progressivamente o ‘burkini’ em praias e piscinas públicas, em nome da segurança, depois de conflitos violentos entre islamitas e não islamitas.
A religião tem um potencial de detonação de violência e ódio que não pode surpreender-nos, e adiar decisões que minimizem os conflitos não é a melhor solução.
O burkini, feito do mesmo tecido do biquíni, não pode ser proibido em nome da higiene, e o respeito pelas liberdades individuais devia admiti-lo pois, ao contrário da burka e do capacete das motos, não ocultam a identificação que as razões de segurança impõem.
A questão reside no confronto que o Islão procura e a extrema-direita europeia aplaude, uma exibição da pertença religiosa que faz parte do proselitismo e que o comunitarismo estimula para fazer prova de força e provocar o martírio que atrai indecisos para a jihad.
A Europa, que amoleceu a defesa da laicidade, encontra-se sem armas e sem razão para proibir no espaço público, que deixou confiscar por outras religiões, adornos que visam o confronto, e é obrigada, em nome da democracia, a defender os provocadores.
Todas as religiões têm uma agenda política, e os monoteísmos prosélitos não descuram o seu cumprimento. O cristianismo não deixa de impor nomes de santos a cidades, vilas, aldeias, bairros, ruas e aeroportos, e tenta colocar a parafernália pia, crucifixos, imagens de santos e da Senhora de Fátima, nos corredores das enfermarias dos hospitais públicos e nas paredes dos edifícios do Estado e das autarquias, em Portugal.
Quando tal acontece com o cristianismo, cuja repressão sobre o clero, levou à aceitação da laicidade, sabe-se o que acontece com o mais implacável dos monoteísmos, na fase atual, em obediência ao guerreiro a quem atribuem a cópia grosseira do judaísmo e do cristianismo, sem Renascimento, Reforma, Iluminismo e Revolução Francesa!
Não é por mera devoção que, aos fins de semana, hordas de muçulmanos de várias localidades invadem Paris e fecham ruas ao trânsito para rezarem virados para Meca.
As religiões são associações de crentes, que devem ser respeitadas e submetidas a todas as obrigações legais de qualquer outro tipo de associação. Sem imposição do laicismo, sem efetiva separação das Igrejas e do Estado, as medidas avulsas estão condenadas ao fracasso.
O burkini não esconde o corpo da mulher (direito que lhe assiste), exibe a submissão à religião e ao homem e indica a vontade de provocação a uma sociedade secularizada e cosmopolita que o Islão está apostado em destruir.
Papa:
Assunção de Maria, mistério que diz respeito a todos
Francisco durante o Angelus – ANSA
Cidade do Vaticano (RV) – O Papa Francisco voltou à janela do Palácio Apostólico nesta segunda-feira (15/08), feriado no Vaticano por ocasião da Solenidade da Assunção de Maria.
Aos milhares de fiéis reunidos na Praça São Pedro, o Papa disse que Maria nos precede na “estrada dos batizados”, recordou as vítimas inocentes que “não têm peso sobre a opinião mundial” e todas as mulheres que vivem situações dramáticas:
É dos horrores mais sinistros cometidos pelos homicidas de Franco no início da sublevação que derrubou a República espanhola.
O governo legal tinha contra si o fascismo, que se expandia na Europa, e a feroz hostilidade da Igreja católica. A sublevação, além de apoiada por Hitler e Salazar, foi abençoada pelo Vaticano que concedeu o carácter de Cruzada às forças rebeldes e jamais quebrou o silêncio perante as atrocidades dos seus.
Em Badajoz, após violentos combates, iniciados no dia 12, os resistentes renderam-se a 14. E foram prontamente fuzilados pelas tropas sublevadas, comandadas pelo general Juan Yagüe, que, após a guerra civil, viria a ser ministro da Força Aérea, de Franco. Ficou conhecido como ‘o carniceiro de Badajoz’.
Os historiadores admitem que possam ter chegado a 4.000 (10% da população da cidade) as vítimas do massacre, sumariamente fuziladas e cuja investigação foi [e é] impedida.
Como nota de nojo pelo regime salazarista, deve acrescentar-se que a GNR prendeu as vítimas que se refugiaram do lado de cá da fronteira e entregou-as para serem fuziladas, enquanto os sediciosos foram protegidos em solo português antes da rendição.
Faz hoje 80 anos e a Espanha ainda sangra.
O Diário de uns ateus é o blogue de uma comunidade de ateus e ateias portugueses fundadores da Associação Ateísta Portuguesa. O primeiro domínio foi o ateismo.net, que deu origem ao Diário Ateísta, um dos primeiros blogues portugueses. Hoje, este é um espaço de divulgação de opinião e comentário pessoal daqueles que aqui colaboram. Todos os textos publicados neste espaço são da exclusiva responsabilidade dos autores e não representam necessariamente as posições da Associação Ateísta Portuguesa.