Cardeal espanhol convida à desobediência civil
O cardeal arcebispo de Valência, Antonio Cañizares, (foto) pediu aos católicos que desobedeçam às leis que considera injustas, baseadas na “ideologia mais insidiosa e destruidora da humanidade de toda a história, que é a ideologia de género”.
E ninguém o prende!
Os que no último domingo, apoiados pelos bispos, foram vociferar contra os cortes nos contratos com os colégios, junto à AR, são os mesmos que se manifestariam a favor dos cortes no Colégio Alemão, Colégio Valsassina, Liceu Francês ou Colégio Moderno, da família Soares, se porventura, qualquer deles, gozasse de tão obsceno privilégio.
E o que não se diria – e com razão –, do Colégio Moderno, fundado pelo grande pedagogo, Dr. João Soares!
Não lhes bastava que a escola pública pagasse a propagação da fé católica a professores nomeados discricionariamente pelos bispos e pagos obrigatoriamente pelo Estado, ainda querem que as escolas confessionais sejam mantidas pelo Orçamento.
Os bispos perderam a cabeça e a compostura e deixaram cair a mitra. Na peregrinação das esmolas, em que marchavam amigos do peito e da hóstia, os bispos recolheram-se ao Paço, pousaram o báculo e mandaram arear o anelão e engomar a mitra, enquanto as crianças empunhavam cartazes.
Em frente à Assembleia da República, no dia seguinte ao 28 de maio, um pároco erguia um cartaz, «A escola do meu filho escolho eu», enquanto esperava quem lho segurasse. Uma criança exibia, ufana, outro cartaz, «Deixem o meu filho continuar a estudar na melhor Escola», sobrando-lhe em entusiasmo os anos que lhe faltavam para a paternidade.
Quem visse aquela chinfrineira pia, sem a imagem peregrina da Senhora de Fátima, sem andores, apenas com pendões amarelos, empunhados por mordomos com opas da mesma cor, havia de pensar que o ensino privado tinha sido proibido, os padre-nossos interditos e as Ave-Marias postas no índex.
Aquilo não foi uma manifestação de fé, foi uma epidemia de febre amarela, com erro de itinerário que levou os enfermos ao parlamento e os afastou do Instituto de Medicina Tropical.
Não se discute o direito à manifestação, está em causa uma doença infetocontagiosa.
Ungidos pelos bispos, os apóstolos das escolas privadas pagas com dinheiros públicos, organizaram uma cruzada para conquistar Lisboa aos mouros. Nos púlpitos, pregadores incitaram os fiéis. Agitaram-se as mitras, ergueram-se anelões, brandiram-se os báculos, foram concedidas indulgências plenas aos peregrinos e lançada uma fatwa ao Governo.
Sem novenas, missas ou orações pias, mal confessados e pior comungados, fizeram-se à estrada os peregrinos, a exigir o dízimo aos excomungados. No bornal ia a rasteira que pregaram ao PR e a mentira engendrada do Tribunal de Contas. Como ensina a sharia romana, é lícito mentir em benefício de Deus; o ensino privado não é sacramento, por lapso, e os contratos de associação não são o 11.º mandamento, por não caberem no decálogo.
Os colégios, para cujo funcionamento os senhores bispos reclamam o dízimo, situam-se em zonas pobres, para filhos de operários e trabalhadores rurais. São colégios de Viana do Castelo (2) [Caminha-1 e Cerveira-1]; Braga (8) [Braga-3, Barcelos-2, Famalicão-2 e Vizela-1]; Porto (4) [Amarante-1, Gondomar-1, Santo Tirso-1 e Trofa-1]; Vila Real (1); Aveiro (4) [Aveiro-2, Feira-1 e Mogofores-1]; Viseu (1) [Lamego]; Guarda (2) [Seia-1 e Arrifana-1], Castelo Branco (3) [Covilhã-1, Sertã-1 e Proença a Nova-1], Coimbra (8) [Coimbra-7 e Figueira da Foz-1]; Leiria (3) [Leiria-1, Ansião-1 e Caldas da Rainha-1]; Lisboa (1).
Nestas localidades, onde não chegou o ensino oficial, o direito de escolha é a exigência que o episcopado reclama e a caridade exige.
Líderes religiosos defendem direito a “bater ligeiramente” nas mulheres
27 DE MAIO DE 2016 – 19:36
A proposta é do Conselho de Ideologia Islâmica, no Paquistão, e prevê o “bater ligeiramente” em situações de recusa de sexo ou de falta de banho.
REUTERS / Akhtar Soomro – Lusa
Os líderes religiosos no Paquistão defendem que os homens devem ter o direito de “bater ligeiramente” nas respetivas mulheres caso estas por exemplo recusarem ter relações sexuais sem qualquer justificação religiosa.
A proposta do Conselho de Ideologia Islâmica (CII) foi tornada pública esta semana e gerou esta sexta-feira uma vaga de indignação entre os internautas paquistaneses, as organizações de direitos humanos e em alguns ‘media’ daquele país.
O controverso projeto de lei foi apresentado em resposta a uma legislação progressista adotada em fevereiro último em Pendjab, que prevê mais direitos e uma maior proteção para as mulheres daquela província, a mais populosa do Paquistão.
Vejam o vídeo, uma amostra de muitos outros de idêntico teor, que revela bem o estado de saúde mental em que muita gente se deixa afundar.
“As estrelas caem todas na Terra e fica o Céu negro (evidentemente); a Lua também cai; aparece um cara iluminado (ou não se via, que estava tudo escuro), com boné e farda tipo militar (lembrando Fidel, Guevara, Chaves ou Maduro), ricamente vestido (muito ouro e até a trombeta era feita desse metal); a menina sentiu-se arrebatada e tem pena de o não ter sido na verdade; claro que esteve na presença de Deus.”
Só a estrela Sol é umas centenas de vezes maior que a Terra, coisa que a menina por certo desconhece. Existem estrelas muito maiores que o Sol. Mesmo assim… caíram todas no nosso Planeta! Por que motivo o Divino viria de trombeta? Onde a menina se terá inspirado? E qual a razão de optar por trajes enriquecidos a ouro? Que modéstia…
Depois as revelações… quais revelações?
E muita gente tira partido de crendices tão ou mais absurdas.
(Enviado por Leopoldo Pereira)
25 Mai, 2016 – 18:28
A sala de imprensa da Santa Sé considera perfeitamente normais as saídas de dois experientes administradores, dizendo que estas se devem a “opiniões e reflexões legítimas”.
Demitiram-se esta quarta-feira dois membros da administração do Banco do Vaticano.
Os dois experientes banqueiros Clemens Börsig e Carlo Salvatori, respectivamente alemão e italiano, demitiram-se por discordarem sobre a forma de gerir a instituição.
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