Vaticano fechou 5.000 contas “suspeitas”
A decisão foi tomada depois de feita uma auditoria interna ao Instituto para as Obras da Religião (banco do Vaticano).
A nebulosidade desta instituição bancária prova que não é a limpeza das almas que a seduz, dada a longa tradição no branqueamento de capitais que a transformou em lavandaria.
Na sequência do atropelo à laicidade nas escolas de Castelo de Paiva, que interromperam as aulas para que os professores, funcionários e alunos fossem esperar a imagem de “Nossa Senhora de Fátima” [sic], dentro do horário letivo, a AAP reclamou junto do ministro da Educação, dando conhecimento aos grupos parlamentares.
Email recebido do PEV:
«Grupo Parlamentar Os Verdes [email protected] por gmail.com
Anexos12:17 (Há 4 horas)
para Associação Ateísta Portuguesa
Exmo. Senhor,
Encarregam-me os senhores deputados – Heloísa Apolónia e José Luís Ferreira – de acusar a receção e agradecer a sua mensagem eletrónica, acompanhada pela carta que endereçou ao Ministro da Educação, que mereceu a sua melhor atenção.
Sem mais de momento, apresentamos os melhores cumprimentos,
Joana Gomes da Silva
Chefe de Gabinete»
Depois de um processo de reislamização conduzido pelo autoritário presidente Erdogan, a Turquia caminha a passos largos para uma teocracia, à semelhança do que sucede nos países onde a demência religiosa se impôs.
O laicismo, que a Constituição turca impede de ser revogado, já foi posto em causa pelo presidente do Parlamento que pede uma nova Constituição religiosa e o fim do laicismo.
A escalada muçulmana avança.
Porém, sua morte não foi vã, porque seus dois filhos também aceitaram a Jesus ao ver sua fidelidade.
Uma mulher cristã nova-convertida foi assassinada por seu marido e outros fanáticos muçulmanos por causa de sua escolha de abandonar o islamismo. Porém, sua morte não foi vã, porque seus dois filhos também aceitaram a Jesus ao ver sua fidelidade.
Quando estava agonizando, ela manteve-se firme em sua decisão de seguir a Cristo, o que deixou os dois filhos tocados de forma impactante, e eles resolveram abraçar a fé de sua mãe, e até falaram do Evangelho a um amigo.
Essa é a história de uma mulher etíope chamada Workitu, de acordo com um relatório da Missão Portas Abertas nos Estados Unidos. Ela teria se convertido do islamismo para o cristianismo em agosto do ano passado.
Texto retirado do livro de Daniel C. Dennett “Quebrar o feitiço”,
por
Paulo Franco.
A postulação de efeitos invisíveis e indetetáveis que (ao contrário dos átomos e dos germes) são sistematicamente imunes a confirmação ou não-confirmação é tão comum nas religiões que esses efeitos são por vezes considerados definitivos. Nenhuma religião carece deles e algo que não os possua não é realmente uma religião, por muito que seja assim considerada a outros títulos.
Por exemplo, os sacrifícios intrincados a deuses encontram-se em toda a parte e, evidentemente, em nenhum lugar os deuses emergem da invisibilidade e se sentam para saborear o belo porco assado ou beber o vinho. O vinho é vertido sobre o chão ou no fogo, onde os deuses podem apreciá-lo numa privacidade inobservada e o consumo dos alimentos realiza-se queimando-o ou delegando-o aos xamãs, que os comem como parte dos seus deveres oficiais – que conveniente!
Como de costume, não temos de implicar os xamãs, individualmente, ou mesmo como um grupo difuso de conspiradores, na elaboração desta base racional, já que ela
poderia surgir através da replicação diferencial de ritos, mas os xamãs teriam de ser bastante obtusos para não apreciar tanto esta adaptação como a necessidade de afastar as atenções dela. Nalgumas culturas, surgiu uma solução mais igualitária: toda a gente come os alimentos que, de alguma forma, foram também consumidos de forma invisível e não-destrutiva pelos deuses. Os deuses têm o seu tributo e nós sentamo-nos à mesa também. A transparência deste arranjo tão conveniente não será arriscada? Sim, pelo que é quase sempre protegida por um segundo véu: “Estes mistérios ultrapassam toda a compreensão! Nem sequer tente compreendê-los!” O mais frequente é que seja providenciado um terceiro véu: é proibido fazer demasiadas perguntas sobre estes mistérios.
Duas outras práticas correntes dos xamãs são os truques de mãos, tais como a ocultação de entranhas de animais que podem depois ser milagrosamente «removidas» do torso da pessoa afetada, numa «cirurgia psíquica», e o truque de estar amarrado de pés e mãos e, de alguma forma, fazer com que a tenda abane ruidosamente. No enorme espaço de planeamento intencional de possibilidades, estas três formas parecem ser as mais acessíveis para criar efeitos «sobrenaturais» espantosos para impressionar os clientes, já que têm sido redescobertas repetidamente.
Um dos factos mais interessantes sobre estes atos inconfundíveis de ludíbrio é que os seus praticantes, quando pressionados por antropólogos indagadores, exibem uma vasta gama de reações. Por vezes, obtemos uma admissão franca de que estão conscientemente a usar truques dos espetáculos de magia para enganar os clientes, o que, ocasionalmente, defendem como o tipo de «desonestidade sagrada» (pela causa). E noutros casos, o que é mais interessante, uma espécie de nevoeiro santo de incompreensão e mistério abate-se de súbito sobre o entrevistado, protegendo-o de outros questionários corrosivos.
Estes xamãs não são exatamente burlões nem todos, pelo menos – mas, no entanto, sabem que os efeitos que obtêm são segredos do ofício que não devem ser revelados aos não-iniciados, sob pena de os seus efeitos serem diminuídos. Todos os padres e pastores, todos os imãs e rabinos, todos os gurus sabem a mesma coisa, e a mesma gradação, da plena consciência à inocência, pode encontrar-se hoje em dia nas práticas dos pregadores revivalistas, como foi revelado em “Marjoe”, o documentário vencedor de um Óscar que seguiu Marjoe Gortner, um jovem pregador evangélico carismático que perdeu a fé, mas voltou a ser pregador para revelar os truques do ofício.
Neste filme perturbante e inesquecível, revela como faz as pessoas desmaiarem quando põe as mãos sobre elas, como as incita a fazerem declarações apaixonadas do seu amor por Jesus, e principalmente, como as leva a despejarem a carteira na bandeja da coleta.
Há 42 anos saíram do Posto de Comando da Pontinha as primeiras notícias sem censura e, em breve, começaram a florir cravos nos canos das espingardas.
No Chiado, cercado no quartel da GNR, espavorido e incrédulo, com ministros a chorar, Marcelo Caetano, sitiado pela coragem serena de Salgueiro Maia, implorou um general para se render. Não foi o melhor quem recebeu o poder, mas era demasiado mau o que o entregava. No largo, em frente, o povo vitoriava os heróis, o capitão e os soldados que, de Santarém, ousaram vir escrever a página mais bela dessa madrugada.
Vaso Lourenço estava preventivamente desterrado nos Açores, com Melo Antunes, mas a operação que Otelo tinha desenhado já era imparável. De Viseu, tinha saído o capitão Gertrudes da Silva com uma coluna militar tornada poderosa com os decididos capitães que, de Aveiro e da Figueira da Foz, se lhe juntaram. De Lamego, Delgado da Fonseca marchava sobre o Porto e, em Lisboa, o major Cardoso Fontão prendia o governador militar e os seus capitães seguiram-no na coragem e determinação.
Na RTP e na Rádio já garantiam as primeiras notícias sem censura os capitães do MFA. Costa Martins encerrara o espaço aéreo nacional e controlava o aeroporto da Portela de Sacavém. Por todo o País, os capitães do MFA faziam História na madrugada de todos os sonhos, na mais heroica façanha militar de sempre, em nome da Liberdade.
Na Pontinha, as comunicações militares estavam ao serviço da Revolução, com Garcia Leandro a atender as chamadas dos contrarrevolucionários, em patético desespero, e Otelo seguia a evolução das tropas libertadoras. Da Guarda, o solitário capitão do MFA, Monteiro Valente, depois de ter sublevado o Regimento e deixado preso o Comandante, seguiu para Vilar Formoso a encerrar a fronteira e a prender os pides.
Por todo o País, o suave milagre da paz era obra dos que sofreram a guerra mais injusta, inútil e criminosa que a ditadura fascista pensou poder eternizar.
Nas colónias a guerra já estava perdida, militar e politicamente. Em Portugal, a paz e a democracia acordavam um povo que o medo oprimira, durante 48 anos, para o banquete da liberdade.
Hoje, jazem no esquecimento as centenas de capitães que arriscaram a vida para pôr fim ao pesadelo salazarista que o seu sucessor, politicamente incapaz, prosseguiu.
Há 42 anos ruíram as cadeiras dos biltres da ditadura, não pelo caruncho que as corroeu, mas pela coragem dos militares que as desconjuntou. A conquista da liberdade iniciou a longa caminhada pela igualdade de género e acesso à saúde, educação e dignidade.
A censura, a inquisição das palavras e ideias, terminou. Fecharam-se as prisões políticas e findaram as perseguições por delito de opinião, mas, a pouco e pouco, os beneficiários da Revolução foram os jovens salazaristas que envelheceram e envileceram sem nunca tolerarem quem restituiu a dignidade e a esperança ao povo português.
À medida que vamos esquecendo os nomes, o sacrifício e a generosidade dos capitães de Abril, franqueamos as portas aos nostálgicos da ditadura.
Este ano teremos as três primeiras figuras do Estado a celebrar Abril, o que não sucedia há cinco anos. É tempo de reflexão, não é eterna a liberdade nem vitalícia a democracia.
Vivam os capitães de Abril! Todos!
Viva a Revolução de Abril!
Viva a República!
Viva Portugal!
S. João, reparem nisto,
teve este grande condão
ao baptizar Jesus Cristo
foi quem fez Cristo cristão.
(António Aleixo)
O Diário de uns ateus é o blogue de uma comunidade de ateus e ateias portugueses fundadores da Associação Ateísta Portuguesa. O primeiro domínio foi o ateismo.net, que deu origem ao Diário Ateísta, um dos primeiros blogues portugueses. Hoje, este é um espaço de divulgação de opinião e comentário pessoal daqueles que aqui colaboram. Todos os textos publicados neste espaço são da exclusiva responsabilidade dos autores e não representam necessariamente as posições da Associação Ateísta Portuguesa.