31 de Janeiro, 2016 Carlos Esperança
Quando a religião transforma o Estado num campo de concentração
No jornal alemão Süddeutsche Zeitung saiu esta semana uma entrevista com uma refugiada iraquiana da minoria yazidi que acaba de publicar um livro sobre o período em que esteve nas mãos dos terroristas do Estado Islâmico (EI ou Isis).
A jovem, que se apresenta com o pseudónimo Shirin porque teme pela vida da mãe e das irmãs, que continuam em poder dos islamistas, foi raptada em agosto de 2014, aos 17 anos, e transformada em escrava sexual. Ela foi vendida, sucessivamente, a nove integrantes do grupo, que fizeram dela sua “esposa” — um eufemismo para um cotidiano de estupros, espancamentos e humilhações constantes.