A Concordata é um abcesso na laicidade do Estado
Ninguém duvida da necessidade de punir um falso médico pelos riscos a que sujeita um paciente incauto que se lhe submeta, um falso engenheiro que desconhece a resistência dos materiais e põe em risco a solidez de um edifício, um falso professor que não ensina aos alunos o que deve, mas não se percebe porque há de o Estado punir os falsos padres.
Para além do gosto duvidoso de se vestirem como mulheres, os verdadeiros e os falsos, gostos não se discutem, não se vê que caiba ao Estado atestar a validade do alvará que confere legitimidade para transformar em água benta a outra.
Acaso ficará pior sacramentado, confessado, comungado ou ungido o crente que receba de um falso padre os sinais cabalísticos ou ouça a palavra de uma empolgante homilia por um verdadeiro ou falso ministro do culto?!
Salvo, por razões fiscais, de que o Estado português injustamente abdica, que interesse tem que a partícula seja ministrada por quem saiba ou não latim?
Há coisas que só a cumplicidade pia justifica. Ainda veremos os Tribunais a decidir sobre os verdadeiros e falsos milagres como se os primeiros existissem.
Perfil de Autor
- Ex-Presidente da Direcção da Associação Ateísta Portuguesa
- Sócio fundador da Associação República e laicidade;
- Sócio da Associação 25 de Abril
- Vice-Presidente da Direcção da Delegação Centro da A25A;
- Sócio dos Bombeiros Voluntários de Almeida
- Blogger:
- Diário Ateísta http://www.ateismo.net/
- Ponte Europa http://ponteeuropa.blogspot.com/
- Sorumbático http://sorumbatico.blogspot.com/
- Avenida da Liberdade http://avenidadaliberdade.org/home#
- Colaborador do Jornal do Fundão;
- Colunista do mensário de Almeida «Praça Alta»
- Colunista do semanário «O Despertar» - Coimbra:
- Autor do livro «Pedras Soltas» e de diversos textos em jornais, revistas, brochuras e catálogos;
- Sócio N.º 1177 da Associação Portuguesa de Escritores
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