A Perfeição Divina
Por
Frei Bento
Naquele dia, frei Nicolau estava particularmente inspirado. Na homilia da missa que lhe calhou por escala de serviço, frei Nicolau excedeu-se, dissertando, de forma incontornável e aparentemente imbatível, acerca da perfeição da Obra de Deus, não confundir com Opus Dei. Tudo, dizia ele, tudo o que fora Criação de Deus Nosso Senhor, era perfeito, mas dentre toda a Obra sobressaía, naturalmente, o Homem, esse sim, paradigma da perfeição absoluta. “Mas haverá,” perguntava, “ao cimo da Terra, algo mais perfeito que esta máquina maravilhosa, que é o Homem?”
Infelizmente para o bom frei Nicolau, ao fundo da igreja postava-se o habitual bêbedo. Com a agravante de ser senhor de não negligenciável corcunda.
“Oh senhor padre”, atirou o bêbedo, com voz algo entaramelada, “se o Homem é assim tão perfeito, o que me diz da minha corcunda?”
“Meu filho”, disse o bom do frade, “posso garantir-te que, como corcunda, está uma perfeição”.
Perfil de Autor
- Ex-Presidente da Direcção da Associação Ateísta Portuguesa
- Sócio fundador da Associação República e laicidade;
- Sócio da Associação 25 de Abril
- Vice-Presidente da Direcção da Delegação Centro da A25A;
- Sócio dos Bombeiros Voluntários de Almeida
- Blogger:
- Diário Ateísta http://www.ateismo.net/
- Ponte Europa http://ponteeuropa.blogspot.com/
- Sorumbático http://sorumbatico.blogspot.com/
- Avenida da Liberdade http://avenidadaliberdade.org/home#
- Colaborador do Jornal do Fundão;
- Colunista do mensário de Almeida «Praça Alta»
- Colunista do semanário «O Despertar» - Coimbra:
- Autor do livro «Pedras Soltas» e de diversos textos em jornais, revistas, brochuras e catálogos;
- Sócio N.º 1177 da Associação Portuguesa de Escritores
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