24 de Setembro, 2015 Carlos Esperança
O apedrejamento do Diabo
No entusiasmo no apedrejamento do Demo, sem qualquer eficácia prática, aconteceu a tragédia, em Meca.
No entusiasmo no apedrejamento do Demo, sem qualquer eficácia prática, aconteceu a tragédia, em Meca.
Francisco não é o primeiro pontífice a pisar em território cubano, é o terceiro. Mas é o primeiro desde 1959 a avistar em Havana a bandeira norte-americana tremulando ao lado da cubana. Façanha pela qual é um dos principais responsáveis, junto com o presidente Barack Obama.
A grande imprensa brasileira sempre se assumiu como católica, apostólica, romana. Com a cobertura da viagem do papa à Ilha percebe-se que, além disso, nossos jornalões exibem-se majoritariamente, sem pudor, como sectários e reacionários.
Luana Ribeiro
O avião colide contra o prédio mais alto do mundo às 8h46. Não é preciso dizer a data. O céu de Nova York naquela manhã ensolarada se enche de fumaça. Numa sala silenciosa, que em nada lembra o terror das horas que se seguiram, o fotógrafo e estudante de filosofia Rafael Silva de Jesus, 27, hoje Rafael Abdul Salam, conta como começou a se aproximar do islamismo, religião que professa há seis anos. “Ouvi falar do Islã de maneira negativa, o professor de história dizia que era uma religião bélica. Fui pesquisar e vi que não tinha nada a ver”.
Viktor Orbán manda disparar em nome da sua formação política e partir apenas as pernas em virtude da fé cristã.
É dever socorrer refugiados e combater o proselitismo quer se trate do fascismo cristão do governo húngaro ou do fascismo islâmico que se mistura com refugiados.
BANDA ACHÉM, INDONÉSIA (IPC Digital) – Um grupo formado por três mulheres e catorze homens recebeu chibatadas, na última quinta-feira (17), na cidade de Banda Achém, na Indonésia. Os punidos são acusados de terem praticado relações sexuais sem estarem casados.
O Papa Francisco em Cuba
Gosto do Papa Francisco, não por crer no deus dele ou de qualquer outro, mas porque o considero um homem bom.
Foi, pois, com mágoa que o vi na televisão com um ar abatido, compatível com vómitos e diarreias que pequenas doses de arsénio que temperem a confeção de alimentos podem provocar.
O arsénio, como é sabido, é uma especiaria antiga usada no Vaticano para afastar papas indesejados.
Não gostaria de ver o papa católico Francisco ser chamado à divina presença do patrão por efeitos secundários da dieta encomendada pela Cúria Romana, sobretudo porque este papa é visto pelas seitas Opus Dei, Comunhão e Libertação, Legionários de Cristo e Fraternidade Sacerdotal de São Pio X com a mesma náusea com que Maomé olhava o toucinho.
Excertos de «Adoradores de abstrações» um texto interessante de Pedro Bidarra:
«No princípio do século XVI, Julius II encomendou a Bramante o desenho de uma nova Basílica de São Pedro. Para a pagar, os Papas que o seguiram, sobretudo Leão X, resolveram cobrar dinheiro à cristandade de todas as maneiras e feitios. A inovação, no lado da receita, levou à venda de indulgências. Johann Tetzel, padre dominicano, cobrador e vendedor de indulgências a mando de Leão X, foi o campeão da angariação de fundos por terras do Norte: So wie das Geld im Kasten klingt; die Seele aus dem Fegfeuer springt (Mal uma moeda no cofre dá entrada, logo uma alma do purgatório é libertada) – diz-se que Tetzel terá dito. Claro que os do Norte se amofinaram e inventaram a desculpa para a reforma, o Lutero e o Calvino. Durante todo o século XVI rebentaram tumultos que rebentaram estátuas e imagens em Genebra, Zurique, Copenhaga, Ruen, na Flandres, na Escócia e na Alemanha; em todo o Norte foram destruídas estátuas, frescos, quadros e imagens. E a Europa nunca mais foi a mesma: de um lado a mania da ordem, da disciplina, a iconoclastia; do outro a bandalheira, o vinho, a sesta e a festa e a idolatria. Tudo por causa de um desenho de um arquiteto, poderá dizer-se».
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«O culto de símbolos e imagens, por muito que a doutrina da Igreja de Roma tenha pretendido tratar-se apenas de honra prestada aos protótipos que representam, é, na verdade, um politeísmo. Uma nobre herança grega e romana, um paganismo que nos aproxima da variedade da natureza e que nós, os do Sul, saudavelmente nunca abandonámos».
Pelas mesmas razões que me levaram, em tempos, a escrever este texto e que podem eventualmente continuar a existir:
Beatos, fascistas e malcriados
Há devotos do Diário de uns Ateus, avezados aos textos aqui publicados, incapazes de migrarem para outras paragens zoologicamente mais adequadas.
Saem das missas, cheios de raiva dos ateus, com a hóstia ainda colada ao palato, a trocar os padre-nossos pelos insultos, as ave-marias pela provocação e a fé pelo ódio. A crença e a malquerença andam misturadas, as orações substituem-se pelo fanatismo e as igrejas são madraças católicas onde explode a raiva, rangem dentes e ruminam vinganças.
Podiam os créus usar um módico de civilidade, um mínimo de bom senso, um resquício de humanidade, mas não se pode esperar muito de quem tem o monopólio do verdadeiro deus, do único livro sagrado e da exclusividade da água benta.
Fazem pena, na sua raiva pequenina, no seu pequeno mundo de um deus que inventaram só para eles. São saprófitas do divino, lacaios do Vaticano, agarrados às sotainas.
Enquanto os ateus se limitam a negar a existência de um ser imaginário e a combater as superstições, os devotos tornam-se malcriados para agradarem ao deus que inventaram e fascistas por tradição. Desde Mussolini, considerado enviado da Providência pelo Papa de turno, os católicos reacionários seguem o déspota, que acabou mal mas deixou bem a Igreja católica, com dinheiro público, um Estado mal frequentado e religião obrigatória nas escolas do Estado.
O Papa não lhe faltou com a bênção nem o povo com o julgamento cruel, à boa maneira católica. É dos descendentes desses trogloditas que nasceram os fascistas malcriados que vêm em bandos a destilar impropérios à caixa de comentários de um blogue nascido contra o obscurantismo e a superstição.
Como eles dizem, nas suas orações, bem-aventurados os pobres de espírito.
O Diário de uns ateus é o blogue de uma comunidade de ateus e ateias portugueses fundadores da Associação Ateísta Portuguesa. O primeiro domínio foi o ateismo.net, que deu origem ao Diário Ateísta, um dos primeiros blogues portugueses. Hoje, este é um espaço de divulgação de opinião e comentário pessoal daqueles que aqui colaboram. Todos os textos publicados neste espaço são da exclusiva responsabilidade dos autores e não representam necessariamente as posições da Associação Ateísta Portuguesa.