Loading

Mês: Setembro 2015

30 de Setembro, 2015 Carlos Esperança

Os homens também não querem

Vaticano: Ordenação sacerdotal de mulheres é assunto encerrado, refere o Papa

Agência Ecclesia 28 de Setembro de 2015, às 12:38

Cidade do Vaticano, 28 set 2015 (Ecclesia) – O Papa Francisco disse no voo de regresso dos Estados Unidos da América (EUA) que o apoio manifestado às religiosas desse país não significa uma abertura à ordenação sacerdotal de mulheres.

“Não pode ser feito”, avisou, em declarações aos jornalistas que o acompanhavam no voo de regresso a Roma, após a primeira viagem aos EUA.

Francisco citou, a este respeito, a posição “clara” de São João Paulo II, após “uma longa, longa e intensa reflexão”.

29 de Setembro, 2015 Carlos Esperança

A ingerência do Vaticano

A teocracia não muda, só de Papa. Até parece que o casamento é um direito ecesiástico.

Papa diz que funcionários públicos têm direito de recusar licença para casamento gay

Por Philip Pullella

A BORDO DO AVIÃO PAPAL (Reuters) – O papa Francisco disse nesta segunda-feira que funcionários públicos têm o “direito humano” de se recusarem a realizar alguns trabalhos, como emitir licenças de casamento para homossexuais, caso isso viole sua consciência.

Falando a repórteres na volta para casa após uma viagem de 10 dias aos Estados Unidos e Cuba, Francisco também repetiu sua condenação a padres que abusaram sexualmente de crianças, dizendo que as vítimas foram “esmagadas pelo mal”.

29 de Setembro, 2015 Carlos Esperança

Laicidade

Por

Ricardo Gaio Alves (Presidente da Associação República e Laicidade)

«A Constituição da República Portuguesa de 1976 procedeu a uma laicização tímida do Estado português que é, já de si, manifestamente insuficiente face ao desenvolvimento da sociedade, devido às razões aduzidas no início deste texto.

A Lei da Liberdade Religiosa (LLR) foi avançada com a justificação, entre outras, de criar as condições para uma melhor inserção das religiões trazidas pelos imigrantes, nomeadamente permitindo aos membros de minorias religiosas casarem-se no seu culto, darem aos filhos nomes da sua onomástica religiosa, ou serem dispensados do trabalho ou da escola nos dias das suas festividades ou no momento das suas orações. Todavia, a LLR, longe de apontar para a necessária neutralidade do Estado português no modo como lida com cidadãos que já não serão forçosamente católicos, aponta no sentido da comunitarização confessional.

Efectivamente, a LLR, ao ser aplicável a todas as confissões à excepção da Igreja Católica Apostólica Romana (ICAR), e ao criar uma Comissão da Liberdade Religiosa (CLR) –dominada pela ICAR– que tutelará as relações entre o Estado e as confissões minoritárias, reafirma o estatuto privilegiado da ICAR e remete as confissões minoritárias (muitas vezes de origem imigrante) para uma posição de subalternidade. Além disso, ao criar a possibilidade de os contribuintes verterem parte do seu IRS para uma associação religiosa –a reconhecer pela CLR…– da sua escolha, confunde a relação entre o indivíduo e o Estado com a relação entre o crente e a sua comunidade religiosa.

Ora, o relacionamento entre o Estado e comunidades que, pela sua própria natureza, representam religiões e não cidadãos –e não são democráticas– deveria ser cuidadoso, pois a sua representatividade para falar em nome dos cidadãos não está assegurada. A título de exemplo, refira-se que o tratamento preferencial dado pelo Estado português à Comunidade Islâmica de Lisboa (CIL) face a outras associações muçulmanas é altamente questionável.

Efectivamente, o facto de a CIL ser hegemonizada por muçulmanos de etnia indiana, sendo a maioria dos muçulmanos residentes em Portugal originários da África sub-saháriana, tem causado tensões entre grupos que partilham, todavia, a mesma «identidade» confessional… Devemos igualmente interrogarmo-nos sobre a eticidade de canalizar o apoio social aos imigrantes (muitas vezes cristãos ortodoxos) para organizações da sociedade civil católica, sendo emblemático deste espírito a nomeação recente de um sacerdote católico para Alto Comissário para a Imigração e Minorias Étnicas. Seria mais prudente e democrático fomentar-se a relação directa do cidadão imigrante com o Estado, e não instigá-lo a converter-se à religião tradicional do país de acolhimento ou a fechar-se na sua comunidade cultural de origem…

Com vista a uma plena integração dos imigrantes e seus descendentes, o Estado português, ao lidar com os cidadãos residentes no seu território, deve abster-se de lhes presumir uma pertença confessional, e garantir as condições que impeçam as crispações confessionais e promovam a necessária coesão social, nomeadamente através de uma escola pública rigorosamente laica –que seja um espaço de convivência entre futuros cidadãos de diferentes origens culturais. Neste espírito, o Estado deve abster-se de subsidiar ou incentivar a formação de escolas confessionais que apenas levarão à cimentação dos guetos que se deseja demolir.

Através da escola pública e laica –e tendo em vista a integração harmoniosa dos imigrantes– o Estado deve contudo precaver-se de impôr uma «cultura de referência» fossilizada. Nomeadamente, a visão do Islão como um inimigo histórico de Portugal em muitos manuais escolares não ajuda à identificação com a República portuguesa de crianças oriundas de meios muçulmanos. Além disso, a escola da República deve fornecer aos futuros cidadãos os instrumentos que lhes permitam encontrar o seu lugar num país inevitavelmente diverso e multicultural e, se o desejarem, emanciparem-se da sua cultura ou religião de origem. Registe-se a este propósito que a aceitação da multiculturalidade da sociedade portuguesa não deve levar a uma multiculturalização do Estado e do Direito.

Seria evidentemente um recuo civilizacional aceitar –sob o argumento do reconhecimento das diferenças religiosas ou culturais– mutilações sexuais ou um papel menorizado das mulheres, mesmo na sua esfera familiar. A integração futura dos imigrantes ficará resguardada se, pelo contrário, o Estado tratar os imigrantes como cidadãos individuais, e não como membros de comunidades confessionais. Com esse objectivo, é necessária a laicização do Estado português.»

28 de Setembro, 2015 Carlos Esperança

Deus e o Diabo em Meca

Dizem os crentes que Deus está em toda a parte e é de crer que o seu reverso, o Diabo, também. Se não existisse turismo religioso e o entusiamo das multidões por maratonas pias, Meca, Medina, Jerusalém, Lourdes ou Fátima tornar-se-iam destinos sem sentido.

O Islão, cópia grosseira do cristianismo com laivos de judaísmo, tem no primarismo dos cinco pilares a sedução da facilidade e no extremismo dos princípios a atração fatal dos carentes de emoções fortes.
O facto de Maomé, analfabeto e amoral, ter sido o último profeta não permite ao Corão a atualização que o torne compatível com a democracia. Permanece assim um código de poder dos homens sobre as mulheres e dos que melhor o recitam sobre os outros.

Com dois milhões de peregrinos, ansiosos por apedrejarem o Diabo, na luta em que este sai sempre incólume os amigos do Misericordioso saem a perder. Há 25 anos foram 1426 os mortos, a maioria por asfixia, agora, com números ainda provisórios, já foram contabilizados 769 e 850 feridos. O ministro da Saúde saudita, também entendido em questões de fé, designou a tragédia como «vontade de Deus».

Com o Diabo sempre a sobreviver, para que o ódio não se perca, era mais sensato atirar pedras a partir de casa do que disputar a 2 milhões de fanáticos, em Meca, a tentativa de lhe acertar.

26 de Setembro, 2015 Carlos Esperança

Parecia obra de o Diabo

Peregrinos acusam autoridades de terem causado a tragédia na cidade sagrada ao bloquear duas estradas que levaram número de pessoas a se acumular na cidade sagrada do islamismo.
Imagem aérea da Grande Mesquita de Mina após os pisoteamentos: tragédias frequentes
AP

Imagem aérea da Grande Mesquita de Mina após os pisoteamentos: tragédias frequentes

No que depender do governo saudita, a tragédia que deixou mais de 700 mortos em Mina, cidade vizinha à Meca, está esclarecida e já possui até seus culpados: os próprios peregrinos que pisotearam e foram pisoteados no local mais sagrado do islamismo, na quinta-feira (24). Foi o que afirmou o ministro da Saúde do país em entrevista a uma rádio local, divulgou a imprensa internacional no dia seguinte ao acontecimento.

26 de Setembro, 2015 Carlos Esperança

Religiões e liberdade

O Corão limita-se a descrever os castigos que esperam o apóstata no outro mundo mas os hadiths são a jurisprudência deste: «seja quem for que mude de religião, mata-o», para além de servirem de auxiliar para a interpretação do Corão.
Pio IX excomungou a laicidade na Encíclica Syllabus (1864)

26 de Setembro, 2015 Carlos Esperança

A coeducação e o Islão

Durante a ditadura salazarista a coeducação era a exceção onde os professores do sexo masculino não podiam dar aulas no ensino primário. Não era problema para os homens que, sendo escassos, tinham prioridade nas escolas masculinas, era mimetismo religioso a circular das igrejas para as escolas públicas e privadas, estas da Igreja.

A coeducação foi uma conquista civilizacional que juntou nas mesmas escolas crianças, adolescentes e adultos com a clara discordância do clero, por natureza misógino.

Foi com incómodo, pois, que me apercebi da programada integração de refugiados no concelho de Penela onde, “A coordenadora do projecto admite que o processo seja relativamente lento – por exemplo, no início, as aulas de português serão dadas aos homens e às mulheres em grupos separados. Ela diz esperar, no entanto, que “dentro de poucos meses” consiga juntá-los na mesma sala. Para isso, contribuirão, acredita, o exemplo de outros elementos da equipa, como a intérprete, tunisina e muçulmana, que também reside em Portugal.”

Não sei se os objetivos justificam o método intermédio mas a laicidade parece-me posta em causa e a cedência dispensável.

Ver página 1, penúltimo parágrafo.

26 de Setembro, 2015 Carlos Esperança

A fé não se defende com ave-marias

Por que os EUA são fundamentais para as finanças da Igreja

Paróquias locais recolhem anualmente US$ 8,5 bi em dízimos; país tem 4ª maior população católica; um terço de doações diretas para o Vaticano vem dos EUA.
Além da importância política, país de Obama tem hoje a 4ª maior população de súditos de Francisco (Foto: Tony Gentile/AP)Além da importância política, país de Obama tem hoje a 4ª maior população de súditos de Francisco (Foto: Tony Gentile/AP)

Ao pisar nos Estados Unidos, o papa Francisco chegou não apenas a uma das nações com as maiores populações de católicos no mundo, mas também àquela que desempenha um papel crucial no caixa da Igreja.

O país tem mais de 70 milhões de católicos, número superado apenas por Brasil, México e Filipinas – o músculo financeiro do Vaticano é fortalecido, em parte importante, pelas pequenas contribuições pessoais desses milhões de devotos.

25 de Setembro, 2015 Carlos Esperança

Os refugiados e a laicidade

Há quem confunda o dever de socorrer refugiados com a obrigação de permitir práticas criminosas ou o proselitismo que apele à violência, ao racismo e à xenofobia.

É mais difícil para o Papa aceitar a demência racista do crente húngaro Viktor Orbán do que para um ateu humanista aliar-se a Francisco na luta contra a pobreza e as alterações climáticas. Quem não sente asco por quem manda a polícia e o exército disparar contra refugiados, a lembrar a Hungria que, em 1944, já com a derrota nazi no horizonte, ainda deportou 800 mil judeus para as câmaras de gás?

Uma coisa é o respeito pelos direitos humanos e as convenções internacionais e outra, bem diferente, é o regime de favor de que as religiões gozam em relação aos partidos políticos e outras associações. Só a subserviência de políticos sem dignidade e estatura pôde consentir às religiões privilégios abusivos e que, em nome da sua crença, possam defender a morte aos infiéis [crentes da concorrência], a pedofilia [casamentos aos nove anos] ou a poligamia?

Quando há pouco o Tribunal Constitucional, ao arrepio da jurisprudência anterior e em atropelo ao espírito da Constituição [CRP], deferiu à associação marginal da D. Isilda Pegado “a anotação das alterações referentes à denominação e sigla do Partido Portugal Pró Vida (PPV) para Partido Cidadania e Democracia Cristã (PPV/CDC), abriu a porta ao futuro Partido Cidadania e Democracia Islâmica (PCDI), por exemplo.

É na displicência com que se isentam confissões religiosas, pouco entusiastas das regras democráticas, da submissão às leis do Estado que o proselitismo beato medra e definha a cidadania. O laicismo é a arma que defende a democracia.

Em resumo, acolher os refugiados é uma exigência legal e ética, obrigá-los a respeitar as regras democráticas é uma questão de sobrevivência civilizacional.

25 de Setembro, 2015 Carlos Esperança

Padres pedófilos

Vítimas de padres pedófilos exigem do papa tolerância zero
Várias organizações de vítimas de abusos sexuais, por parte de sacerdotes, pediram ao papa Francisco uma verdadeira tolerância zero para estes crimes e medidas para proteger os menores.
Leia mais em http://www.paulopes.com.br/2015/09/vitimas-de-padres-pedofilos-exigem-do-papa-tolerancia-zero.html#ixzz3mf1Q9vTc
Paulopes informa que reprodução deste texto só poderá ser feita com o CRÉDITO e LINK da origem.