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Processo de canonização do bem-aventurado Aníbal

Há muito que se exige um postulador da causa do bem-aventurado Aníbal, que preenche os requisitos para a beatificação e posterior canonização, exceto a defunção que, embora simulada, não aconteceu ainda.

É injusto que a subida aos altares se atrase por incúria do bispo de Lisboa a quem cabe, segundo a Constituição Divinus perfectionis Magister e a instrução Sanctorum Mater, por iniciativa própria ou a pedido de fiéis, a competência de investigar sobre a vida, virtudes ou martírio e fama de santidade e milagres atribuídos. O bispo do Algarve está arredado porque o ditoso é mártir e obra milagres longe de Boliqueime, noutra diocese, tal como Fernando de Bulhões, de Lisboa, que acabou a obrar em Pádua.

Dado que o senhor bispo da Guarda se recusa a libertar-me do batismo, encontro-me na condição de «fiel», apto a solicitar a inquirição do bem-aventurado que, há muito, devia ser considerado Servo de Deus pela Congregação para a Causa dos Santos. As virtudes em grau heroico, que o exornam, já deviam tê-lo elevado a Servo de Deus “Venerável”.

Não é preciso alegar o longo e piedoso casamento, nem a bondade com que carrega este Governo para reconhecer nele um mártir que a Igreja convidou para presidir à Comissão de Honra para a canonização do então beato Nun’Álvares Pereira. O milagre de ter sido reeleito PR era bastante para ser declarado santo por aclamação popular.

E obrou outros para os quais não são precisos médicos para assinarem curas pífias como a cura do olho esquerdo de D. Guilhermina de Jesus, salpicado de óleo fervente de fritar peixe, graças à intercessão do Beato Nuno. Os milagres do beato Aníbal, ainda omissos na Congregação para a Causa dos Santos, são públicos e nem os ateus os contestam.

1.º milagre obrado pelo bem-aventurado Aníbal – Empossou a ministra das Finanças em um Governo inexistente, com o CDS ausente e o líder irrevogavelmente demissionário. Foi um ato heroico e o milagre, que nunca tinha sido obrado na História do cristianismo romano, estupefez os créus e a todos maravilhou.

2.º milagre obrado – A transubstanciação de uma fraude fiscal do primeiro-ministro em odor pré-eleitoral, transformação evidente da substância de um delito noutra substância, o reclame ao PSD, com núcleo benzénico ou odorífero.

3.º milagre obrado, embora desnecessário, à guisa de IVA canónico – É o único Servo de Deus com a graça concedida de um sorriso das vacas açorianas.

Com estes milagres, que nem um pétreo ateu pode contestar, o bem-aventurado Aníbal torna-se digno de ser levada aos altares e receber a mesma veneração em todo o mundo, concluindo assim o processo de Canonização.

A Pátria anseia ver o beato Aníbal criado santo e a exornar o Calendário hagiológico romano.

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