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Mês: Janeiro 2015

2 de Janeiro, 2015 Carlos Esperança

Cristo e Maomé

Naquele tempo o anjo Gabriel era o alcoviteiro de serviço. Foi ele que disse a Maria que estava grávida o que qualquer mulher teria percebido. Foi ele também que, seis séculos depois, se encontrou com Maomé para lhe dizer qual era a sua – dele, Maomé -, missão.

Os anjos viviam muito tempo embora poucos conhecessem notoriedade, levando uma existência anódina. Gabriel distinguiu-se. Foi criado por judeus, que faziam anjos como o Papa João Paulo II faria santos, que acreditavam em milagres com a mesma fé com que alguns padres rurais acreditaram na existência de Deus.

Maomé nasceu em Meca durante o ano de 571 e viria a morrer em Medina em 632. O Corão e as agências de turismo fizeram santas as duas cidades e há períodos do ano em que uma multidão de fanáticos aí acorre, apesar dos perigos que os espreitam.

Muito parecidas com as largadas de touros, um espectáculo ainda em uso no concelho do Sabugal e noutras localidades portuguesas, as peregrinações têm perigos idênticos. O apedrejamento ao Diabo, um ódio transmitido de geração em geração, salda-se sempre por várias mortes enquanto o Diabo fica incólume, à espera do próximo apedrejamento.

Maomé teve uma vida pouco recomendável, um casamento com uma menina de seis anos, coisa que a Igreja católica também não via com maus olhos, e um casamento com a rica viúva Cadija cuja fortuna lhe permitiu dedicar-se à guerra, à religião e ao plágio do cristianismo.

Depois aconteceu-lhe o mesmo que a Cristo. Começou a ser adorado, correu o boato de que tinha nascido circuncidado, de que tinha ouvido Deus, de que foi para o Paraíso em corpo e alma, enfim, aquele conjunto de coisas idiotas que se atribuem aos profetas.

Hoje já ninguém pergunta se tomavam banho, se sofreram prisão de ventre ou foram vítimas das salmonelas, se urinavam virados para Meca ou para o Vaticano, que hábitos sexuais ou manifestações de lascívia tinham.

Cristo e Maomé tornaram-se cadáveres adorados e os apóstatas cadáveres desejados.

1 de Janeiro, 2015 Carlos Esperança

Terá sido castigo?

Cristina Kirchner quebra tornozelo e adia visita ao Vaticano

Buenos Aires, 29 – A presidente argentina Cristina Kirchner escorregou em um piso molhado e fraturou o tornozelo esquerdo, informou o governo local nesta segunda-feira. Ela caiu na sexta-feira em sua casa em El Calafate, no sul da província de Santa Cruz, onde foi passar alguns dias descansando, afirmou o chefe do gabinete, Jorge Capitanich.

O tratamento inicial inclui imobilização do pé e limitação de movimentos, de acordo com uma declaração da equipe médica presidencial. De acordo com a American Academy of Orthopaedic Surgeons, esse tipo de ferimento é comumente associado a pisar incorretamente ou a um impacto brusco, como um acidente de carro e pode exigir cirurgia.