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Mês: Novembro 2014

5 de Novembro, 2014 Carlos Esperança

O que será para o Vaticano uma morte digna?

O suicídio assistido nos Estados Unidos de uma jovem de 29 anos com cancro terminal, em um caso que reavivou o debate sobre a morte digna, foi condenado nesta terça-feira pelo Vaticano, que qualificou o gesto de “absurdo”.

Para o presidente da Academia Pontifícia para a Vida, monsenhor Carrasco de Paula, “o suicídio assistido é um absurdo”, informou a imprensa italiana.

“Nós não julgamos as pessoas, mas o gesto em si é preciso condenar.

4 de Novembro, 2014 Carlos Esperança

Um ateu num curso de cristandade.

Por

Paulo Franco

São múltiplas as formas de demonstrar que a Fé num qualquer Deus é uma simples projecção das necessidades do nosso ego satisfeitas apenas à custa da total incoerência intelectual e da ausência de responsabilidade moral.
Atentemos às seguintes histórias contadas por pessoas que, com elas, procuravam justificar a sua fé:

Depois de muitos “debates” sobre religião, aceitei um convite para ir fazer um curso de cristandade. Para contextualizar melhor a história, convém dizer que esse convite foi-me dirigido anteriormente várias vezes e sempre recusado devido à minha total repulsa em acreditar num Deus misógino, homofóbico e que comete genocídios.

Nesse curso de cristandade, que durou 3 dias (bem agradáveis, por estranho que pareça), tínhamos várias sessões onde ouvíamos testemunhos de pessoas onde tentavam demonstrar o efeito que a fé tinha nas suas acções diárias. Uma dessas pessoas, ao dar
o seu testemunho (ao qual se dá o nome de “rolho”) conta a seguinte história: um dia o carro desse individuo avariou, o homem desligava a chave do carro mas o carro não parava, então, depois de dar muitas voltas à cabeça para resolver o problema, decide rezar segurando nas mãos o crucifixo que tinha recebido aquando do seu próprio curso de cristandade e, milagre dos milagres, o problema acabou por desaparecer. Esta história foi contada para que a plateia ouvinte percebesse o poder de Deus.

Mas vamos lá pensar um bocadinho sobre a moralidade desta história: então estas pessoas acreditam que se pedirmos a Deus para nos arranjar uma avaria no carro, se o pedido for feito com genuíno fervor religioso, Deus armar-se-á em mecânico e resolve o problema mas este mesmo Deus não liga nenhuma aos pedidos desesperados dos pais que vêem os seus filhos morrer de uma qualquer doença.

Convêm lembrar que, segundo estatísticas de 2010, morreram nesse ano cerca de 24 mil crianças por dia com menos de 5 anos de idade. Aqui não há alternativa: ou acreditamos realmente que Deus consertou o carro ao homem, e portanto temos de considerar a hipótese de estarmos perante um Deus com noções de prioridade realmente esquizofrénicas; ou consideramos a hipótese, aparentemente mais razoável, de um homem que, compenetrado de um egocentrismo que absorveu da cultura católica e que nunca teve capacidade de colocar em causa, está apenas a ser vitima e beneficiário, ao mesmo tempo, de uma cândida ingenuidade.

Outra história desconcertante e igualmente imoral foi-me contada por um ex-militar que está convencido de que Deus lhe salvou a vida quando esteve na guerra do ultramar. Não interessa aqui dissecar os pormenores da história mas interessa salientar que este individuo está convencido que foi a proteção de Deus que o salvou da morte. Mais uma vez, se recorrermos às estatísticas, verificamos que as pessoas quando vão para a guerra tornam-se muito mais religiosas. Ao longo da história da humanidade, já deverão ter morrido em conflitos militares muitos milhões de homens cheios de fé e totalmente convencidos de que gozavam de proteção divina.

Porque será que alguém se convence a si próprio que tem um Deus que o protege de todas as balas e não protege o inimigo ou não protege os próprios colegas que morrem ao seu lado?

É quase impossível ser-se mais incoerente do que uma pessoa com fé. E não está em causa a bondade destas pessoas. Estas duas pessoas que me contaram estas histórias são das melhores pessoas que eu alguma vez conheci. O que está em causa é que para se acreditar num Deus protetor tem de se fazer um contorcionismo intelectual intolerável para uma sociedade que se quer mais informada, evoluída e com maior conhecimento de si mesma.

3 de Novembro, 2014 Carlos Esperança

TUNÍSIA: BOA NOTÍCIA

Por

João Pedro Moura

O partido Apelo Tunisino (laico) obteve a maioria relativa dos lugares parlamentares, nas eleições legislativas realizadas em 26 de Outubro.

O Apelo Tunisino (“Nidaa Tounes”) obteve 85 lugares, num total de 217, a que acrescem os 39 lugares de mais 3 formações políticas laicas, perfazendo 124, constituindo assim uma maioria laica absoluta.

O partido islamita Ennahda, mais moderado que os seus congéneres árabes, obteve 69 assentos, ficando em segundo lugar.

O destaque vai para o facto de ser a primeira vez, em eleições livres, que um partido oficialmente não-islamita, obtém o primeiro lugar em eleições livres, no mundo árabe! Bravo!

 

A Tunísia já era o país árabe mais liberal e onde as turistas estrangeiras até podiam estar de mamas ao léu em praias… mesmo com a polícia a passar por perto…

Isto é uma grande lufada de ar fresco! Ah, grande Tunísia!

O próprio partido islamita, que vencera eleições anteriores, mas que se mostrara com uma prática política titubeante, até pela oposição laica que se manifestou nas ruas, não era muito conservador e revelava alguma capacidade de diálogo…

A ver vamos no que esta vitória “laica” vai dar…

http://expresso.sapo.pt/partido-laico-ligado-ao-antigo-regime-vence-legislativas-na-tunisia=f895967

3 de Novembro, 2014 Carlos Esperança

O Islão é pacífico

CARRO-BOMBA MATA 12 PESSOAS EM BAGDÁ

:

Um carro-bomba cujo alvo eram peregrinos xiitas matou 12 pessoas em Bagdá neste domingo, 2, informaram fontes da polícia e do hospital; Iraque está se prevendo para mais ataques contra xiitas, que estão se preparando para o festival religioso de Ashura, um evento que define o xiismo e seu rompimento com o islamismo sunita; nível de violência este ano pode ser especialmente alto por causa da presença de militantes do Estado Islâmico no Iraque. O grupo ultrarradical acredita que os xiitas são infiéis e que merecem ser mortos

2 DE NOVEMBRO DE 2014 ÀS 11:29

2 de Novembro, 2014 Carlos Esperança

Costumes…

Conferência de Imprensa no Líbano

Conferência de Imprensa no Líbano

Conferência de Imprensa no Líbano

2 de Novembro, 2014 Carlos Esperança

DA INCOGNOSCIBILIDADE … DOS TEÍSTAS (3 de 3)

a brincarPor

João Pedro Moura

TERCEIRA TESE TEÍSTA – Deus deu liberdade às pessoas, logo, cada um fará o que entender e assumirá as suas responsabilidades, de que deus está ilibado.

Nessa perspetiva, acrescento que o deus dos crédulos também deu “liberdade” aos mares, aos ares e à terra para estremecerem, quando quiserem, e varrerem com ondas possantes e avantajadas, aquáticas, aéreas e sísmicas, as populações indefesas, causando a morte de milhares e milhares de pessoas, de vez em quando…

Esse mesmo deus também deu “liberdade” às suas tropas microscópicas para atacarem, denodadamente, diversas pessoas ou massas populacionais, infligindo pesadas baixas e causando, assim, males terríveis, com um sofrimento enorme…

TERCEIRA ANTÍTESE ATEÍSTA – Se o deus dos crédulos deu “liberdade” às pessoas e à natureza, e sendo tal deus absolutamente omnipoderoso, então nunca poderia ser ilibado das consequências de tal “liberdade”, pois que ele é omnisciente e omnipotente, logo, sabe sempre o que vai acontecer, porque assim determinou…

Imaginemos um conjunto de engenheiros, responsáveis, por exemplo, pela elaboração de automóveis, computadores e telemóveis.

Esses criadores de objetos fazem-nos para funcionar normalmente. Eventualmente, um ou outro desses objetos falha na sua prestação, o que é um mal, mesmo que o objeto tenha até 1 ano ou 2 de “vida”.

Se a falha desses objetos estiver abrangida pelo prazo de garantia, a reparação será gratuita; senão, será custosa…

Nenhum engenheiro conceberá um objeto para falhar em pouco tempo, nem para falhar a médio ou longo prazo, pois que a excelência de conceção e produção serve para promover uma marca. E o prestígio daí decorrente favorecê-la-á a longo prazo.

Todavia, nenhum engenheiro poderá garantir o funcionamento contínuo das suas criações, pois que as pessoas são falíveis. Logo, os objetos que criam, também…

Nenhum engenheiro poderá antever o momento de tal falibilidade nem maneira de a evitar…

As coisas falham, de vez em quando, e, ou reparam-se ou deitam-se fora…

Agora, deus!…

O que é que este colosso, dos crédulos e dos néscios, terá a mais que os vulgares e mortais engenheiros não tenham?!…

Pergunta ingénua e singela, para resposta óbvia:

– O deus dos crédulos é omnipotente, omnisciente e omnipresente, criador, governador e justiceiro, logo, nada nem ninguém, por minúsculo pensamento ou cometimento que tenha ou faça, o poderia ter ou fazer sem ser determinado por esse deus…

Pretender que tal excelsa entidade celestial teria dado “liberdade” à natureza e às pessoas, para fazerem o que quisessem, é pretender que esse colosso de fancaria, mental e intelectual, não saberia o que essas mesmas natureza e pessoas fariam com tal “liberdade” outorgada pelo divo imane.

Seria pô-lo ao nível da engenharia terrestre, que também concebe e cria coisas, dando-lhes “liberdade” para funcionarem, mas, depois, as coisas falham e as responsabilidades serão assumidas, conforme a garantia do objeto…

Mas deus!…

Deus criou tudo, por definição dos crédulos e das suas igrejas. Logo, desde o mais simples átomo até à molécula mais complexa, desde o mais tíbio pensamento até à mais elaborada conceção e execução, tudo foi determinado por deus, porque este sabe sempre o que vai acontecer no futuro, individual e coletivo, tal como aconteceu no passado.

Portanto, o deus dos crédulos e néscios é o responsável absoluto, pois que criador e omnipoderoso absoluto.

Imaginemos uma criança, dilacerada por um cancro, a definhar lentamente até morrer; imaginemos um indivíduo atropelado por um carro; imaginemos outro indivíduo rebentado por uma bomba!

O quesito surge, então, absolutamente imperativo e incontornável:

– Deus sabia ou não sabia que tais situações iriam ocorrer?!

A resposta é imediata, porque evidente, axiomática, apodítica: SABIA!!!

Se sabia, porque não evitou ou evita os infaustos acontecimentos de destruição, sofrimento e morte, que afligem as pessoas e as levam a impetrar por benesse divina, a um deus que lhes causou esses mesmos males???!!!

“A mente de deus é incognoscível”… “Os mistérios divinos são insondáveis”… dizem os néscios e crédulos, que afirmam deus e, portanto, acham que o conhecem suficientemente, para poder afirmar a sua existência e justificar as suas (in)ações…

Mas, realmente, não adianta sustentarem uma pretensa incognoscibilidade do seu deus, quando estão sempre a afirmá-lo e a dar-lhe “graças”, por isto e por aquilo…

Não adianta tecerem loas a tal deus, quando louvam o seu omnipoder, capaz, portanto, de antever tudo e tudo favorecer ou evitar…

Não adianta encomiá-lo por venturas e bondades e desconhecê-lo por desventuras e maldades… até porque quem causa uma coisa e o seu contrário está impregnado de perversidade e monstruosidade… absolutas…

O problema permanece, firme e hirto, como uma barra de titânio, e põe-se assim:

– Como conciliar a existência dum deus, portanto, omnipoderoso, com a liberdade outorgada pelo mesmo, segundo os religionários?!

Simplesmente, não se pode! É impossível um deus “dar liberdade” e ser ilibado das consequências dessa liberdade! Deus, segundo os crédulos, sabe tudo, tudo pode e em tudo está presente. Logo, é o causador de tudo!

Mas então, dizem os religionários, a ser assim, nós seríamos umas marionetas, manipuladas, absolutamente, por esse deus.adão e eva

Inevitavelmente que o seríamos!…

Mais: nem serviria para nada impetrar benesses, através da oração, a um deus que tem tudo programado há biliões de séculos…

Deus é, historicamente, uma projeção mental de explorados e oprimidos e de todos aqueles que se sentem demasiado sós ou são muito curiosos pelos fenómenos da natureza e da sociedade e não conseguem explicar tudo, sem uma intervenção colossal, sobrenatural, que lhes conforta as mentes e lhes dá esperança no futuro…

A história dos deuses é a história da humanidade: nascem, crescem e morrem, conforme as necessidades psicológicas (“espirituais”…) humanas e o jogo de forças das igrejas e suas alianças com as personalidades e poderes certos no momento certo…

Não há “incognoscibilidade” de deus! O que há é “incognoscibilidade” dos… teístas, dos crédulos, que o afirmam tanto mais quanto menos o conhecem…

O verdadeiro problema está nos teístas, nas pessoas crédulas, incapazes de demonstrarem o seu deus, mas capazes de infligirem sofrimentos e mortes, em nome do seu deus, dito bondoso e misericordioso…

…E que não conseguem demonstrar a existência do mesmo.

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1 de Novembro, 2014 Carlos Esperança

O milagre de Cafarnaum (Crónica)

Naquele tempo, Jesus, farto da serventia que dava ao putativo pai na exígua carpintaria de Nazaré e ignorando as lides agrícolas, juntou-se aos pescadores. Os galileus eram considerados broncos pelos outros judeus mas a subsistência era mais fácil na Galileia, por chover aí e não ser a terra árida e rochosa como outras da região. Produzia cereais, azeite, vinho, frutas e mel.

Havia profissões que os filhos herdavam dos pais: ferreiros, oleiros, tecelões, pedreiros, marceneiros e curtidores, os últimos a trabalhar fora dos povoados por causa do cheiro. A estas profissões não podia Jesus aspirar.

Farto da carpintaria e inábil para outro ofício, dirigiu-se desalentado em direção ao mar. A pesca era-lhe desconhecida. Foi observando a faina e, um dia, emergindo de um dos longos silêncios, disse aos pescadores: “lançai as redes ao mar”, e foi obedecido. Quis o acaso que fosse boa a pescaria e logo os marítimos lhe pediram para os aconselhar.

Jesus pensou em seu pensamento que à primeira qualquer um tem sorte mas não se deve desafiá-la de novo. Para fugir ao assédio, dirigiu-se para Betsaida a norte do Mar da Galileia, também chamado Tiberíades ou lago de Genesaré. Receando ser reconhecido pela família de Simão Pedro prosseguiu a jornada e foi pedir abrigo a um primo que morava em Corazim. Passou por Cafarnaum, sem se demorar, e chegou a casa do primo onde ficou em meditação, durante quarenta dias. O primo, também pobre, disse-lhe que devia procurar trabalho e ganhar o sustento.

Durante a falta, os pescadores, de boa fé, puseram a correr o boato de que Jesus tinha ido para o deserto. Era o destino procurado ou invocado por quem abraçava o ramo da pregação e dos milagres, dois ofícios que, tal como hoje os de pastor e endireita, soía andarem associados.

Quando saiu de casa do primo levou merenda e alguns talentos oferecidos, guardados em um nó da túnica, e voltou para os pescadores, que o receberam em júbilo. Queriam que os guiasse a deitar redes ao mar e Jesus, em vez de tentar o palpite, começou a falar por parábolas. Ignorando a pesca, disse que não era pescador de peixes mas de almas. Fosse lá isso o que fosse, começaram a tratá-lo por Mestre e houve quem o seguisse.

Uma antiga superstição profetizava a vinda de um messias. Era a obsessão generalizada, ilusão que os judeus ainda hoje alimentam. Entre eles, previa-se o fim do mundo e que o rei do fim dos tempos seria enviado por Deus. Esse messias venceria os romanos e renovaria a glória de Israel. A ansiedade era tanta que muitos viandantes eram como tal identificados. Jesus foi o único com êxito, sem o saber, porque morreu cedo, antes de se tornar na estrela da cisão bem conseguida do judaísmo, cisão que trouxe a semente da globalização, abolindo o exclusivo de um deus para um povo eleito. Paulo de Tarso foi o obreiro bem sucedido desse golpe de sorte.

Seis séculos depois, outras tribos nómadas, igualmente crédulas, viram num pastor de camelos o profeta predito. Repetiu o sucesso. A tragédia consumou-se com a suposição de que as tolices que debitava, uma cópia grosseira do cristianismo, seita feita religião do Imperio Romano, por Constantino, eram ditadas pelo arcanjo Gabriel, anjo de quatro asas a quem atribuíram procuração divina e a Maomé a qualidade de último e definitivo porta-voz de deus, criando um monoteísta implacável de vocação belicista.

Mas voltemos a Jesus. Alguns pescadores seguiram-no e os letrados antecipavam-se nas aldeias da Galileia, Judeia, Samaria e Idumeia, anunciando em pergaminhos a chegada em aramaico e hebraico, sendo Jesus falante do primeiro, idioma em que pregava.

Quando chegava a um povoado armava uma mesa, punha a mala em cima e começava a pregar. As pessoas estavam ávidos de milagres e havia sempre um coxo que tropeçava. Logo a multidão gritava, milagre! Os discípulos estendiam as túnicas, recolhiam alguns dinheiros e a fama dos milagres espalhava-se entre Tiberíades e Jerusalém.

As pessoas recebiam Jesus em suas casas e davam-lhe de comer e aos seus ajudantes, que passaram a designar-se por discípulos.

A fama das pregações aumentava quanto menos o compreendiam. Numa aldeia que só entendia hebraico tomaram como língua divina o aramaico e correu que um corcunda da tribo de Manassé foi curado e se transformou no homem mais esbelto entre selêucidas, asmoneus e romanos. Depois vieram as curas de leprosos, cegos e até a ressurreição de Lázaro cuja existência é duvidosa e indiscutível o milagre.

Certo dia, em Cafarnaum, Jesus, exausto, depois de três dias a pregar e obrar milagres, após ter atuado em Caná e Magdala, mandou Judas em busca de frangos para a ceia e o discípulo vendeu uma perna de cada um com o que aforrou alguns talentos. Tendo o Mestre estranhado a falta da perna em todos os frangos logo Judas, que tinha aprendido alguns truques com os milagres, jurou que eram assim os frangos de Cafarnaum. Depois da ceia, quis provar a mentira ao Mestre. Levou-o, com os outros discípulos, à capoeira donde os trouxera e os que ficaram dormiam sobre uma perna. E todos se assombraram.

Jesus disse: são insondáveis os desígnios do Senhor e, com o ruído, logo despertaram os frangos e a pata recolhida agarrou-se ao poleiro, enquanto esvoaçavam, ficando à vista as duas patas que a Lua cheia, que subia do Lago Tiberíades, iluminava.

O Mestre, com os outros discípulos maravilhados, olhou Judas com severidade, mas ele não se atrapalhou e disse.

– Mestre, com um milagrão destes!